Dona Marta e seu marido nº 1 |
Fico contente por finalmente estar sendo feita a autocrítica que tanto cobramos em vão dos petistas. Eu sempre sustentei que a camuflagem do estado desastroso das contas públicas para fins eleitoreiros, pois é nisto que consistiam as tais pedaladas fiscais, era mesmo motivo constitucional para impeachment. Tratava-se, em suma, de uma modalidade de estelionato eleitoral.
O que tinha de ser questionado era tal dispositivo nunca antes haver sido aplicado contra presidentes de centro e direita, que também escondiam amiúde o lixo embaixo do tapete.
Afora o fato de estelionato eleitoral muito mais grave haver sido cometido pela própria Dilma na mesmíssima eleição, ao prometer solenemente a quem nela votasse que seria esta a maneira de evitar as execradas reformas neoliberais exigidas pelos grandes empresários.
No entanto, um dos seus primeiros atos no novo mandato foi empossar como ministro da Fazenda um neoliberal de segunda categoria, Joaquim Levy, incumbido exatamente de impor as reformas das quais os eleitores da Dilma haviam tentado escapar.
Dona Marta e seu marido nº 2 |
Tanto a saída pela tangente de 2016 era tão somente uma forma de o PT evitar a autocrítica obrigatória, após ter cometido tantos e tão crassos erros, que agora as conveniências eleitoreiras falaram mais alto e Marta Suplicy acaba de ser considerada angelicalmente pura e com pleno direito de integrar a chapa municipal como vice do candidato a prefeito Guilherme Boulos.
Mesmo porque faz uma eternidade que o PT deixou de condenar os pecados lesa-eleitorado, então o que está ocorrendo é só um passinho adiante... rumo à insignificância na qual já despencaram o PTB, o MDB, o PDT, o PMDB e o PSDB (todos eles com passado trabalhista e/ou esquerdista que foram abandonando cada vez mais, até nada restar).
Além de o pecado lesa-eleitorado no qual a Marta incidiu no ano 2000 ter sido muito mais grave do que o pecado lesa-partido de 2016. Só que os petistas, como todos estamos carecas de saber, deixaram de pensar assim há décadas.
Recapitulemos: então conhecida apenas como sexóloga matinal da TV Globo, ela só conseguiu eleger-se prefeita graças ao prestígio do Eduardo Suplicy, com quem era casada desde 1964.
Contudo, mal as urnas se fecharam, os votantes na esposa do Suplicy ficaram sabendo que tinham, isto sim, elegido a mulher do Luís Favre, e que há meses a separação e nova união já se haviam consumado na surdina.
O que não impede a Marta de, mesmo estando no terceiro marido (o empresário Márcio Toledo), continuar usando o sobrenome do primeiro. (por Celso Lungaretti)
3 comentários:
Como diz o Ivan Valente, tudo pode contra o bolsonarismo. Resta saber o quanto o cinismo e a vaidade irão permitir tal "aliança".
Tranquilito. Marta tem resposta para tudo!
Em 13 de junho de 2007, a então Ministra do Turismo, que também é sexóloga, foi questionada pela imprensa sobre os problemas nos aeroportos nacionais.
Ela, por sua vez, afirmou na época que a solução para diminuir os atrasos nos aeroportos seria o investimento em novas aeronaves. “Relaxa e goza porque você vai esquecer dos transtornos”, completou a ministra.
Tá sussa.
Frase tão infeliz quanto essa da Marta, só aquela do Maluf: "Tá com vontade sexual? Estupra, mas não mata!".
Postar um comentário