2. Somos contrários aos partidos políticos por princípio e, mais ainda, quando há um partido único, detentor do pretenso saber popular traduzido como vontade de uma cúpula dirigente;
3. Somos contrários à estrutura de poder verticalizado, própria dos modelos políticos liberais ou keynesianos, todos capitalistas na essência, pouco importando se fechados ou abertos, estatizantes ou privatizantes;
4. Como marxistas da crítica da economia política que somos, não queremos a existência e continuidade das categorias capitalistas, principalmente porque somos contra a existência do escravista trabalho abstrato produtor de valor econômico e monetário, fonte primária da exploração capitalista (o PT e o Partido Comunista Chinês desejam a permanência do trabalhador produtor de valor, explorado, fonte de seus discursos políticos falsamente protetores, mas sem querer jamais superá-lo);
5. Não queremos uma sociedade que produza alguns poucos milhões de bilionários e mais de 1 bilhão de escravos do trabalho abstrato, como ocorre na China;
6. Não queremos mercado, mercadoria (crítica fundamental de Marx), Estado forte (como quer Lula) ou fraco (como quer Paulo Guedes); direito burguês; forma-valor; os partidos políticos e a política, bem como não queremos bolsas de valores, criptomoedas, empreiteiras, corrupção, etc.;
7. Não queremos emissão de gás carbônico na atmosfera como lança a China, segunda maior poluidora do Planeta (e nem quem desmata a Amazônia, como Boçalnaro, o ignaro);
9. Não queremos a dissociação de gênero, nem queremos que as mulheres se tornem seres capitalistas igualdadas às condições dos homens, ou seja, que todos sejamos trabalhadores escravos do capital;
10. Não queremos eleições burguesas, nem eleições internas e dentro de um partido único, nas quais apenas se escolhe entre aquilo que já foi escolhido previamente (no primeiro caso) ou por um Comitê Central eleitor (no segundo caso), todos condicionando o governante eleito ao juramento e cumprimento constitucional restringente e obediente à ordem capitalista;
11. Discordamos da opressão estatal chinesa a Hong Kong, que contraria a livre determinação dos povos;
12. Sabemos que a China, ao invés do sucesso apregoado por Lula, tem uma dívida pública e privada impagável (já denunciada como tal pelo FMI), e que a cada dia se torna insuportável por força dos juros internacionais que lhe são cobrados, situação levará a China e todo o sistema financeiro internacional à falência tão logo se evidencie a inevitável queda acentuada do seu PIB, já em declínio continuado;
13. Não queremos vender nossas matérias primas (o ferro e outro minerais) e nossos alimentos para a China e comprar manufaturados com valor agregado e advindos de trabalho escravo;
Diferentemente do centralismo chinês, queremos que as comunidades sejam organizadas em estruturas jurídicas compatíveis com o senso superior de justiça e de um fazer e decidir horizontalizado, de forma que tenham o comando decisório sobre as próprias questões e sejam as beneficiárias (quando acertarem) ou as prejudicadas (quando errarem, cuidando, contudo, de se dotarem de capacidade de autocorreção), mas sempre por suas próprias decisões.
Estamos convencidos de que em comunidades como as que almejamos, as virtudes humanas prevalecerão sobre a crueldade fratricida e competitiva causada pelo capitalismo.
Queremos comunidades nas quais os recursos naturais sejam explorados de formas sustentáveis e renováveis, com a vida sendo preservada cotidianamente; e que estejam livres da guerra fratricida decorrente da absurda e irracional luta por hegemonia política e econômica, como hoje ocorre.
E que nelas o ócio produtivo, possibilitado pelo tempo disponível advindo do saber e da divisão equânime do esforço aplicado à produção coletiva dos bens de consumo e serviços, possa estimular a criatividade artística e esportiva, sem a mercadoria espetáculo.
Ajudei a fundar o partido quando a minha ingenuidade dos 28 anos assim o permitia, mas, ao ser escolhido candidato para a sucessão da prefeita Maria Luíza Fontenele nas eleições de 1988, fomos ambos afastados autoritariamente (ao lado de outros companheiros), com a direção nacional intervindo no diretório municipal para viabilizar um toma-lá-dá-cá já acordado por ela com outra força política.
Boçalnaro e aquele seu alucinado ex-ministro (da desconstrução) das Relações Exteriores que demorou uma eternidade para ser demitido, criticaram a China para agradar a Donald Trump e para agradar também à sua trupe obtusa e conservadora que ainda vê os chineses como comunistas.
Mas, de tão obtusos que são, os bolsomínions ignoravam que a China está mais para o execrável totalitarismo que eles sempre desejaram ter, embora o criticassem oportunisticamente como mantra eleitoral de inspiração olaviana. Vade retro.
Realmente, no que se refere ao presidente atual e ao outro que quer voltar, tenho pensamentos e conceitos de sociabilidades inconciliáveis e incompatíveis com ambos.
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