segunda-feira, 16 de março de 2015

O PT PERDEU SUA ALMA. DEPOIS, OS FORMADORES DE OPINIÃO. E AGORA, AS RUAS!

O partido criado pelos sobreviventes dos massacres da ditadura militar, pela esquerda católica e pelos sindicalistas do ABC chega ao ápice de um longo processo de descaracterização.

No seu manifesto de fundação, em fevereiro de 1980, cuspia fogo:
"O Partido dos Trabalhadores nasce da vontade de independência política dos trabalhadores, já cansados de servir de massa de manobra para os políticos e os partidos comprometidos com a manutenção da atual ordem econômica, social e política. (...) Os trabalhadores querem se organizar como força política autônoma. O PT pretende ser uma real expressão política de todos os explorados pelo sistema capitalista. 
"...As riquezas naturais, que até hoje só têm servido aos interesses do grande capital nacional e internacional, deverão ser postas a serviço do bem-estar da coletividade. Para isso é preciso que as decisões sobre a economia se submetam aos interesses populares. Mas esses interesses não prevalecerão enquanto o poder político não expressar uma real representação popular, fundada nas organizações de base, para que se efetive o poder de decisão dos trabalhadores sobre a economia e os demais níveis da sociedade. 
"...O PT buscará conquistar a liberdade para que o povo possa construir uma sociedade igualitária, onde não haja explorados nem exploradores. O PT manifesta sua solidariedade à luta de todas as massas oprimidas do mundo".
Infelizmente, bastou um resultado eleitoral insatisfatório em 1982 para começar a metamorfosear-se num partido da ordem, que expurgou uma a uma as tendências revolucionárias existentes no seu seio para tornar-se respeitável aos olhos dos eleitores preconceituosos --aqueles que haviam ficado estarrecidos quando a imprensa burguesa trombeteara que os candidatos do PT não tinham currículo, mas sim fichas criminais (sob a draconiana Lei Falcão, a propaganda eleitoral gratuita se restringia à exibição de fotos e dados pessoais dos candidatos, e os do PT não escondiam suas passagens pelas prisões da ditadura, pois se orgulhavam de terem sido os filhos da pátria que não fugiram à luta).

Entre a construção "de uma sociedade igualitária, onde não haja explorados nem exploradores" e a progressiva conquista de posições de poder dentro da sociedade capitalista, sem nenhuma pretensão real de revolucioná-la, foi prevalecendo, cada vez mais, o projeto pragmático, amoral e abastardado. Escancararam-se as portas para carreiristas e oportunistas de todos os matizes; o inchaço alterou a correlação de forças dentro do partido, desideologizando-o cada vez mais. As vitórias eleitorais, de meio, passaram a ser vistas como fim, a ser perseguido com unhas, dentes, indignidades e golpes baixos. Lula, que acusara Brizola de pisar até no pescoço da mãe para alcançar a Presidência da República, não hesitou em fechar os acordos mais podres e confraternizar com os piores inimigos de outrora, ao sabor das conveniências momentâneas.

Esquemas corruptos brotaram desde as primeiras prefeituras importantes assumidas e, no rumoroso caso Paulo de Tarso Venceslau x Roberto Teixeira, em 1998, o PT tomou (vide aqui) a deplorável decisão de expulsar um militante idealista que denunciava falcatruas e livrar a cara do empresário calculista que operava tais esquemas, um laranja podre que teria sido, inclusive, torturador do delegado Sérgio Fleury. Foi a senha para o liberou geral substituir o tradicional desapego pessoal dos quadros comunistas formados na velha escola do partidão.

Em 2002 o PT perdeu de vez sua alma, ao pactuar com os Mefistófeles de plantão que, se lhe fosse permitido assumir a Presidência da República após a previsível vitória eleitoral, não confrontaria o poder econômico, abdicando das decisões realmente importantes e limitando-se a gerenciar o varejo. Com o grande capital ditando a bel prazer as diretrizes macroeconômicas, nunca dantes neste país os lucros dos bancos, p. ex., foram tão escandalosos, com os recordes da agiotagem legalizada sendo anunciados triunfalmente pelo Bradesco e Itaú em quase todo mês.

Uma conjuntura econômica internacional extremamente favorável ao Brasil permitiu que os governos do PT na década passada dessem um tiquinho mais aos pobres sem tirar nada dos ricos, então todos ficaram felizes, com exceção da classe média, cujos integrantes mais prosaicos lamentavam perda de status e indignavam-se com a corrupção escancarada, enquanto seus melhores rebentos desiludiram-se com o abandono dos ideais igualitários e da postura de superioridade moral por parte do PT. Ver Lula aos beijos e abraços com os Sarneys, Malufs, Collors, Renans, Barbalhos e ACMs da vida sempre deu vontade de chorar!

A mistificação martelada pelos blogueiros amestrados atribui o desencanto com o PT, genericamente, à classe média privilegiada e consumista, omitindo que também sua componente idealista bateu asas. Que se façam panelaços no Jardim Paulista quando de um pronunciamento de Dilma na TV está na ordem natural das coisas, mas se os panelaços ocorrem também na boêmia Vila Madalena, reduto petista tradicional, os alarmes deveriam soar estridentes na cabeça dos grãos petistas. Caso fossem hoje gravados vídeos de campanha como aquele maravilhoso do Lula-lá, é provável que o do Fora, Dilma! reunisse estrelas muito mais fulgurantes que as do Fica, Dilma!.

Quando os formadores de opinião se vão, a pujança vai junto e sobra a estagnação fisiológica, a obsessão do poder pelo poder. A esquerda emergiu da ditadura com aura de martírio e simpatia generalizada da classe média, mas foi dilapidando tal capital político ao longo destes 30 anos, a ponto de hoje ver inclusive os melhores cidadãos dos estratos intermediários da sociedade majoritariamente posicionados do lado de lá da barricada. 

Principal responsável por tal proeza às avessas, o PT nem sequer tenta corrigir o mal feito. Sua belicosa rede virtual dá como antecipadamente perdida a batalha para a reconquista de seus corações e mentes, preferindo hostilizá-los com pejorativos como coxinhas, mauricinhos, sem-fome, etc. A direita, penhorada, agradece.

Tudo isso desembocou na eleição pomo da discórdia de 2014, quando um partido sem propostas, sem programa e sem capacidade de insuflar esperanças oPTou por vencer a qualquer preço, sem em nenhum momento considerar que, desgastado como estava após 12 anos no poder, teria dificuldades imensas para governar no cenário de terra arrasada que se prenunciava para 2015 (e, talvez, anos seguintes também).

Se jogasse limpo, é bem provável que coubesse a Marina ou a Aécio a tarefa espinhosa e antipática de promover um ajuste recessivo, ficando o PT com prestígio intacto e caminho desimpedido para voltar ao poder com Lula em 2018.

Preferiu fazer uma campanha imunda como nunca dantes neste país se vira, apelando para a satanização dos adversários, a desinformação e o embuste desmedidos. Acabou salvando-se graças aos votos das regiões mais pobres e atrasadas, o que, Marx dixit, nunca funciona; nações embotam quando o seu polo retrógrado prevalece sobre o dinâmico. [Lembram quando a ditadura perdeu as grandes capitais e os municípios mais pujantes, passando a contar apenas com os grotões? Pois é, já estava nos estertores...]

Agora, o PT está colhendo o que plantou. Por Dilma haver jurado de pés juntos que não imporia aos trabalhadores os odiosos rigores do receituário neoliberal, atribuindo tais sinistros desígnios aos adversários, não tem moral nenhuma para exigir sangue, suor, trabalho e lágrimas dos brasileiros. Muito menos com a roubalheira da Petrobrás presente o tempo todo no noticiário.

Veio daí a acachapante goleada que acaba de sofrer nas ruas; por quaisquer que sejam os critérios de mensuração, os inimigos venceram por, pelo menos, 10x1. Pior ainda que o chocolate aplicado pela Alemanha.

Perdidos os formadores de opinião, o Brasil avançado e as ruas, salta aos olhos que o governo do PT não conseguirá atravessar incólume os mares turbulentos que nos separam de 2018. Precisa dividir as responsabilidades do poder (formando um gabinete de crise ou articulando um governo de união nacional) ou delas abdicar de uma vez por todas (com a renúncia de Dilma) antes que o clamor das ruas vire rugido e os partidários do impeachment descubram o caminho legal para justificar o impedimento; ou que as vivandeiras de quartel convençam os fardados a meterem de novo os pés pelas mãos.

Os augúrios serão os piores possíveis se o PT continuar cometendo erros crassos em cascata --como o de sair às ruas no dia 13 apenas para fornecer um parâmetro de comparação que até as pedras sabiam que lhe seria extremamente desfavorável, ou como o de escalar ministros inexpressivos para falarem mais do mesmo quando o impacto das manifestações do dia 15 exigia um pronunciamento presidencial e uma verdadeira resposta ao clamor popular.

Como os técnicos de futebol, o PT tem de tirar um ano sabático para reciclar-se, preparar um novo repertório e, quem sabe, voltar a vencer. Neste momento, só tem desastres e fiascos pela frente. E os brasileiros pagaremos muito caro se ele insistir nos desatinos atuais.

13 comentários:

AF Sturt Silva disse...

Só duas observações Celso:
1) o PT era hegemônico na classe média antes de chegar ao governo? Seria essa classe média, que em sua maioria está nas ruas, resentida pela traição do PT? Desde de quando o problema da corrupção é o PT? Veja o perfil das manifestações de Porto Alegre (ainda não vi de SP): http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2015/03/institutos-de-pesquisa-fazem-levantamentos-sobre-o-perfil-dos-manifestantes-em-porto-alegre-4719348.html

Eu não consigo enxergar nem propostas políticas nessa turma.

2) quando vc defende que era melhor deixar a batata pra Marina e Aécio e voltar por cima em 2018, vc praticamente ignora tudo que um novo governo poderia fazer nesses 4 anos.

O que tá matando o PT é o discurso longe da prática. É depois dessas manifestações um dos ministro da Dilma dizer que vai ter reforma política, sendo que todo mundo sabe que a "base aliada" derruba a Dilma se ela forçar demais com a reforma que o PT defende.

WA disse...

Excelente reflexão! O PT e o Governo Dilma estão sofrendo de uma especie de autismo político, não conseguem auscultar a sociedade e sequer compreendem os relevantes recados que desde as eleições estão sendo transmitidos pelo povo.

Eduardo Rodrigues Vianna disse...

Desde que aderi à antiga Convergência Socialista em 1994 (um mês após, a CS se dissolvia para dar lugar ao PSTU, no qual não milito maishá vários anos), que ouço a sentença: "O PT morreu!". E eu protestava contra isso, porque o PT estava longe de ter "morrido". Hoje, contudo, não há muito o que discutir: O PT morreu. Pode até sobreviver como sigla, omo corporação, talvez como um PMDB piorado, mas, do ponto de vista da esquerda, morreu. E que morte vergonhosa! E que perigos a morte do PT acarreta, neste período e nos próximos!

Paulo Edson Rodrigues disse...

Artigo de Celso Lungaretti e comentário de Eduardo Rodrigues Vianna: muito desolador para um petista, como eu , que votou no partido desde sua formação, ler o que escreveram.

Entretanto, o que dizem é análise da pura realidade. O PT não galvaniza nem seus eleitores de primeira hora, quanto mais a pequena classe média formadora de opinião.

"E que perigo acarreta neste período e nos próximos" com a massa de trabalhadores desmobilizados, despolitizados nesses 13 anos de governo Lula/Dilma. Tempos mais difíceis virão.

celsolungaretti disse...

Af,

a esquerda era hegemônica na saída da ditadura, mas o governo catastrófico do Sarney foi mudando o quadro. Baixou uma descrença total nos políticos tradicionais, a ponto de a eleição de 1989 ser decidida entre dois "outsiders", Collor e Lula.

O prestígio do PT, contudo, chegou a ser expressivo junto à classe média. Agora, atinge o ponto mais baixo de sua existência.

O problema da corrupção afeta nosso sistema político como um todo, mas o PT é mais execrado porque prometeu ser diferente e acabou sendo igual.

Eu sinto que há uma saturação de PT no poder. Era a hora da alternância. E a forma como ganhou foi dura de engolir, uma diferença conquistada no Brasil atrasado. Vamos falar claramente: não passou de voto de cabresto, nos moldes nordestinos tradicionais.

Quanto ao novo governo, o que ele faria é a recessão que o poder econômico exige. Isso não dá prestígio para ninguém.

Tenho a impressão que o PT foi conduzido a essa roubada de vencer uma eleição que não convinha ganhar porque há dezenas de milhares de quadros pendurados nas boquinhas. Eles fizeram a diferença, em seu desespero para não irem para a rua da amargura. E o preço disso poderá ser bem caro.

Quanto a passar a atuar como verdadeira força de esquerda, era o que deveria ter feito desde o começo do Governo Lula. Agora, no auge do desprestígio, não dá mais.

A real prioridade é salvar a democracia, pois dá oportunidade para virarmos o jogo adiante. O governo da Dilma já foi pro brejo. É mera questão de tempo.

Anônimo disse...

ha varias questoes e duvidas,mas a principal delas è como se reagrupa a esquerda,com o escandalo do petrolao vemos um governo cambaleando e um psdb potencializado com a midia voraz da globo se fortalecendo cada vez mais,sera que vamos voltar aos discursos de anos atras que o governo deve vender suas estatais para evitar cabides de emprego e corrupçao?acho que ja ta tudo preparado,qual sera o caminho?oque voce pensa a respeito da Dilma como presidenta e oque ela pode e deve fazer?

Anônimo disse...

celso,qual a ligaçao da Dilma presidenta e a companheira wanda?na sua opiniao por que enquanto ministra "garota pac",aceitou concorrer a presidencia de um governo todo amarrado com empreiteiras,sarneis e collors,sera que essas amarras sao tao dificeis de se livrar delas?sera que foi so o pt que perdeu sua alma?

Eduardo Rodrigues Vianna disse...

Difíceis à beça, Paulo Edson. Aqui em minha cidade (Jundiaí, SP) fizeram nada menos que um atentado a bomba contra uma sede de PT, no último domingo. E não tenho visto ninguém na cidade lá muito indignado com isto: a sensação aí pelo ar é a de que todo mundo quer que o PT literalmente se exploda!

Marcio Buzzatti disse...

O maior problema do PT e que está levando a sigla ao descrédito a milhões de eleitores que votavam no partido foi que pregava a ética na gerência do Estado. Só a ética, nem reforma.

Quando começaram as negociações desonestas, já conquistado o governo, e a figura mais representativa na atuação desses negócios foi o Sr, Pallocci, o trabalhador percebeu que o PT estava se transformando num partido como os demais da burguesia.

Os erros na gestão do Estado continuaram. Um exemplo;

Com a explosão do escândalo da PETROBRAS, Bendini é catapultado da presidência do Banco do Brasil com missão quase impossível para resolver os desmandos, a derrocada financeira,o desabamento das ações na Bolsa, da nossa maior empresa.

Mas quem é o Sr. Bendini? No Banco do Brasil, Bendini trocou a seguradora nacional consorciada pela MAFRE SEGUROS.

A MAFRE é de capital espanhol do mesmo naipe do Santander que tanto infelicitou e infelicita a vida dos funcionários e aposentados do antigo BANESPA.

A primeira medida da MAFRE regendo os seguros de carros contratados nas agências do Banco do Brasil foi apresentar valores exorbitantes para quem tinha carros velhinhos, mas que vinha fazendo fazendo seguro desde a compra do mesmo.

Assim, em 2013[a MAFRE entrou no BB em 2012] quem estava pagando R$ 700,00 de seguro anual por um carro ano 2000/2001 para renovar foi lhe apresentado uma conta de R$ 1.700,00. Em vez dos 10% de aumento esperado veio mais de 100%.

Por mais que os funcionários de atendimento se esforçasse ele não conseguia resolver as "inconsistências" do sistema.

Sem dúvida, esses piratas espanhóis queriam e querem somente lucro exorbitante.Quem tivesse carro velho para renovar seguro no BB fosse em outra freguesia. Foi o que aconteceu.

Hoje quem vai no Centro Cultural do BB em São Paulo, antes do filme assiste a propaganda BB-MAFRE.

Tem mais; soube mais tarde que o novo diretor do BB que fechou o consórcio com MAFRE fora indicado pela coleguinha do "companheirão" que o acompanhou em dezenas de viagens oficiais pelo exterior.

Cada segmento da classe média tem o seu caso de desmazelo com que foi tratada por essa república petista.

Pelo que fizeram no governo e ainda fazem, não é de se espantar pelo gigantismo das manifestações de domingo.

celsolungaretti disse...

Ao anônimo que pergunta sobre as estatais: neste assunto eu me posiciono como marxista. Para os clássicos do nosso lado, nunca houve diferença nenhuma entre capitalismo e capitalismo de estado. Existimos para acabar com ambos.

Esta posição já existia no tempo do "Petróleo é Nosso". Mas, a esquerda subserviente a Stalin naquele tempo descobria virtudes insuspeitadas no nacionalismo. Eu jamais vi nenhuma. Sou internacionalista desde meus primeiros passos como revolucionário. O meu norte é a revolução mundial.

Eu até defenderia estatais que estivessem sendo geridas por conselhos de trabalhadores. Mas, as que se caracterizam como empresas convencionais e são instrumentalizadas por partidos, não.

Então, é-me indiferente o que aconteça com a Petrobrás. Ainda mais nestes tempos em que livrar-nos da energia suja deveria ser a nossa prioridade máxima.

celsolungaretti disse...

Quanto à Dilma, não a considero pessoalmente desonesta, apenas uma mulher que se desencantou com nossos ideais e se tornara uma mera tecnoburocrata.

Tenho certeza absoluta de que sabia da roubalheira na Petrobrás, presumo que não participasse nem aprovasse, mas creio que se curvava pragmaticamente à noção de que em política temos de engolir tais sapos.

O que me irrita é ela fazer novelões acerca do seu passado, como se revolucionário fosse isto que ela se tornou. Dá péssima fama para nós. Conheço muitos, e me coloco entre eles, que nunca almejaram privilégios nem abdicaram de suas posturas.

O verdadeiro revolucionário se vê como exemplo vivo da sociedade que ele quer criar. Não é, evidentemente, o caso da companheirada do PT. A deles estaria mais próxima do utilitarismo jesuíta do que da dialética marxista.

Anônimo disse...

obrigado pelas suas consideraçoes companheiro,mas volto a insistir numa questao,num ambito nacional,voce nao acha importante reunir a esquerda para que a mesma saia renovada disso tudo e menos enfraquecida,nao seria uma maneira de mudar muita coisa no paìs parrageraçoes futuras?

celsolungaretti disse...

Seria ótimo. Mas, estarão a Dilma e seu grupo dispostos a abrirem mão do ajuste recessivo do Levy?

É aí que a coisa emperra. A esquerda autêntica jamais poderá associar-se a medidas tão deploráveis. E o governo não parece ter a mínima disposição de peitar o poder econômico.

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