sexta-feira, 5 de abril de 2024

USP ADOTA CRITÉRIOS RACISTAS AO CHECAR A NEGRITUDE DE APROVADOS PELAS COTAS

Al Jolson, ator branco que fez o papel de
negro no filme O Cantor de Jazz (1927)
As cotas raciais no ensino público estão gerando consequências tão desagradáveis quanto constrangedoras, como a constituição de uma banca na USP para determinar quem é realmente negro (e, portanto merecedor do favorecimento) e quem é oportunista tentando se passar por negro. 

Um candidato aprovado em 10º lugar em Medicina pelo Provão Paulista foi à Justiça e reverteu a decisão que impugnava sua negritude por ele possuir "pele clara, boca e lábios finos e cabelos raspados". 

Provocou arrepios. Da última vez em que se procurou definir a raça das pessoas por critérios desse tipo, os reprovados não perdiam vagas no ensino superior, perdiam a vida em campos de extermínio. 

Lamentável a USP dar tal contribuição para a retrocesso civilizatório em curso; esperava-se que reagisse ao emburrecimento e embrutecimento dos brasileiros, mas está se prostrando a ele. 

Agora, só falta colocar na entrada da Cidade Universitária o letreiro Arbeit macht frei, aquele que conhecemos sobretudo pelas imagens do campo de Auschwitz, mas estava também presente em muitos congêneres... (CL)
As voltas que o mundo dá: o cabelo pixaim já foi visto como desvantagem,
mas hoje tê-lo facilita o acesso a faculdades cujas vagas são disputadíssimas

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