Se existe um componente que não deixa dúvidas quanto à falsidade do episódio que permitiu ao Bozo fugir dos debates eleitorais na campanha presidencial de 2018 e se passar por coitadinho ou messias aos olhos dos seus crédulos eleitores, foi (e é até hoje) a ausência de uma investigação independente.
Isto eu afirmo desde a última quinzena de 2019, quando viralizou no Youtube vídeo do documentário A facada no mito, assistido por mais de 1 milhão de pessoas.
Orgulho-me de haver sido o primeiro articulista a nele identificar a verdade sobre o episódio ocorrido em 6 de setembro de 2018, fundamental para a eleição do pior, mais desqualificado, mais catastrófico e mais genocida presidente da República brasileira em todos os tempos.
No último dia de 2019 (leia o post completo aqui) eu já sustentava que:
1. "O documentário A Facada no Mito consegue provar, irrefutavelmente, a existência de uma ação coordenada, portanto grupal e não individual, no atentado contra Jair Bolsonaro";
2. "A longa, minuciosa e competente análise de vídeos e fotos não deixa dúvida nenhuma quanto ao fato de que candidato, agressor, seguranças e pessoal de apoio tinham um único e indisfarçável objetivo: propiciar o atentado";
3. "O gênio saiu da garrafa e as autoridades estão nos devendo um esclarecimento cabal do atentado ou atentado, caso contrário a conclusão que se imporá é a de que teremos sido ludibriados pela pior das fake news de uma campanha em clima de guerra, na qual houve mentira como terra".
O documentário A facada no mito sumiu do Youtube, mas... |
Recomendo aos leitores ainda não convencidos de que nunca tantos brasileiros foram enganados tanto durante tanto tempo, que o assistam clicando aqui.
Não vou abrir uma janelinha para o vídeo porque ele será inevitavelmente removido por violar os termos de serviço do Youtube, como já o foram todas as inserções de A Facada no Mito em posts antigos deste blog. E o próprio vídeo não está mais disponível lá, porque a conta do Youtube associada a ele foi encerrada.
Por enquanto, Bolsonaro e Adélio – uma fakeada no coração do Brasil ainda pode ser assistido no Youtube. Sabe-se lá até quando.
Mas, com certeza, ambos os vídeos voltarão à baila quando estiverem sendo julgados os autores do maior crime eleitoral da história deste país.
Tomara que isso não tarde a acontecer. (por Celso Lungaretti)
3 comentários:
Olá Celso
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https://www.jb.com.br/pais/opiniao/artigos/2022/09/1039475-captura-do-embaixador-americano-por-guerrilheiros-que-combatiam-ditadura-militar-completa-53-anos-neste-domingo.html
Abraço
O que eu posso dizer, Fausto?
Foi uma ação conjunta da ALN com a Dissidência Comunista da Guanabara e eu estava nesse período em Teresópolis, no congresso da VAR-Palmares em que sete de nós, com o comandante Lamarca à frente, decidimos nos separar dessa organização para recriarmos a VPR.
Tentávamos obter informações do que se passava no sequestro por meio do noticiário radiofônico e dos jornais que o pessoal do apoio trazia para nós.
E nossos quadros dirigentes discordavam do critério da escolha dos 15 militantes libertados. Foram escolhidos para representar cada segmento importante que esperávamos agregar à nossa luta (operário, camponês, estudante, religioso, etc.) , enquanto a nossa opinião era a de que deveríamos resgatar aqueles que tinham capacidade para dar uma contribuição maior à luta armada.
Ou seja, eles viram na ação uma oportunidade propagandística. Nós pensávamos mais na estruturação da guerrilha urbana e rural: precisávamos recuperar bons comandantes, homens de ação já testados na luta.
Lembro-me que a VPR se queixou à ALN da não libertação de um importante dirigente preso. Mas, como ele "caíra" antes do meu ingresso, seu nome naquele momento ainda nada significava para mim, então esqueci. Só depois de sair das prisões militares é que fui conhecer melhor a história da VPR e seus principais quadros; na ativa, evitávamos conversar sobre aquilo que a repressão não deveria ficar sabendo.
Por último, como comandante de Inteligência que fui, posso dizer que a definição do número de companheiros a serem exigidos foi uma péssima decisão. Por causa da pressão dos EUA, a ditadura nos teria entregado muito mais do que 15. No mínimo, 50. Isto também se falava nos intervalos do congresso de Teresópolis.
No início de 1970, quando nosso comandante nacional "Mário Japa" caiu por um golpe de azar, mas sem que a repressão soubesse do seu posto na organização. Tivemos de fazer um sequestro às pressas para evitar que, torturado, ele abrisse uma informação importantíssima: a localização da área guerrilheira na qual estávamos iniciando nossos trabalhos.
A moeda de troca foi o CÔNSUL japonês em São Paulo. Aos olhos dos militares, valia muito menos do que o EMBAIXADOR estadunidense. O Comando Nacional me pediu uma avaliação de quantos companheiros pediríamos em troca (se pedíssemos só um, o inimigo logo adivinharia que ele era muito mais do que parecia). Mas, não deveria ser um número demasiado, pois haveria o risco de negarem e queríamos tirar o Shizuo Ozawa da Oban o quanto antes.
Sugeri cinco e foi quantos a VPR pediu. A ditadura os entregou.
Depois, o embaixador alemão seria trocado por 40 presos políticos.
E o suíço, por 70, só que a ditadura se recusou a libertar 13 deles e a lista teve de ser refeita até se chegar a 70 "aceitáveis"
Caro Celso
Obrigado pelo esclarecimento
Abraço
Fausto
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