"A reunião de Mauro Vieira com Marco Rubio esta semana, sem que o nome do clã golpista sequer fosse citado, teve um caráter simbólico: pode ter sido a última pá de cal na tentativa dos Bolsonaro de um dia voltar ao poder no Brasil, com a ajuda dos Estados Unidos. Melhor assim: a nação agradece.
"Se só Trump poderia salvar o ex-presidente condenado, como disse outro dia Valdemar Costa Neto, o dono do PL, então agora não há mais nenhuma esperança, chegou o fim da linha, acabou, the game is over. O ar até já ficou mais respirável.
"Foram quase sete anos de protagonismo tóxico, desde a posse do capitão Jair em 2019, que abalaram a democracia brasileira e quase nos levaram a uma nova ditadura, mas agora chegou a vez de fechar as cortinas e tirar essa gente do noticiário político para voltarmos à normalidade institucional..." (Ricardo Kotscho, no artigo Fim da linha para os Bolsonaro. E vida que segue)
Na mesma linha do meu post de sexta-feira passada (17/10), o artigo dominical do grande Kotscho, cujo início reproduzo acima, celebra a derrocada definitiva do bolsonarismo, uma das páginas mais hediondas da história brasileira.
Faço, contudo, uma ressalva: o jogo só terá realmente terminado quando Jair Bolsonaro estiver cumprindo a única sentença possível para quem, ao sabotar a vacinação contra a covid, causou a morte de centenas de milhares de brasileiros.
A tentativa de autogolpe de 08/01/2025 é motivo suficiente para Bolsonaro ser condenado a uma pena máxima (30 anos), mas a contribuição que ele deu para aumentar enormemente o total de óbitos foi um crime muito pior, que, infelizmente, pelas leis brasileira só poderá ser punido com outra sentença de 30 anos.
Justiça mesmo só se faria com sua execução. É um dos raríssimos casos em que eu aprovaria a pena de morte. (Celso Lungaretti)
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