domingo, 8 de janeiro de 2023

INVASÃO A BRASÍLIA: O BOLSONARISMO SEGUE VIVO

Apenas uma semana após a posse de Lula para seu terceiro mandato, a invasão bolsonarista aos prédios da Praça dos Três Poderes é prova da resiliência da extrema direita. 

Por óbvio, o principal fato não é a ação em si dos militantes, mas a facilidade do seu acesso ao coração do poder político nacional. Tendo conhecimento de dias a respeito da mobilização e dos planos deles, as autoridades do Distrito Federal nada fizeram, havendo na praça um ridículo policiamento. 

Causa estranheza a qualquer um que já tenha participado de manifestações populares a baixíssima quantidade de agentes de segurança, bem como a benevolência de suas ações contra os manifestantes. Logo a PM brasileira, conhecida mundialmente por sua truculência e mesmo selvageria.
Torres viajou para a Flórida, mesmo lugar
onde está o fujão Bozo. Coincidência?
A ida do secretário de segurança do DF, Anderson Torres, para a Flórida - mesmo lugar onde está Bolsonaro agora - é mais um forte sinal de algo fora do comum. 

Na realidade, o nó górdio de tudo não está nas ruas com os gatos pingados bolsonaristas e nem de longe os atos de hoje podem representar algo como um golpe ou um perigo real à República burguesa.

Contudo, a presença de elementos da extrema-direita nas forças de segurança, nas forças armadas e nas instituições em geral é de fato o grande perigo. 

Para além disso, fica clara que a tão propalada trégua antecipada era apenas uma miragem. Factualmente inócuo, o ato de hoje possui simbolismo político forte e aponta que dias de imensa turbulência seguirão em frente, com o governo Lula acossado continuamente. 

Até hoje o lulopetismo não compreendeu os tempos atuais e não desencanou da miragem de confundir 2023 com 2003. Quando acordar já poderá ser tarde demais, para todos nós. (por David Emanuel Coelho)

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