sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

LULA 3: COMEÇO DESANIMADOR

Lula e a ministra da milícia. Luiz Inácio nunca falha?
Seis dias. Este é o tempo de vida do terceiro governo Lula e já estão fortes os sinais de um prenunciado desarranjo. 

Por complacência ou politicagem, cometeram o mastodôntico equívoco de alocar no primeiro escalão uma ministra supostamente ligada a milicianos do Rio de Janeiro. 

Para quem não perdia a oportunidade de apontar as tenebrosas ligações do clã Bolsonaro com o submundo criminoso, foi um péssimo início ter em seu núcleo duro alguém com suspeitas semelhantes. 

Acabou servindo de prato cheio para a imprensa explorar logo na largada, mesmo num contexto de franca simpatia – para não dizer desavergonhado apoio – da mídia empresarial. 

Carlos Lupi, ministro da Previdência, foi desautorizado em público por seu colega Rui Costa, a respeito de um possível estudo para reverter as medidas mais deletérias da reforma previdenciária encampada por Bolsonaro. 

Já seria grave o bastante passar pito público num ministro logo na primeira semana de trabalho, mas a gravidade aumenta quando recordamos que a revisão da dita reforma foi aventada pelo próprio Lula durante a campanha eleitoral. 
"fortes sinais de um prenunciado desarranjo"
Estelionato com uma semana de governo? Estaremos diante de um recorde?

Para completar, Haddad, o eterno poste, foi atropelado em sua própria Pasta ao ter de aceitar a prorrogação da medida eleitoreira do presidente fujão, de alívio nas taxas dos combustíveis.  

O buraco no erário perdurará por mais noventa dias e não há clareza sobre se a obscena política de preços da Petrobrás será de fato revista. 

O possível novo presidente da estatal precisa, inclusive, explicar seu vínculo com empresas do setor de combustíveis, das quais seria sócio. Assumir cargo numa empresa pública possuindo interesses privados no mesmo setor caracteriza, obviamente, um conflito de interesses. 

Em resumo, o quadro não é animador e o governo Lula 3 muito se parece com seus dois primeiros. Não poderia ser diferente, pois quando não há aprendizado com os erros, tendemos sempre a repeti-los. 

No caso de Lula e sua turma, é muito pior, pois sequer reconhecem a existência de qualquer erro. Igual ao papa, Luiz Inácio nunca falha. Contudo, os negócios profanos são muito diferentes dos celestiais. (por David Emanuel Coelho
Não temos imagens da primeira reunião ministerial
do Governo Lula, mas estas são quase iguais...

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