josias de souza
BOLSONARO ATIRA EM MORO E ACERTA O PRÓPRIO PÉ
[Embora não conste de nenhum organograma oficial, essa é a repartição mais eficiente do atual governo. Possui ramificações em todos os recantos da administração federal.]
"Esse cara não fez absolutamente nada para que Coaf, a Receita, não bisbilhotasse não só a minha vida como de milhares de brasileiros", disse Bolsonaro, referindo-se a Moro numa entrevista à Gazeta do Povo.
"Isso nos atrapalha. Você pode investigar o filho do presidente? Pode. Você pode investigar a mulher do presidente? Pode. Mas investiga legalmente, com uma acusação formal. Eu posso ser investigado, mas não dessa forma como eles fazem."
Bolsonaro já nem se preocupa em maneirar.
É como se Bolsonaro, um transgressor didático, quisesse produzir provas contra si mesmo. Suas palavras soam mais soltas depois de ter:
— desligado o Coaf da tomada;
— aparelhado a Polícia Federal;
— encomendado ao ministro Paulo Guedes (Economia) o afastamento de um secretário da Receita Federal que resistia às incursões de Flávio Bolsonaro no órgão.
Se o Brasil fosse um país sério, Bolsonaro já não seria presidente. Mas o Departamento de Blindagem reimplantou no país a monarquia. Nela, reina a desfaçatez.
Sergio Moro fica obrigado a dizer meia dúzia de palavras sobre as razões que o levaram a servir ao reino durante quase um ano e meio. (por Josias de Souza)
Um comentário:
Caro Celso
A eleição da Time foi comprada, bem naturalmente.
Nem Trump faria tal.
Mas, quanto a 'empichamento', acho que entra no Livro Guinness de graça
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Abraços
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