sábado, 14 de novembro de 2015

A LIÇÃO DA CARNIFICINA DE PARIS: O ESTADO ISLÂMICO É UMA ABOMINAÇÃO!

Nenhuma causa justifica a matança de civis. Nenhuma!

Nós, revolucionários, encaramos a luta armada como uma luta política travada também, quando imprescindível e inescapável, por meio das armas. 

É um recurso válido para combatermos inimigos que exerçam o terrorismo de estado e mantenham sua dominação mediante o uso desmedido da força, mas os alvos têm de ser sempre os combatentes contrários, não donas de casa, velhos, crianças, cegos, aleijados e outros indefesos.

O Estado Islâmico é uma abominação! Não passa de um instrumento bestial de vingança, que jamais libertará povo nenhum e vai causar uma imensidão de mortes inúteis até ser neutralizado.

De quebra, acaba de fornecer pretexto para uma nova escalada de assassinatos, torturas e ilegalidades, como a guerra ao terror subsequente ao atentado contra o WTC.

Nenhum revolucionário deve tomar o partido do EI nem relativizar suas carnificinas, pois estará se acumpliciando com a barbárie.

Existimos para conduzir a humanidade a um estágio superior de civilização, não para devolvê-la às trevas medievais.

6 comentários:

Angelo Godoi disse...

Foi um atentado de grande magnitude, sincronizado, ocorrido em vários locais. Tudo leva a crer que foi planejado há algum tempo.

Para reunir, armas, munições, explosivos, executores,essa carnificina contou com ajuda interna francesa, isto é, a extrema direita.

Nunca saberemos a verdade. Mas esse massacre de inocentes atende mais as forças sinistras, nazistas sempre latentes na França do que aos muçulmanos.

celsolungaretti disse...

Ângelo, infelizmente o Estado Islâmico assumiu a autoria. Temos de nos convencer de que os fundamentalistas, fanáticos religiosos subsistindo em contradição insolúvel com o mundo moderno, podem ser tão bestiais e burros como os nazistas.

E, em termos práticos, servem mesmo à direita mais retrógrada, motivo pelo qual temos de os combater implacavelmente.

Nadia Stabile disse...

Celso, mas não foi os EUA que jogaram bombas através de drones um dia antes em cima do lider do Estado Islâmico? aposto que muitos franceses estão achando que o culpado destas mais de 150 mortes é dos EUA.... ele sempre jogando lenha na fogueira!! e ainda querendo fazer com que a Europa pare de receber refugiados para que a guerra nunca termine!!

celsolungaretti disse...

Minha cara Nádia,

um atentado desses não se decide da noite para o dia. A preparação é longa, desde o treinamento dos assassinos até a posse da infraestrutura necessária (as armas que eles utilizaram, p. ex., provavelmente tiveram de ser trazidas de fora).

Suposições e conjeturas surgirão aos montes. Mas, certeza mesmo é a de que foi um atentado hediondo, desprezível. Coisa de nazista.

Não dá para relativizar nada, nem neste episódio nem no do Charlie Hebdo. Não passam de bestas-feras e de fanáticos religiosos, os boçais mais obtusos na face da Terra.

Essa gente não consegue viver sem tentar impor sua vontade aos outros. São párias numa modernidade que exige flexibilidade e jogo de cintura para administrarmos conflitos. Querem voltar a um mundo simples e simplório que foi varrido irremediavelmente pelo avanço da civilização.

Abs. e ótimo domingo p/ vc!

Anônimo disse...

Parabéns! Você foi sensato em sua matéria. Seus argumentos são de quem aprendeu a dura lição na prática. Esses malucos que se acham de esquerda, hoje em dia, não percebem que fanáticos religiosos os matariam como muito mais facilidade que o mais radical direitista.

Paulo César disse...

Caro Celso, só discordo num ponto do artigo: quando você disse que os jovens trocaram o "humanismo e a solidariedade" para entregar-se aos grupos fanáticos. Onde mesmo na sociedade capitalista - competitiva e individualista - há espaço para esses sentimentos? Se é verdade que não os há no fanatismo também inexistem na sociedade que deu significativa votação na Frente Nacional, dos Le Pen.

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