"No dia 14 de novembro termina no plenário virtual da Primeira Turma do Supremo o julgamento do recurso da defesa de Bolsonaro contra a condenação a 27 anos e três meses de prisão. Será rejeitado. E o capitão, em prisão domiciliar há três meses, ficará a um passo do regime fechado...
...No mesmo dia, a Primeira Turma inicia o julgamento da denúncia em que a Procuradoria acusa Eduardo Bolsonaro do crime de coação contra autoridades envolvidas no processo sobre a trama do golpe. A denúncia será convertida em ação penal…
...Pai e filho tornaram-se protótipos de uma família autossuficiente. Eles mesmos cometem os crimes, eles mesmos fornecem as provas, eles mesmos complicam a defesa...
...O clã Bolsonaro consolida-se como um convite para a revisão da teoria de Darwin. Oferece eloquentes indícios de que está em curso um processo de regressão de certas espécies…" (por Josias de Souza)
O deboche do Josias é o que os ridículos Jair e Eduardo Bolsonaro há muito fazem por merecer; na verdade, chega oito anos atrasado.
Porque patéticos eles nunca deixaram de ser, mas a maioria do eleitorado brasileiro foi néscia a ponto de elegê-los, condenando o País a um festival de horrores.
E nem sequer aprendeu a lição. Pelas pesquisas de opinião no Rio de Janeiro, dá até para imaginarmos uma arrancada final vitoriosa do governador matador Cláudio Castro.
É, contudo, amplo o favoritismo do hamletiano Tarcísio de Freitas, que nunca decide o que quer ser e o que não quer ser, mas tem como trunfo a posse do governo do estado mais rico da federação.
Estranharam o uso da palavra posse? E se eu a grafasse po$$e, ficaria mais fácil de entender?
De resto, será o caso de exultarmos por Tarcísio ser menos péssimo do que o Bolsonaro e o Cláudio Castro? Estamos tão desmoralizados assim? Ou ainda temos ânimo para batalhar por opção melhor?
Isto porque o mundo gira, a Lusitana roda e nós continuamos rindo pra não chorar. Até quando? (por Celso Lungaretti)
2 comentários:
Grande Celso!
Ao usar a expressão "a Lusitana roda" lembrou-me o Eça de Queiroz.
Estou relendo Os Maias.
Até parece que os atuais dramas políticos diferem dos de antanho. Deste rodar em falso que nos caracteriza.
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Quando o banqueiro Cohen é perguntado a respeito dos empréstimos feitos pelo estado português (hj dívida interna) e que iriam levar a Lusitânia a bancarrota, ele responde que sim.
Alguma semelhança com nossos tempos?
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Ao meu ver, os caras querem alguém que mantenha a roda girando.
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SF
Na minha meninice ouvia muito as rádios, pois meu pai demorou para ter grana suficiente para compra uma TV. Só conseguiu aproveitando a oferta de muitas que não tinham sido vendidas para o Mundial de 1962.
"O mundo gira e a Lusitana roda" era um bordão muito repetido nos comerciais radiofônicos dessa empresa.
Pior ainda era "as rosas desabrocham/ com a luz do sol/ e a beleza das mulheres/ com o creme Rugol"
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