Mas, como esses repulsivos roedores não se suicidam, podemos ter a certeza de que o futebol brasileiro permanecerá incluído em todas as competições da Fifa.
Ao repor na presidência da CBF o ratão dela afastado pela justiça comum, o ministro Gilmar Mendes, do STF, abriu caminho para a solução do problema.
Os interventores da Fifa que virão botar ordem na casa depois de amanhã (2ª feira, 8) já não vão ter justificativa nenhuma para aplicarem uma punição rigorosa às nossas seleções.
A entidade máxima do futebol mundial não admite que os Judiciários locais intervenham nas decisões esportivas? Mas, a intromissão da Justiça do RJ não existe mais, evaporou como a sentença suíça contra o técnico Cuca.
Depois desta semana não sobrou nada nem para jogar no lixo, o que, aliás, era mesmo o que tinha de ser feito:
— o futebol viraria um hospício se os togados de cada estado (e por que não os de cada município?) se pusessem a impor suas decisões à confederação nacional;
— a justiça voltaria ao tempo do direito divino dos reis se réus pudessem ser condenados sem a presença de um defensor (em último caso, os helvéticos deveriam ao menos ter indicado um advogado de ofício para o Cuca, mas deixaram uma porta aberta para a impugnação da sentença, talvez porque não pretendessem mesmo tê-lo preso, tanto que poderiam pedir sua extradição quando ele jogava em 1990 no Valladolid, contudo não mexeram uma palha).
Ninguém precisa ser um adivinho para deduzir que a Fifa se dará por satisfeita com o fato de que o rato deposto já foi reposto e a certeza de que as facções litigantes agora resolverão o problema de outra maneira, dentro da esfera esportiva, provavelmente com a convocação de uma assembleia geral da CBF.
Quanto ao técnico, também já existe uma certeza: Fernando Diniz está fora. Mostrou-se juvenil ao insistir no seu sistema inflexível tanto nas eliminatórias para o Mundial de seleções quanto na única vez em que o Fluminense teve a chance de conquistar o Mundial de clubes. Tchau e bença.
Já o Dorival Jr., uma vez confirmado como técnico pelo presidente interino (está na cara que logo será deposto de novo, só que da próxima vez isto vai ser feito da maneira que a Fifa aceita), quem quer que o substitua como o novo rato de esgoto mor, não ousará tumultuar ainda mais o ambiente descartando-o.
Se o Dorival Jr. quer mesmo acrescentar ao seu currículo uma passagem pelo comando do selecionado brasileiro, é agora ou nunca. Aos 61 anos, não terá outra chance.
E, como vai negociar em posição de força, pode exigir uma sólida garantia de que permanecerá no cargo até o fim do Mundial de 2026, bem como plenos poderes para manter os roedores afastados do vestiário, dando a última palavra sobre todas as decisões futebolísticas relativas ao escrete.
Um bônus para os torcedores brasileiros seria a certeza de ver a seleção finalmente livre do parasita Neymar, que, com uma pirraça pueril, fez com que Dorival Jr. fosse demitido do Santos em 2010, quando desenvolvia ótimo trabalho.
Portanto, ele sabe muito bem quão nefasta é a influência do eterno menino mimado sobre qualquer elenco de adultos. (por Celso Lungaretti)
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