Cheguei a rascunhar na mente um post para reforçar meu alerta de que existindo, como existe, a possibilidade de os bolsonaristas tentarem converter sua micareta golpista do Dia da Pátria numa tentativa de consumação imediata do sonho que acalentam desde o primeiro instante da tragédia brasileira (quer dizer, do mandato do Bozo), é fundamental mobilizarmos as forças antifascistas para manifestações por todo o País em algum dos dias seguintes – possivelmente o domingo, 11 de setembro, mas poderia ser também na 6ª feira ou no sábado.
Subestimei a companheirada, pois aos organizadores dos atos antifascistas isto também ocorreu. Ainda bem. Ao contrário daqueles que gostam de sentir-se necessários mesmo com o avanço inexorável da sua idade, eu quero mais é ter a certeza de que a luta à qual dedico meus melhores esforços desde a virada de 1967 para 1968 prosseguirá quando eu não estiver mais aqui.
Sim, como todo revolucionário eu tive a esperança de estar presente quando ocorresse a transformação em profundidade que a sociedade brasileira desesperadamente requer; e, talvez, de exercer um papel, por pequeno que fosse, no momento culminante em que o bom combate se coroasse de êxito.
Mas, fundamental mesmo é que a priorização do lucro, da competição insana e da ganância compulsiva seja substituída pela do bem comum, da solidariedade entre as gentes e da satisfação plena das necessidades humanas. E isto eu tenho a convicção plena de que ocorrerá ainda neste século.
Enfim, eis as próximas etapas da luta nas ruas pela desbozificação do Brasil, segundo o vibrante jornal Brasil de Fato:
"Movimentos sociais que integram a campanha Fora, Bolsonaro decidiram voltar às ruas em reação às ameaças à democracia do presidente da República e seus apoiadores.Com o mote Voltar às ruas em defesa da democracia e de eleições livres e contra a violência política, a campanha marcou duas datas de mobilizações em todo o país e no exterior: 6 de agosto e 10 de setembro.A decisão ocorreu após reunião (da qual) participaram representantes dos movimentos populares e sindicais, entidades e coletivos que compõem as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.Para os organizadores da campanha, Bolsonaro subiu o tom de suas ameaças golpistas. (...) Enfraquecido, busca construir condições para questionar o resultado das urnas, alertam".
Temos mesmo de ficar bem alertas e prontos para reagir aos rompantes dos que tentarão virar a mesa custe o que custar:
— na Semana da Pátria, quando a celebração dos 200 anos da nossa independência será sequestrada pelos que a destroem e até batem continência para bandeiras estrangeiras;
— depois, no(s) dia(s) de votação, quando esses maus perdedores tudo farão intimidar os eleitores e provocar arruaças que lhes deem justificativa para melarem o pleito;
— depois, quando o TSE proclamar a merecidíssima derrota dessa horda de bárbaros; e,
— finalmente, no intervalo entre o anúncio do resultado das urnas e a transferência da faixa presidencial para alguém em pleno gozo de suas faculdades mentais, depois de quatro anos de demência e turbulências.
A palavra de ordem, até o término da desbozificação do Brasil, é tudo fazermos para minimizar as desgraceiras inúteis, agora que a onda ultradireitista morreu na praia e o mundo todo se encaminha para o resgate dos fundamentos da vida civilizada.
Antes tarde do que nunca, nos juntaremos aos países em que se celebra alegremente a vida e foram devolvidos à sua anterior insignificância os boçais ignaros que vociferam Viva a morte! (por Celso Lungaretti)
3 comentários:
Isto me recorda o "ser da função", normatizado, morto e identitário ao qual convocam a emprestar meu ser... esse tal se Sartre era o cão!
FALTAM 66 DIAS PARA EXORCIZARMOS O 666.
Quero copiar.
Companheiro das 13h08,
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