...E AINDA DIZEM QUE O GENOCÍDIO NÃO É UM PROJETO DE CLASSE!

Em sua coluna na Folha de S. Paulo desta 5ª feira (1º), a jornalista Mônica Bergamo informa que o presidente da Câmara dos deputados, Arthur Lira, está articulando a aprovação de uma nova lei para permitir a compra de imunizantes por parte de empresas privadas, sem que estas precisem doá-los ao SUS. 

Há pouco mais de duas semanas, foi aprovada lei possibilitando a aquisição de vacinas por empresas privadas, com a condição de que que os imunizantes fossem totalmente doados ao SUS enquanto os grupos prioritários se vacinam. Quando a campanha chegasse ao público amplo, as empresas teriam de doar apenas 50%. 

Os advogados da eficiência do setor privado argumentaram que isso aceleraria a aquisição de vacinas pelo Brasil. Até a data de hoje, o número de vacinas adquiridas mediante tal expediente é zero. 

Ora, a elite brasileira pode enganar os desavisados, mas nunca quem está atento a seus lances. O que ela sempre quis, no fundo, foi facilitar a vacinação de si mesma e faturar com a venda do resto.

Por isso, insatisfeita com a imposição de ter de doar suas vacinas, agora pressiona para poder usá-las como bem entender. 

E mais: ainda pretende que os valores desembolsados pelas empresas para furarem a fila da imunização possam ser abatidos do Imposto de Renda!  

Enquanto o povão ficará desprotegido, sem vacina e sem hospital, nossa burguesia vai estar imunizada, leve e solta para sair do país. (por David Emanuel Coelho)