No poder, Berlusconi o usava para fazer chantagem emocional. |
Alberto Torregiani, o filho do joalheiro Pierluigi Torregiani que ficou aleijado após receber um disparo equivocado do seu pai durante troca de tiros com três ativistas dos Proletários Armados pelo Comunismo, chegou a reconhecer à Agência Ansa, em janeiro de 2009, que Cesare Battisti não participara do atentado.
Mais tarde, quando o julgamento do escritor no Brasil estava na crista da onda, deu declarações ambíguas à imprensa para municiar o lobby em favor da extradição, induzindo os leitores apressados a crerem que Battisti estivera presente.
Agora, retirado novamente do limbo pela BBC e pela Ansa para alimentar a pressão contra o Cesare, ele não insiste mais em insinuações facilmente desmentíveis:
"É certo que eu não acho que tenha sido ele a matar fisicamente o meu pai, e isso não sou eu que falo, são os autos do processo".
Battisti ajudou-o a escrever livro. A ingratidão, essa pantera! |
Então, como o Plano A não serve para mais nada, o jeito foi ele ativar o Plano B:
"Mas, ele estava entre aqueles que projetaram os atentados..."
Levou um cala-boca do Battisti que, em entrevista à imprensa italiana, revelou haver chegado até a ter "uma relação" com o Torregiani:
"Nós nos escrevemos durante muitos anos. Eu o ajudei a escrever um livro. Eu tenho as cartas de Alterto Torregiani, nas quais ele me diz, textualmente, que não tem nenhuma dúvida sobre o fato de que eu não tenho nada a ver com a morte de seu pai. Felizmente, eu saí [do PAC] antes que começassem os homicídios no meu grupo".
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