Mais uma vez um candidato histriônico seduz um eleitorado desesperançado prometendo-lhe disparates – já tentados e já fracassados outras ocasiões e noutros países. A política econômica do Milei será chutar o pau da barraca.
Mas, antes de eleitos, os profissionais da política prometem fazer o sertão virar mar e o mar virar sertão. Só depois de empossados é que ficamos realmente sabendo ao que vêm.
Então, vou me limitar ao fundamental: nenhuma de suas estridentes propostas econômicas vai tirar a Argentina do buraco, muito pelo contrário. A tendência é que os hermanos afundem ainda mais.
O que virá depois que essas pajelanças fracassarem? Recuará para fazer um governo de direita possível nestes tristes trópicos (uma agonia lenta) ou vai radicalizar (um suicídio retumbante)? Só o tempo dirá.
Por último, uma hipótese que não pode ser desprezada é a de que o Lula saia no lucro.
Isto porque, se desagradar aos EUA de Biden a possível afirmação de um novo Chávez cantando de galo no seu quintal, é bem capaz de o Tio Sam oxigenar um pouco a economia brasileira, repetindo a receita que deu certo em 1968-1973. Ou seja, inchar o Lula para desinflar o Milei.
Tenho certeza de que, caso os EUA se proponham a fabricar um novo milagre brasileiro, o nosso macunaímico presidente agarrará a dádiva com unhas e dentes. (por Celso Lungaretti).
2 comentários:
"Macunaímico"!
Maravilhoso adjetivo.
Nem sei por que me ocorreu essa comparação entre o nosso digníssimo presidente e o herói sem nenhum caráter...
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