"...Bolsonaro resolveu assumir de vez os intentos golpistas, na mais grotesca de todas as suas patetadas dominicais.
E o fez da maneira mais desajeitada possível, ao envolver as Forças Armadas numa aventura que elas jamais emitiram sinais de que apoiariam:
'Tenho certeza de uma coisa: nós temos o povo ao nosso lado, nos temos as Forças Armadas ao lado do povo, pela lei, pela ordem, pela democracia e pela liberdade. E o mais importante: temos Deus conosco'.
Como espera obter a confiança dos altos comandantes militares, que já o haviam expelido da caserna e tinham carradas de razões para desconfiarem dele como governante, como líder de homens e como indivíduo mentalmente são, se ousa constrangê-los e pressioná-los grosseiramente em público?!
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Houve analistas que de imediato concluíram que os militares estariam concordando com – e apoiando as – ameaças ao Supremo e ao Congresso, daí tudo estaria perdido e o jeito seria vazarmos antes que a Operação Jacarta fosse desfechada, desta vez pra valer.
Eu não precisei refletir muito para chegar a conclusão oposta, a de que o Bozo não tinha o respaldo dos militares para quartelada nenhuma e havia, isto sim, tentado forçá-los a se comprometerem com uma aventura de antemão condenada a retumbante fracasso. Então afirmei, com todas as letras, que a menção presidencial às Forças Armadas não passava de um "blefe canhestro".
Quem estava certo? A nota de hoje (4) do ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, dissipa qualquer dúvida:
Quem estava certo? A nota de hoje (4) do ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, dissipa qualquer dúvida:
"As Forças Armadas cumprem a sua missão Constitucional. Marinha, Exército e Força Aérea são organismos de Estado, que consideram a independência e a harmonia entre os Poderes imprescindíveis para a governabilidade do País.
A liberdade de expressão é requisito fundamental de um país democrático. No entanto, qualquer agressão a profissionais da imprensa é inaceitável.
O Brasil precisa avançar. Enfrentamos uma Pandemia de consequências sanitárias e sociais ainda imprevisíveis, que requer esforço e entendimento de todos.
As Forças Armadas estarão sempre ao lado da lei, da ordem, da democracia e da liberdade. Este é o nosso compromisso".
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Resumo da ópera: chega de levarmos tão a sério as reinações de jairzinho, pois do baixo clero da Câmara ele veio e ao baixo clero da Câmara ele voltará.
Isto se ainda conseguir eleger-se deputado depois de sua remoção da presidência da República, que está cada dia mais próxima! (por Celso Lungaretti)
Um comentário:
Pero no mucho, compañero
Os milicos estão sufocando a nossa frágil democracia que nem o abraço da sucuri.
A cada suspiro da democracia, um novo aperto. Quando nos dermos conta, a democracia já morreu...
Tá evidente que a estratégia é essa, sempre com o bozo de clown fazendo as simulações...
É pior que 64, é tudo dissimulado. Eles não vão entregar a rapadura para a esquerda não.
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