quinta-feira, 17 de novembro de 2011

AS CAFUNGADAS DOS TOXICÔMANOS E DOS BANQUEIROS

Em sua coluna desta 5ª feira, Quando o vício é privado, o veterano jornalista Clóvis Rossi levanta a possibilidade de estar sendo inútel, mesmo do ponto de vista capitalista, o receituário neoliberal imposto a governos europeus, no sentido de que reduzam gastos sociais e infelicitem seus cidadãos.

A tese de CR (ver íntegra aqui), com a qual concordo, é de que a atual crise tem como principal vilão os bancos. Priorizar sua salvação só agrava os males, pois equivale a oferecer novas doses a viciados em drogas:
"...a cura, pela austeridade, do vício dos governos de gastar demais nem de longe resolve o problema.
 A banca (...) continua intoxicada e 'mata' um governo depois do outro, no desespero de mais uma cafungada nos juros obscenos cobrados para rolar a dívida de países europeus".
Mas, vou além de CR: em termos estruturais, os problemas não podem ser resolvidos sob o capitalismo. Deixar de acarretar penúria aos homens para socorrer bancos seria apenas um primeiro passo na direção correta.

No final da estrada encontra-se o fim do próprio capitalismo -- ou, talvez, o da espécie humana, se não livrar-se logo do sistema que a direciona para o abismo.

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