domingo, 7 de setembro de 2008

AS PENAS DOS ARAPONGAS FORAM PARA O VENTILADOR

As arbitrariedades cometidas nos últimos meses por agentes da Polícia Federal e da Agência Brasileira de Inteligência são expostas e dissecadas em mais uma reportagem jornalística competente e esclarecedora: a matéria-de-capa da revista IstoÉ de 05/09/2008,
Os olhos por trás do grampo ( http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2027/artigo101236-1.htm ).

Eis os trechos mais significativos:

"Segundo arapongas revelaram à ISTOÉ, a operação [Santiagraha] gravou conversas e monitorou os passos de 18 senadores, 26 deputados, do secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, da ministra Dilma Rousseff, de ministros do STF e do STJ, advogados, lobistas e inúmeros jornalistas. "O Protógenes tem em mãos um arsenal que destrói o governo passado, o atual e o próximo", revelou [o coordenador da equipe de espiões] Ambrósio a um amigo.

"Agentes ouvidos por ISTOÉ confirmam o que as autoridades suspeitam: a liberdade com que os espiões trabalharam, sem prestar contas à Justiça ou a superiores, levou a Satiagraha a descambar para uma grande teia de escutas e filmagens que nada tinham a ver com o objetivo inicial.

"O descontrole sobre as ações do grupo de Protógenes e do espião Ambrósio ajudam a embasar as desconfianças daqueles que acusam a PF de trabalhar com fins políticos. A PF e os agentes da Abin conseguiram gravar ilegalmente senadores, deputados, ministros e autoridades do Judiciário. No entanto, se mostraram incapazes de cumprir uma determinação do STF que mandou monitorar as conversas telefônicas do ex-secretário nacional do PT Romênio Pereira, suspeito de participar de um esquema que desviou do Orçamento da União R$ 700 milhões dos cofres públicos."

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