quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

CURIOSIDADE: UM BOM DRAMA SOBRE ESGRIMISTAS DOS DIAS ATUAIS

O último duelo
(d. Jeremy Kagan, 1991) é um filme do tempo em que havia  qualidade artística e vida inteligente no cinema de entretenimento. 

Hoje, dificilmente encontraríamos algo assim nas salas de espetáculo, que cada vez mais fornecem emoções baratas para públicos infantilizados, com profusão de efeitos especiais, vazio de ideias e indigência nos roteiros (os que prestam são geralmente os de refilmagens de fitas de várias décadas atrás).

Max (F. Murray Abrahams), um homem atormentado por pesadelos do passado, procura a escola de esgrima do recordista olímpico Villard (Eric Robets), que se aposentou invicto quando já não tinha mais adversários à altura, passando então a lecionar para jovens riquinhos.   

Apesar de pleitear uma vaga de professor, Max está destreinado e não convence Villard, que, contudo, lhe oferece o cargo de faxineiro. Ele aceita. 

E, aos poucos, treinando nas horas de folga, ele vai voltando a ser o grande esgrimista que fora e afinal recebe a oportunidade de lecionar, como pretendia.

Os dramas dos jovens alunos são outros pontos de interesse, principalmente no que se refere à influência exercida sobre eles por Villard, que tenta moldá-los como vencedores impiedosos, pois acredita que o pai morreu num duelo por tê-lo encarado como exibição enquanto o adversário o levara a sério. 

Sem se dar conta, Villard pretende que seus pupilos sejam como o assassino do seu pai, pois endeusa-o mas, inconscientemente,  o culpa por ter-se deixado matar, tornando-o um jovem órfão (daí adveio sua obstinação perfeccionista, tendo-se preparado para passar por cima de todos os esgrimistas rivais, até não haver mais a quem derrotar).  

As coisas vão se encaminhando para a revelação do segredo de Max e do que ele realmente estava buscando naquela escola. O desfecho, como era de esperar-se, acontece num duelo mortal à moda antiga, muito bem encenado e convincente, no qual os dois personagens exorcizam os fantasmas de um remoto evento traumático que ainda não haviam absorvido e superado por completo. Recomendo. (por Celso Lungaretti) 

3 comentários:

Anônimo disse...

Oi Celso, tudo bem por aí? Agradeço a menção ao filme de terror "Expresso do Horror". Um Clássico da TVS. Só não consegui achar "A casa dos sete mortos", ou "Drácula no mundo de minissaia", outros filmes obrigatórios, da emissora.
Lembro bem desse filme, sobre Maximilian Zuba, ex aluno de esgrima. A medida em que vai superando seu professor, desperta a inveja no mesmo, que resolve humilhá-lo durante uma das aulas, vindo a ser derrotado, e tragicamente morto. Anos mais tarde, Zuba se vê frente a frente com o filho de seu ex professor, filme excelente, com participação da atriz Mia Sara, musa dos anos 80. Ótima lembrança, a sua!! Mudando de assunto, veja só estes 2 links. O mundo gira, mas dessa vez, foi rápido demais, pelo que parece.

A HUMILHAÇÃO DE MARCELO FREIXO, A VOLTA AO PT E AS CRÍTICAS AO PSB E MOLON
https://www.youtube.com/watch?v=LTJUMJAaXeo

UOL News em 8 Minutos: Alckmin assume cargo como ministro, destino da Petrobras no governo Lula e +
https://www.youtube.com/watch?v=JJplQBYyKQ4

Bom fim de semana.

Cezar disse...

cARA ADORO ESSE bLOG....qUE BAITA FILME

celsolungaretti disse...

Hebert,

a apresentação desses dois vou ficar devendo. Não estão disponíveis disponibilizados no Youtube, então não tenho como exubi-los numa janelinha.

Mas, se vc quer apenas revê-los, eis dois links que parecem estar funcionando:
=== https://archive.org/download/1972-setembro-14/1972%20Setembro%2014.mp4

=== https://www.4shared.com/video/WjjhdD21/A_Casa_dos_7_Mortos-2.html?

Quanto ao Freixo, nosso digníssimo ministro do Turismo, poderia ser pior. O Lula poderia ter criado uma Pasta especialmente para ele: o Ministério dos Cabides de Emprego Aleatórios.

E o Lula deveria ter dado o Ministério da Habitação para o Alckmin. Assim ele teria como fornecer casas àqueles coitados do Pinheirinho, que ele mandou a polícia expulsar a pontapés.


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