Foi este o dedo que ele apontou para o Vlado? |
Disse que, quando começou a haver incompatibilidade com a carreira que ele iniciava, o próprio Toledo o aconselhou a ficar fora da luta armada e seguir adiante no jornalismo.
Mas, como homem digno que é, continua fiel aos valores da resistência à ditadura. Daí, p. ex., estar esmiuçando o passado repulsivo de José Maria Marin, o presidente da CBF, em sucessivos posts do seu blogue.
Começou revelando que a presidente Dilma Rousseff se recusa a receber Marin por este haver sido "servil serviçal da ditadura".
Depois, publicou a nota do presidente da OAB do Rio de Janeiro, Wadih Damous, afirmando, entre outras coisas, que:
Depois, publicou a nota do presidente da OAB do Rio de Janeiro, Wadih Damous, afirmando, entre outras coisas, que:
"O futebol brasileiro é campeão graças ao talento de seus atletas e do que eles fazem dentro do campo.
Maluf e Marin, dois 'filhotes da ditadura' |
Fora dele, é um verdadeiro desastre já que boa parte de seus mandatários é composta por carreiristas, negocistas e, agora, até por dedos duros".
Numa Marin endossa as denúncias que o jornalista Cláudio Marques, "de forma particular e corajosa", fazia contra o Depto. de Jornalismo da TV Cultura: "não se vê nada de positivo, apenas apresenta misérias, apresenta problemas, mas não apresenta soluções". E critica a omissão do secretário da Cultura e do governador do Estado.
Quem conhece a história sabe que Vladimir Herzog não morreu por causa da campanha imunda de Marques, secundado por Marin. Sua prisão foi uma provocação dos torturadores do DOI-Codi, ansiosos por calar os que defendiam a demontagem, por obsoleto, do aparato de terrorismo de estado; e sua morte, um acidente de trabalho, pois não existe ser humano totalmente imune de sofrer um enfarte quando torturado.
Mas, a forma como Marques e Marin se dispuseram alegremente a colaborar para a desgraça de brasileiros valorosos os faz merecedor do mais aboluto desprezo.
E, ao furtar recentemente a medalha de um campeão da Copa São Paulo de Juniores, Marin mostrou que seu caráter continua o mesmíssimo de 1976.
Pior ainda é o outro discurso de Marin, expressando seus "melhores cumprimentos a um homem que, de há muito, vem prestando relevantes serviços à sociedade, embora nem sempre tenha sido feita justiça a seu trabalho".
O alvo da homenagem era o delegado Sérgio Paranhos Fleury!
Ou
seja, Marin rasgou seda para aquele cocainômano que começou como chefão
de grupo de extermínio, depois teve passagem das mais bestiais pelo
Deops e acabou abandonado pelos militares, que deixaram de protegê-lo
quando o bravo promotor Hélio Bicudo provou que, no tempo do Esquadrão
da Morte, Fleury estava a soldo do bicheiro Ivo Noal, contraventor que
servia-se dos policiais para eliminar a concorrência.
Finalmente, Fleury chantageou empresários financiadores da repressão e foi assassinado pela comunidade de informações, como acaba de confirmar o ex-delegado Cláudio Guerra.
Já para Marin, Fleury seria "exemplar pai de família", "homem cumpridor dos seus deveres" e possuidor de "uma vocação das mais raras, das mais elogiáveis, que é o cumprimento do seu dever como policial".
Se vivesse na Valáquia de outrora, Marin certamente faria elogios semelhantes a Vlad Dracul, o empalador...
Já para Marin, Fleury seria "exemplar pai de família", "homem cumpridor dos seus deveres" e possuidor de "uma vocação das mais raras, das mais elogiáveis, que é o cumprimento do seu dever como policial".
Se vivesse na Valáquia de outrora, Marin certamente faria elogios semelhantes a Vlad Dracul, o empalador...
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