Concordo em gênero, número e grau com o post do David Emanuel Coelho sobre o despropósito de o Lula pretender estimular o crescimento da indústria automobilística, como se nossos grandes congestionamentos já não gerassem poluição suficiente e contribuíssem de forma preocupante para o aquecimento global.
Aliás, há muito eu venho colocando a mudança da matriz energética (que é, tanto quanto a priorização do transporte coletivo e consequente redução do individual, outro imperativo no século 21) como um grande diferencial entre a esquerda antenada com a realidade atual e aquela que permanece ancorada à embolorada retórica nacional-desenvolvimentista de meados dos anos 50
Lula é mais um idoso que olha para o futuro com a nuca, meu caro David: relembrando o seu início de carreira como dirigente sindical, quer recriar a época em que havia montadoras e indústrias de autopeças aos montes no ABC.
Outro nostálgico empoderado, o ridículo Itamar Franco, sonhava com a volta do fusca, daí a Volkswagen, quando ele era presidente, até ter feito um relançamento em pequena escala daquela relíquia sobre rodas, só para o deixar alegrezinho.
Afinal, como também se dizia outrora, aos loucos e aos velhos não se deve contrariar...
Consolemo-nos: enquanto o retrocesso das fantasias saudosistas desses dois é de décadas, pior ainda era o Bozo, que tentou nos fazer recuar séculos, de volta ao pré-iluminismo.
Um bordão radiofônico de quando eu era menino dizia "Brasil, um país a caminho do seu grande destino". Hoje o certo seria "Brasil, um país a caminho do seu medíocre passado"... (por Celso Lungaretti)
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