Ao abrir mão de ser a vice do candidato Fernando Haddad, a paraibana de Uiraúna deu uma lição de dignidade política a certo pernambucano de Garanhuns.
Aquele que não se importa em trocar abraços, sorrisos e apertos de mão com o homem que, como governador de São Paulo em 1980, foi o responsável último por seu encarceramento no Departamento Estadual de Ordem Política e Social.
4 comentários:
Lamento, mas política não se faz por afeição filial, mas pelos interesses da maioria. Assim, o lendário Prestes apoiou decisivamente Vargas em 1950. Vargas que havia entregue sua esposa aos nazistas. Política se faz om o cérebro e não com o fígado.
Bem, como a política do PCB de se colocar como caudatário de forças não revolucionárias acabou dando em nada, parece-me que teria sido melhor agir com o fígado...
Citar o PCB e Prestes como exemplo em decisão política soa risível. Nunca fez autocrítica e sempre insistiu na burguesia como aliada. Não foi à toa que de maior força política da esquerda até a década de 60, fragmentou-se e se tornou um partido sem representação nenhuma.
Para ser realmente coerente ,Erundina teria que deixar a aliança partidaria PT, PC do B,PSB e...PP de Maluf.
Aliás, deveria deixar o proprio PSB que dá sustentação ao PSDB em SP.
Ela desde o início sabia da aliança entre PT e Maluf.Portanto, sua coerencia está em "se sair bem " das críticas se posando de ètica.UMA COERENCIA POLITIQUEIRA.
Lula, com seu pragmatismo , procura isolar Serra nessas eleiçoes municipais. Todo mundo dava como certo a aliança entre Maluf e Serra.
Lula já havia tentado Kassab ( que ao contrario do que dizem, não "traiu " o PT pois, foi muito claro que faria aliança somente se Serra nao disputasse o Pleito).
Maluf , que já não representa perigo ( como o Serra, queridinho da direita reacionária paulistana)é mais uma peça no tabuleiro político de Lula que busca abrir espaço em São Paulo ,antro da seara tucana, garantindo assim seu programa democrático e popular,fortalecendo o mercado interno,distribuindo renda ,etc conforme diretrizes programaticas de seu partido.Seu amplo leque de alianças ( algumas bizarras) lhe garante sobrevida no parlamento ( Lugo que o diga).
Agora, estamos esperando uma alternativa política melhor que a de Lula.O problema é que tais alternativas são problemáticas. Vivem de "palavras de Ordens", em intermináveis reuniões de análise de conjuntura e, o que é tragicômico são incapazes de fazerem UMA ALIANÇA ELEITORAL ENTRE SÍ.
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