Nem parecia o Lula falando. Ao comentar a oitava Bola de Ouro conquistada pelo Messi, não só colocou o argentino nas alturas como soltou um canil inteiro contra o brasileiro que fracassou miseravelmente nos dois últimos Mundiais da Fifa, não joga nada faz muito tempo e, mesmo assim, foi lembrado nas duas convocações recentes do Fernando Diniz:
"Um cara com 36 anos de idade, campeão do mundo, ganhou a Bola de Ouro este ano jogando nos Estados Unidos. O Messi devia ser inspiração para essa molecada que aparece na televisão, que a gente acha que vai ser craque e daqui a pouco desaparece.Talvez a vaidade, talvez não tenha estrutura psicológica para crescer. Aparece a meninada pintada de ouro, daqui a pouco desaparece. Aparece um menino de 17 anos, daqui a pouco está vendido. A gente não consegue mais criar. Há quantos anos o Brasil não tem um ídolo de verdade?"
"Quem quiser ganhar a Bola de Ouro tem que ser profissional, tem que se dedicar. Não combina com farra, com noitada. Ser profissional significa se dedicar, ser ídolo, ser exemplo. Se você não é exemplo, não serve para muita coisa".
Eu aplaudiria em pé, não por me incluir entre os que perdem tempo com o leite derramado, mas sim pela insistência dos técnicos da seleção brasileira em convocar um jogador que atualmente só serve para partidas de exibição nas Arábias.
Se quisermos dar a volta por cima após nossas participações pífias nas últimas cinco Copas do Mundo, precisamos, em primeiríssimo lugar, não passar mais pano para o menino mimadinho que cresceu e virou um adulto mal resolvido, tanto como atleta quanto como ser humano.
Incomoda-me, contudo, que tais declarações do Lula soem um tanto desafinadas. Estão até corretas, mas não iludem a quem acompanha sua trajetória desde as greves do ABC.
Ele jamais se manifestaria com tamanha contundência caso Neymar não houvesse apoiado o bufão genocida na última eleição e dele recebido contrapartidas como o tratamento diferenciado não só quanto a suas pendências com o Fisco, como até na escolha para receber a Ordem de Rio Branco.
Tal honraria foi concedida aos atletas que ganharam ouro olímpico em Tóquio 2020... dos quais Neymar não participou, ao contrário de todos os outros atletas agraciados. (por Celso Lungaretti)
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