sexta-feira, 26 de dezembro de 2025

DUAS OU TRÊS COISAS A SE PODERAR SOBRE A FORMAÇÃO DO CINTURÃO CONSERVADOR NO CONE SUL DE NOSSA AMÉRICA

"Alguma coisa está
fora da ordem, fora
da nova ordem mundial"
dalton rosado
 
A DEGENERAÇÃO OSTENSIVA DO CAPITAL
O capitalismo, desde o início, tem se caracterizado pela beligerância genocida. Em nenhuma quadra da história se mataram tantos seres humanos quanto nos últimos 200 anos da república capitalista. 

Mal tinha sido derrubada a monarquia francesa, eis que surge Napoleão Bonaparte com suas chamadas campanhas militares de conquistas (1804 a 1815).

O século 19 foi marcado por ebulições próprias ao desenvolvimento do mercantilismo da revolução industrial inglesa, como o surgimento da energia a vapor que transformava energia térmica em energia mecânica impulsionando máquinas, o transporte ferroviário, equipamentos industriais e gerando eletricidade. 

A queima do carvão ou da lenha representou o embrião e despertar da revolução tecnológica que viria a seguir, e com ela o desejo de hegemonia econômica e política tanto no continente europeu como na América estadunidense, inclusive com as duas grandes guerras mundiais nas quais morreram cerca de 3% de toda a população do planeta. 

A trajetória de implantação do capitalismo mercantilista tem, portanto, um rastro de sangue. O capital é assassino e a democracia burguesa, uma farsa representativa que ora demonstra toda a sua incongruência política, simultaneamente à derrocada dos seus fundamentos econômicos decadentes. 

Como se admitir que o povo dos Estados Unidos eleja um Donald Trump, notório golpista político patrono dos atentados ao Capitólio em 2021 contra a posse de Joe Biden no qual morreram manifestantes e militares, além de ser um criminoso condenado por crimes sexuais e de sonegação, senão pelo prevalecimento fr mecanismos estranhos à livre manifestação da vontade popular?

O resultado da influência do poder econômico na eleição de políticos de direita revela que, na democracia burguesa, os eleitores estão presos a um processo suicida de manipulação da vontade e convergem para o abatedouro tal como gado no corredor de abate, inconscientes e sem alternativas; escolhem dentre o que já foi previamente escolhido pelo capital. 

Agora o Chile e a Bolívia acabam de eleger governantes de direita que se somam ao Javier Milei da Argentina, formando um cinturão conservador no cone Sul das Américas, numa demonstração clara de um movimento pendular eleitoral entre direita e esquerda fruto da insatisfação popular que não se apercebe de que ambos os  projetos representam apenas variações políticas que atuam sob uma mesma base de exploração social: o capitalismo.

A trajetória de implantação do capitalismo mercantilista, que moldou uma forma política que lhe é imanente, tem um rastro de sangue. 

O capital é assassino e a democracia burguesa uma farsa representativa que ora demonstra toda a sua incongruência política pari passu à derrocada dos seus fundamentos econômicos decadentes. 

Como se admitir que o povo dos Estados Unidos eleja um Donald Trump, notório golpista político patrono dos atentados ao Capitólio em 06 de janeiro de 2021 contra a eleição e posse de Joe Biden no qual morreram manifestantes e militares, além de ser um criminoso condenado por crimes sexuais e de sonegação, senão pela manipulação da vontade eleitoral por mecanismos estranhos à legítima e livre manifestação da vontade popular?
O resultado da influência do poder econômico na eleição de políticos de direita revela que na democracia burguesa os eleitores estão presos a um processo suicida de manipulação da vontade e convergem para o abatedouro tal como gado no corredor de abate, inconscientes e sem alternativas; escolhem dentre o que já foi previamente escolhido pelo capital. 

Agora o Chile e a Bolívia acabam de eleger governantes de direita que se somam ao Javier Milei da Argentina, formando um cinturão conservador no cone Sul das Américas, numa demonstração clara de um movimento pendular eleitoral entre direita e esquerda. 

Tal movimento é fruto da insatisfação popular que não se apercebe de que ambos os projetos representam apenas variações políticas que atuam sob uma mesma base de exploração social: o capitalismo.

A inconsciência social popular sobre si mesma atua como se se considerasse coletivamente que o capitalismo e suas relações de exploração e ordem política fosse algo tão natural como se beber água e se alimentar diariamente. 

A inconsciência coletiva corresponde a um torpor ensandecido, senão vejamos: 
* elege-se Jair Bolsonaro, o terrorista planejador do atentado à represa do Guandu no Rio de Janeiro, causa de seu afastamento do Exército quando ainda era tenente e declarado defensor de torturadores e assassinos como o coronel Brilhante Ustra e apologista do arbítrio político de exceção;
* elegem-se tipos como Donald Trump, um genocida que quer receber o título Nobel da Paz Mundial, apesar de matar pessoas em barcos indefesos atingidos por poderosas bombas em nome de uma presunção não comprovada de que se trata de narcotraficantes;
*
mantém-se na Presidência o delinquente dos Estados Unidos que não apenas nega o aquecimento global causado pelo consumo de combustíveis fósseis que tem os Estados Unidos V(e a China) como maiores emissores do gás carbônico na atmosfera pelo seu uso, como quer tomar na marra o petróleo venezuelano, fonte de riqueza daquele país numa ordem capitalista que não consegue equacionar o problema do ecocídio causado pela produção, consumo e venda dessa fonte energética predadora da vida;
* aceita-se que um país invada o outro por terra e lance bombas contra civis inocentes como faz o ex-agente da KGB Vladimir Putin, na agressão assassina da população civil da Ucrânia;
*aceita-se o genocídio em Gaza de mulheres, idosos e crianças, praticado pelo governo sionista de Israel;
* gasta-se mais dinheiro em armamentos do que no combate à fome que aumenta, apesar do desenvolvimento científico das técnicas agrárias;
* aceita-se o pagamento extorsivo dos juros da dívida pública em detrimento do provimento de demandas sociais básicas;
* aceita-se que se dê cerca de R$ 5 bilhões para o financiamento de partidos políticos em suas campanhas eleitorais e se esquece da permanente influência do poder econômico do processo eleitoral;
* naturaliza-se a existência de máfias do crime organizado em permanente competição como  o crime do colarinho branco numa disputa que enoja o cidadão comum explorado, ambos infiltrados no aparelho de estado parlamentar, esferas executivas e no judiciário;
* campeiam soltos e com exemplos, e a cada dia pululando, mais volumosos e impunes no noticiário criminal, os crimes de corrupção com o dinheiro público
O retrato da barbárie social parcialmente aqui citado (há muitas outras) tem uma causa: o capitalismo e sua degeneração econômica e política; superá-lo é a palavra de ordem inadiável. 

Como fazê-lo? Isso somente é possível com a introdução de um novo modo de produção social capaz de negar todas as incongruências do sistema produtor de mercadorias e que viabilize uma ordem jurídico-constitucional que lhe seja correspondente. 

Repetir esse desfecho e formular apelo à conscientização do mal e na necessidade de sua superação como um mantra deve servir de incômodo como uma pedra no sapato de um caminhante que errou o caminho. (por Dalton Rosado)

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