Depois do desfile de latas velhas fumacentas no Dia do Soldado tivemos os ultimatos fake com bacamarte enferrujado e pólvora seca deste Dia da Independência. Se Bolsonaro queria dar demonstração de força, o resultado desses atos públicos meia-boca foi exatamente o contrário: eles escancararam sua fraqueza.
À frente de um governo que faz água por todos os lados, cada vez que o bufão tenta intimidar os poderes da República, em jogadas desesperadas para manter a si, a seus pimpolhos e a seus cúmplices fora das grades, cai em completo ridículo.
Ele apenas está presidente mas nem se pode dizer que ele não o seja mais, já que, na verdade, nunca foi: desde o primeiro dia do seu catastrófico mandato, ele faz política tosca e alucinada em tempo integral, negligenciando quase todos os deveres do cargo.
Fica cada vez mais evidenciado que, com nosso povo sofrido entrando em desespero por força da penúria atual, a explosão social chegará muito antes da desbozificação que, normalmente, só ocorreria no dia 1º de janeiro de 2023.
Com os crimes de responsabilidade do genocida brotando como cogumelos há 32 meses, estamos agora em busca do tempo perdido: o processo de impeachment presidencial não só já deveria ter sido aberto, como, inclusive, encerrado.
O preço que nosso país pagará pela omissão dos dois últimos presidentes da Câmara Federal (Rodrigo Maia e Arthur Lira) é imenso.
E alguma solução os poderosos estão obrigados a encontrar, pois foram eles que colocaram o palhaço sinistro no Palácio do Planalto, por meio da eleição presidencial brasileira mais manipulada de todos os tempos.
Arme quantos badernaços ele ainda armar, seu governo se tornou politica e economicamente insustentável. Quanto antes ele renunciar ou for afastado, menor será o sofrimento imposto aos brasileiros.
A opção mais sensata para o day after seria o Mourão assumir e estruturar um governo de salvação nacional, desarmando a polarização suicida, caso contrário quem ganhar a briga de foice no escuro receberá como troféu uma terra arrasada.
Depois de restabelecidas condições de vida minimamente civilizadas, as forças políticas podem e devem voltar a defender seus objetivos próprios.
Por enquanto, a prioridade máxima é somarem forças para que brasileiros não continuem sendo abatidos como moscas pelos golpes das moléstias e da miséria.
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HÁ UM BRASIL PARA RECONSTRUIRMOS – Foi emocionante o encontro do Fora Bolsonaro com o Grito dos Excluídos no Vale do Anhangabaú, em Sampa, tendo a multidão ocupado todo o espaço entre a praça do Correio (mais um quarteirão da avenida São João) e o metrô São Bento.
Enquanto os feios, sujos e malvados da extrema-direita babavam de ódio na avenida Paulista, certamente frustrados com o fato de o comparecimento não ter chegado nem a 10% daquele que os organizadores previam, a moçada do Anhangabaú era só entusiasmo e alegria.
Perdi a conta dos partidos, organizações e movimentos de esquerda lá presentes em perfeita harmonia, priorizando os objetivos comuns e deixando as discordâncias para depois.
Deram-me não só a certeza de que a civilização vencerá a barbárie, como também de que a reconstrução do país não será tão difícil assim, mesmo com toda a destruição que vem sendo levada a cabo desde 2019.
Há esperanças. E ontem elas estavam bem visíveis no Anhangabaú! (por Celso Lungaretti)
4 comentários:
Por um problema técnico, não entrou no ar este comentário do SF:
Você falava a tanto tempo que era para impichar e os camaradas querendo dar uma de espertos...
agora falam! Será tarde demais? ***
A sedição continua. No sul caminhoneiros estão fechando estradas. ***
Agora, pense num cara despreparado. Não sabe concatenar dois pensamentos em sequência. Aquilo não foi um discurso. Foi uma sucessão de clichês que se sucediam sucessivamente sem cessar. De fato, o patriotismo é mesmo o último refúgio. ***
Sim, companheiro, o processo de impeachment poderia tranquilamente ter sido iniciado em 2019, motivos já existiam de sobra e bem melhores do que as pedaladas da Dilma.
Agora eu avalio o impeachment como improvável, porque tardou demais e já não atende aos interesses dos que podem viabilizá-lo.
Os expoentes mais civilizados do poder econômico já perceberam que o Bozo é uma aposta perdida, mas não querem estender um tapete vermelho para a volta do Lula.
Então, acabarão se dando conta de que, para dar uma melhorada na situação geral do país até o segundo semestre de 2022, precisam livrar-se do Bozo ainda em 2021. Aí terão tempo suficiente para tirar o Brasil do fundo do poço no qual está atolado.
Como a situação é terrível, uma pequena melhora já será suficiente para mudar os humores do povo e viabilizar uma candidatura moderada (de centro-esquerda, centro-centro ou centro-direita)
Então, meu palpite é o de que eles convençam o Bozo a voltar à mediocridade de onde jamais deveria ter sido, em troca da impunidade para ele e para o resto de sua turminha brava.
Manchete do'Valor Econômico'8/9
Análise: Reação do mercado mostra que Bolsonaro é responsável pela disparada da inflação
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O quão frágil é a nossa democracia? (Valor Econômico 9/9)
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