O ataque ao assentamento Olga Benário do MST, que surpreendeu 20 trabalhadores e líderes rurais, assassinando covardemente três deles, deve ser visto como provocação da extrema-direita para insuflar uma beligerância que lhe permita continuar acumulando forças para um golpe de Estado. O objetivo de estabelecer nova ditadura continua em pé.
Salta aos olhos que, controlando o Congresso Nacional e se beneficiando da crescente rejeição ao Governo Lula, a direita convencional é franca favorita para conquistar a presidência da República em 2026.
Mas isto não basta para os extremistas de direita que, como em 1964, querem mesmo é obter um poder ilimitado. Daí eles estarem investindo em atentados, na esperança de suscitar reações contrárias; ou seja, seu objetivo é gerar uma espiral de violência política que lhes sirva como pretexto para mais uma virada de mesa.
Lula corre sério risco de não terminar o mandato caso continue dando respostas frouxas aos sucessivos desafios ultradireitistas. A situação só não está pior porque os atentados a bomba desses terroristas (cujo impacto político seria muito maior) têm flopado.
Mas, enquanto os responsáveis por essa onda terrorista não forem identificados e presos, a tendência é eles produzirem estridência cada vez maior.
E enquanto o principal golpista do 08.01 permanecer em liberdade, continuará servindo como exemplo de que a determinação das autoridades em aplicar todo o rigor da lei contra os aloprados de direita é quase nenhuma. Isto só os estimula a barbarizarem e a matarem em escala cada vez maior. (por Celso Lungaretti)
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