domingo, 18 de setembro de 2016

O DESAFIO DA SUPERAÇÃO DO CAPITALISMO

"A hora de comprar é quando 
o sangue corre pelas ruas" 
(barão Nathan Rothschild, 
banqueiro britânico)
Quando se diz que devemos superar o trabalho, a primeira reação de quem ouve tal afirmação é considerá-la como uma heresia, tal como se pretendêssemos abolir a lei da gravidade. É que o conceito de trabalho foi internalizado nas nossas mentes como sinônimo único de atividade humana de produção do seu sustento. 

Mas, a atividade humana consistente na sua interação com a natureza no sentido do provimento do seu sustento é gênero, do qual o trabalho, categoria capitalista, não passa de uma das suas espéciesA primeira sempre existiu e existirá enquanto houver um ser humano sobre a face da terra posto que é ontológica; já a segunda, espécie distinta de modo de produção,  só recentemente foi introduzida pelas relações sociais, como categoria capitalista que é (e que, por isto mesmo, agora sucumbe com aquilo que lhe deu origem, por absoluta obsolescência). 
   
A palavra trabalho deriva do latim tripalium, instrumento usado para torturar os escravos na Roma antiga; ou seja, sua gênese etimológica e significado semântico são dos mais pertinentes...

O trabalho produtor de bens e serviços, antes de ser uma categoria capitalista, era a atividade própria de um escravo, já que os privilegiados cidadãos romanos se dedicavam a atividades de comando militar, político, desportivo, artístico, etc. 

O desenvolvimento da prática do escambo (a compra e venda atual, quantificada pelo dinheiro), cujo critério de troca se fundava na dificuldade do fabrico dos bens expresso no tempo de duração do esforço humano, com a eleição de uma mercadoria qualquer (o sal, por exemplo) como referência de valor por todos aceita, era o embrião da ideia de valor-trabalho, ainda que sem a compreensão clara de tal fenômeno. Estava criado o conceito de valor-trabalho mensurado quantitativamente pelo tempo de esforço na produção.      

Nas sociedades modernas o trabalho abstrato (Marx) é mensurado por um quantitativo de valor expresso em moeda, daí ter essa designação. Como produtor de valor e sendo mercadoria, tem, concomitantemente, o seu lado concreto (expresso no objeto produzido transformado em mercadoria) e seu lado abstrato (representado pelo quantitativo de valor expresso no salário). 

Como toda mercadoria o trabalho é uma abstração tornada real, inventada pelo intelecto humano a partir do seu desejo de segregação social. Não é, portanto, uma atividade natural, como se pensa popularmente, mas um artificialismo necessário à exploração do ser humano pelo capital.       

Como todo artificialismo, e sendo um dado histórico (tudo que é histórico tem um ciclo de nascimento, vida e morte) e não ontológico (tudo que é ontológico para a vida humana perdura enquanto ela existir), o trabalho abstrato é, hoje, inconsistente do ponto de vista de sua sustentabilidade. 

O seu ciclo de nascimento e desenvolvimento chega agora ao fim e enfrentamos a sua morte, sem que as suas viúvas queiram enterrá-lo. A questão que se coloca é: ou se supera o trabalho abstrato ou a humanidade sucumbirá numa guerra fratricida na busca de sua permanência. 

O leitor leigo em crítica da economia política certamente perguntará: por que se nega o trabalho ao invés de usá-lo generalizadamente como modo de salvação de todos os trabalhadores? É que a vida mercantil se baseia num regime de concorrência mercantil, com toda mercadoria buscando a sua supremacia, a qual somente pode ser obtida pela redução de preços; e esta, por sua vez, somente pode ser conseguida por meio da redução dos custos de produção (redução do valor). 

Prossigamos. A redução do valor se dá: 
  • pelo uso das máquinas, que não ganham salários (mas não produzem valor); e
  • pelo aumento do nível de produtividade per capita do trabalhador na produção de mercadorias. 
Os dois fatores acima, associados, geram a obsolescência cada vez mais acentuada do trabalho abstrato e, concomitantemente, a redução da massa global de valor, sem a qual todo o organismo mercantil perde vitalidade, tal qual um ser humano ferido morre ao perder sangue (note-se, além disto, que enquanto a forma-valor necessita crescer ad infinitum, a capacidade de consumo humano é finita). 

Acresça-se a isto, como fator contributivo para a falência mercantil, a pressão para a redução de salários (a qual provocou a globalização da produção de mercadorias, que nada mais é do que a transferência de unidades fabris produtoras dos países ricos para os países pobres, em busca de força de trabalho barata). Tudo converge de modo acelerado para o fim de um modelo, sem que a grande mídia e as academias informem às pessoas sobre tal fenômeno. 

Exacerba-se a extração de mais-valia relativa (aumento do nível de produtividade per capita num mesmo tempo de trabalho abstrato). Outro dia li uma matéria midiática apresentando o trabalho feminino (bandeira equivocada do feminismo pretensamente libertador da dissociação de gênero) como algo virtuoso, de uma delicada engenheira, agora inserida no mercado de trabalho, que manipulava por computador uma enorme máquina de extração de minerais numa mina de ferro brasileira, ganhando um alto salário. Quais os reais significados disso para a economia? 

Ei-los:
  • para tal engenheira, a vida mercantil parece risonha;
  • para os trabalhadores desempregados pela capacidade de produção desta máquina, representa desespero (vez que idêntico processo se verifica em outras unidades de produção, gerando o desemprego estrutural);
  • para a empresa que utiliza a máquina (trabalho morto, investimento fixo - Marx) representa aumento do lucro;
  • para o mercado, redução de preços do minério de ferro;
  • para a economia mercantil, redução da massa global de produção de valor e depressão econômica global;
  • para o Estado, redução de suas funções sociais pela queda de arrecadação de impostos e aumento da dívida pública;
  • para o sistema financeiro, crash por créditos podres.
Sob o capitalismo tudo é o contrário do que parece ser. Ademais, este é um exemplo elucidativo daquilo que Karl Marx denominou como sendo a contradictio in adjecto capitalista, afirmando que a forma-valor funda-se em elementos que criam a sua própria destruição (o vaticínio, feito há 150 anos, previa o colapso da relação social sob esta mesma forma-valor num determinado estágio da produção tecnológica, ora atingido).    

Por que ter medo de perdermos o que nos explora e que já nos está sendo negado (o trabalho assalariado)? 

Por que não pensarmos em formas alternativas de produção?
Um artigo de Dalton Rosado

Por que continuarmos a praticar a irracionalidade e inviabilidade da produção de mercadorias no atual estágio tecnológico, apegados a um modo de relação social que, se só agora se tornou anacrônico, sempre foi socialmente segregacionista e moralmente inaceitável?

Por que cultuarmos a infelicidade se podemos construir dignamente o prazer de viver e a própria felicidade?  

10 comentários:

Mauro Julio disse...

Prezado Dalton, gostaria de concordar com o exposto, que, diga-se de passagem, foi muito bem exposto.
Contudo, no meu entender e é fato, a vida neste planeta nunca foi fácil para ser vivo nenhum, quando dá o azar de aparecer por aqui.
A luta pela sobrevivência não é nada divertida. Pelo contrário.
No começo, o trabalho individual - caça e coleta - era a única alternativa para se sobreviver.
Hoje isto ainda é praticado por alguns: 0,000000000000000001%. Mas, esta minoria só faz isto ainda, porque a maioria hoje não o faz, pois se o fizesse, não teríamos os bilhões de sobreviventes de hoje.
O desenvolvimento de ideias, com sucesso, que começaram com o escambo e que derivou derivou o capitalismo, as oportunidades se multiplicaram salvou muitos da fome. Claro, no começo, como tudo, era selvagem, mas mesmo assim, ou era isso ou era a morte por falta de alternativas.
Claro, como vc discorreu, defeitos existem e muito, até hoje. Mas como explicar o fracasso de países que adotaram o marxismo, durante todo um século, com o fim de obter algo melhor que isto?
Já sei, vais dizer que todos eles não entenderam bem o que Marx propôs. Mas, eu desconfio deste argumento, citando o exemplo de Pol Pot, que leu tudo de Marx e o estudou na Sorbonne, Paris, e ainda assim fez o que fez.
E a China que descartou o marxismo e hoje se tornou bem menos pior que com ele? (claro, já sei, o marxismo lá não era o marxismo)
Enfim, continuo com a boa e velha máxima de que a teoria na prática é outra e que existe mais entre o céu e a terra do que imagina nossa vã filosofia como disse Shakespeare.
Obrigado e abraços

Mauro Julio disse...

parágrafo corrigido: Com os aperfeiçoamentos e vertentes, com sucesso, diga-se de passagem, que advieram do escambo e que derivou no capitalismo, as oportunidades se multiplicaram e salvou muitos da fome. Claro, no começo, como tudo, era aos trancos e barrancos, mas mesmo assim, ou era isso ou era a morte por falta de alternativas.

Anônimo disse...

Interessante o artigo terminar com várias interrogações, assim é bom. Diz o que quer e não apresenta nenhuma proposta.

Gostaria de conhecer formas alternativas de produção de bens em larga escala, sem a confinação bovina dos trabalhadores. Sendo este o único modo de atender às necessidades mínima da maioria dos sete bilhões de habitantes do planeta. Como ninguém concordaria em retroceder à pré-história é preciso encontrar uma outra via, mantendo todos os avanços tecnológicos.

O único sistema que não apresenta o futuro (mesmo o nosso presente) distópico é o anarquismo. Infelizmente a própria natureza humana o torna inviável.

O socialismo científico e as suas variações já provaram que não são eficientes na produção e distribuição de bens, muito menos no respeito aos direitos individuais da pessoa.

O capitalismo possui não só as suas falhas estruturais (sempre que elas ocorrem, tal como os socialistas em situação análoga, encontram algo ou alguém para culpar), mas também o seu lado pernicioso nas relações econômicas interpessoais. Livre tende ao monopólio e o massacre dos que não pertencem à classe proprietária ou dela foram expelidos. Aliás o monopólio estende-se ao Estado, como vemos as plutocracias ocidentais determinando o destino coletivo conforme seus interesses.

Considero na existência humana duas coisas principais: a liberdade pessoal e condições materiais dignas para o autodesenvolvimento (o profissional aqui é marginal). O difícil é que para isto devem coexistir uma coação social que impeça os excessos (o Estado), a possibilidade de conseguir o seu sustento conforme as suas aptidões (a iniciativa) e a segurança material (o refúgio), podem chamar isto de propriedade privada. O problema é definir os parâmetros que permitam um correto equilíbrio entre o individual e o coletivo, numa interação que se não impedir totalmente a exploração do outro, não exclua deste as mesmas condições usufruídas pelos demais.

celsolungaretti disse...

DALTON ROSADO RESPONDE:

Caro Mauro,

quando o capitalismo desenvolvido se consolidou através das guerras (há pouco mais de 160 anos, quando da primeira revolução industrial inglesa) a população mundial já era de 1,3 bilhão de habitantes e atingiu tal número graças à racionalidade humana que descobriu as técnicas agrícolas, a grande navegação, remédios e cirurgias (a cesariana que salvou milhões de mães na hora de um parto impossível deve seu nome ao imperador Júlio César, há mais de 2.000 anos a.C), obras de engenharia (como aquedutos desde 2.000 anos da nossa era), as artes (antes e depois do renascentismo), etc., e ainda não havia capitalismo.
Ao contrário, o capitalismo foi um modo de relação social implantado pelas armas e que provocou o maior genocídio havido na humanidade durante esses seus poucos anos.

Está claro que foi o desenvolvimento da ciência (muitas vezes impulsionado até pelas guerras, como a descoberta dos radares e energia atômica) e de muitos outros inventos em momentos de paz, o fator capaz de promover o vertiginoso desenvolvimento tecnológico havido nos últimos 116 anos (energia elétrica, motores a combustão, aviação, e outros inventos até chegarmos à microeletrônica e à comunicação via satélite), que são obras do desenvolvimento do intelecto humano, que independeram das relações pré-capitalistas ou capitalistas.

Destarte, não foi o capitalismo que produziu mais vida do que mortes, mas o desenvolvimento da ciência. Agora estamos atingindo um estágio no qual o capitalismo nos seus estertores pode causar o extermínio da humanidade (pelas guerras atômicas ou pelos cataclismos ecológicos). O capitalismo tem o demérito de constatar um abismo entre o desenvolvimento tecnológico e a miséria social por ele provocada e que ora se aprofunda.

Os “marxistas” do tipo Pol Pot, que idealizaram um Estado altamente centralizador e despótico, defendendo a apropriação estatal com foco na riqueza material de modo absolutista (sem sequer disfarça-lo através da acumulação da riqueza abstrata e da extração de mais-valia), nada mais foi do que uma volta ao absolutismo monárquico feudal escravista e assassino, e usando o nome de Marx, que deve ter tremido no túmulo. O que queremos é o inverso do absolutismo de Pol Pot.

Na China ocorreu o que inevitavelmente ocorre numa economia capitalista de estado: atingido um estágio inicial de superação da miséria feudal (no caso do império dos mandarins), e de um relativo grau de industrialização num país predominantemente camponês, e conservando-se e estimulando-se todas as categorias capitalistas (extração de mais-valia pelo estado, valor, dinheiro, mercadorias, mercado, capital, etc.), a consequência natural seria a abertura para a economia de mercado internacional como forma de sobrevivência, ainda que presentes os resquícios da política de centralização do poder numa casta dirigente do partido comunista. Isso é a negação daquilo que queria e defendia Marx. A revolução chinesa do marxismo de Mao Tse Tung, havida em nome do anti-capitalismo, causou menos estragos ao capitalismo do que o seu estágio de abertura ao capitalismo mundial com sua mão de obra escrava adicionada à tecnologia moderna, que provocou a dessubstancialização de tal forma do valor das mercadorias que está causando um renitente emperramento do crescimento do PIB mundial e, consequentemente, da massa global de valor e de extração de mais-valia. E tudo isso através dos próprios fundamentos capitalistas.

É assim que penso e sempre aberto a mudar de opinião desde que me convença dessa necessidade.

Obrigado por avivar o debate o oportunizar explicações sobre a crítica da economia política marxiana negada pelos marxistas-tradicionais.

Um grande abraço, Dalton Rosado.

Mauro Julio disse...

Bem, agradeço a Dalton e a Jorge pelas suas visões sociais, o que contribuiram para enriquecer o debate. Me foram bastante úteis.
Na minha opinião, produto de mais de 60 anos de vivência, ainda prefiro o capitalismo com a democracia . Esta última propicia o debate e assim as coisas podem ser aperfeiçoadas e ficarem menos piores. Sabe como é, né: alternância de poder....
Não credito em paraíso aqui na terra , portanto, para mim, só existe duas opções: entre o pior e o menos pior.
O que fundamenta minhas convicções, de maneira geral, é o fato de que somos animais como os outros. Outros que ate hoje vivem a verdade: produto dainteração do corpo com o palpável e o visível. Com a realidade presente ou com os fatos descritos nos livros de ciências exatas, no caso literário
Que nos conduz ao óbvio.
Com o advento da mente nos humanos, o ideal: religiões ou ideologias. Agora, as certezas, as guerras. O inferno.
Obrigado a todos, abraços.

celsolungaretti disse...

RESPOSTA ENVIADA PELO DALTON:

Caro Jorge Nogueira Rebolla,

modelo social perfeito, sem que sofra os problemas inerentes às imperfeições humanas, é impossível. Mas é nosso dever buscar a correção dos erros e a superação dos problemas sociais. Só assim poderemos transcender o estágio inferir da segunda natureza humana e subirmos de patamar.

Está provado que os avanços tecnológicos e o saber científico da humanidade podem proporcionar uma produção de bens e serviços abundantes e com menos tempo de esforço individual, acaso distribuamos esse esforço entre todos (atualmente vivemos uma tacocracia, na qual uns poucos trabalham muito e muitos outros não fazem nada por exclusão social ou privilégios (esses ultimo são os rentistas). Tal tema será objeto de um artigo próximo.

A população mundial de 7 bilhões de habitantes é pequena, se considerarmos a densidade demográfica em muitos países, inclusive no Brasil (quando viajamos de avião podemos perceber os imensos vazios de terras). O problema é que o modo de produção mercantil está travando a produção, pois só se produz o que se vende, e como a capacidade aquisitiva está decaindo, a produção está definhando. Exemplo clássico disso é a questão habitacional, pois há um déficit imenso de moradias e no entanto não se fabricam casas por incapacidade aquisitiva da população.

Não gosto da expressão socialismo científico, até porque o socialismo nada mais tem sido do que um modo capitalista estatal ou social democrata (como o PT no comando do governo liberal burguês). O termo nasceu da contraposição ao socialismo utópico, que não tinha a consistência teórica da crítica marxiana à economia política.

Não devemos fazer proposições detalhadas para uma sociedade emancipada, pois correremos o risco de sermos pretensiosos, pedantemente nos considerarmos iluminados e ditatoriais, mas a crítica sobre o que não devemos fazer já é um indicativo do que podemos e devemos fazer. A construção de uma sociedade emancipada será obra coletiva e eternamente ajustada às necessidades e correções de rumo. A inteligência humana associada a um estágio superior das suas virtudes deverá saber se organizar socialmente de modo a que possa prover o seu sustento de modo abundante e ecologicamente equilibrado. É que espero que aconteça.

Um abraço, Dalton Rosado.

Valmir disse...

do meu ponto de vista o problema com o socialismo e outros paraísos (céu, nirvana, xangri-lá) é que são coisa do futuro sempre, igual o Brasil, sempre para um futuro..e só sei viver no presente.

celsolungaretti disse...

RESPOSTA ENVIADA PELO DALTON:

Caro Valmir,

pelo que parece, você, pelo menos, está conseguindo viver bem no presente, enquanto muita gente está morrendo e muitos outros apenas sobrevivendo.

De nossa parte não queremos a volta do passado como foi e nem o presente como está. Por isso lutamos por um futuro diferente.

Dalton Rosado

Pr Izaque Barbosa disse...

Uma grande parte dos marxistas que conheço andam de carros de luxo, tem casas boas, barcos; e trabalham poucos dias por semana.
Marxistas viajam de avião, comem em restaurantes de luxo e dormem em luxuosos hotéis. Os desempregados têm que fazer malabarismos para colocar o feijão e o arroz na mesa. Vocês sabem como muita gente consegue superar as crises que devastam o país? Lutando com muita fé em Cristo Jesus.
Acredito que o mundo será um paraíso sim. Haverá justiça, paz e abundância para todos. Isso somente acontecerá no governo milenial de Cristo Jesus. O clamor "Venha o teu reino" nos condiciona a superação das mazelas sociais deste mundo sem perdermos o ânimo. A dialética social provoca ainda mais mazelas sociais, pois leva a inveja e apropriacao dos bens alheios.Só o evangelho de Cristo transforma as vidas. As palavras de Cristo são enfáticas: "Os pobres sempre tereis convosco", de modo nunca haverá igualdade enquanto humanos governarem. Aceitem o senhorio de Cristo nos corações de vocês.

celsolungaretti disse...

RESPOSTA ENVIADA PELO DALTON:

Caro Izaque Barbosa,

a contribuição que queremos dar com nossos escritos consiste justamente em formulações teóricas e análises sobre as razões de tantas mazelas humanas que ora se agravam mundo afora (e que podem nos orientar para uma práxis social libertadora) e que acreditamos derivarem de um modelo de relação social que se tornou anacrônico.

Consideramos que é possível a emancipação humana a partir da consciência social sobre os males que afligem a própria humanidade, aqui e agora. É um esforço que não tem nenhuma incompatibilidade com as crenças religiosas ou descrenças, pois respeitamos como um direito inalienável dos seres humanos tê-las ou não.

Um abraço, Dalton Rosado.

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