Quantos minutos a posse de Trump terá aproximado o relógio do Juízo Final da meia-noite? |
Há retrocessos civilizatórios de todo tipo a lamentarmos, mas aqueles com os quais devemos, acima de todos, nos preocupar são os que conduzem nossa espécie à extinção.
Precisamos ter muita clareza quanto a isso, pois a ameaça existe e é bem real:
-- se não detivermos a escalada do aquecimento global, derreteremos;
-- as alterações climáticas também poderão nos dizimar pela sede e pela fome, nos afogar em grandes inundações e mandar pelos ares nossas usinas nucleares, como quase aconteceu em Fukushima.
-- se deixarmos voltarem as guerras de conquista travadas entre as nações mais poderosas, explodiremos;
-- se negligenciarmos o combate às epidemias, acabarão surgindo variantes mais letais ainda do que a covid 19;
-- se incubarmos depressões econômicas tão terríveis quanto a de 1929/1939, estaremos fragilizados quando nos defrontarmos com as outras ameaças;
-- se permitirmos que big techs manipulem de forma avassaladora a consciência do cidadão comum, uma nova modalidade de escravos será criada sob nossos narizes;
-- se consentirmos que os movidos pela ganância esgotem os recursos naturais dos quais depende a nossa sobrevivência, morreremos. E por aí vai.
Melancolicamente, isto ocorre quando havia totais condições de o desenvolvimento científico e tecnológico alcançado pela humanidade propiciar uma existência digna e gratificante para cada habitante do planeta.
Mas, ao contrário do que marxistas com otimismo em excesso supunham, não bastava isso ser possível. Era preciso que a humanidade estivesse disposta a priorizar o bem comum em vez dos mesquinhos interesses pessoais.
E tal não sucedeu. Entre o amai-vos uns aos outros dos cristãos e o foda-se o mundo, eu não me chamo Raimundo dos energúmenos, prevaleceu a segunda postura.
No século 20 os cidadãos intelectualmente honestos já puderam perceber de forma inequívoca que a escalada e a sinergia de crises por si sós gravíssimas apontava para o fim da nossa espécie.
Quando já estávamos na bacia das almas, as diretrizes monstruosas do novo governo do Donald Trump tornam praticamente impossível a salvação. No momento em que mais precisávamos nos unir, separamo-nos de forma irremediável.
Anos e anos seriam necessários para voltarmos ao status quo ante, se é que conseguiríamos lográ-lo. E o pior é que não dispomos desses anos e anos.
Evidentemente, o que nos resta fazer é lutarmos até o fim contra a barbárie triunfante. Mas, temo que tal acabará sendo a opção de poucos, pois se existissem muitos seres humanos dispostos a travar o bom combate, não teríamos chegado às portas da entropia.
E há um contingente enorme de bovinos do apocalipse nos empurrando para a frente. Para o definitivo mergulho no nada. (Celso Lungaretti)
Um comentário:
Em tempos de blochchain, IA e redes sociais, ou seja, gestão em redes cheias de nós por onde passa a informação, o pt ainda fica lançando balões de ensaio, na forma de notícias, que são de imediato detonadas.
Acabam como memes.
Tipo a tal escala 5x2, que era so isso.
São uns protossauros!
E a internet é o túmulo analógicos.
Farwell comrades!
Assistam.
Tem no iutubi.
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