quarta-feira, 20 de maio de 2020

LULA FAZ A AFIRMAÇÃO MAIS DESASTRADA DE SUA VIDA INTEIRA: "AINDA BEM QUE A NATUREZA CRIOU O CORONAVÍRUS".

"Quando eu vejo essas pessoas acharem que tem que vender tudo que é público e que tudo que é público não presta nada... 

Ainda bem que a natureza, contra a vontade da humanidade, criou esse monstro chamado coronavírus, porque esse monstro está permitindo que os cegos enxerguem, que os cegos comecem a enxergar que apenas o Estado é capaz de dar solução a determinadas crises."
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Enxugada a verborragia do Lula, sobra exatamente isto: "Ainda bem que a natureza criou o coronavírus, [para] que os cegos comecem a enxergar que apenas o Estado é capaz de dar solução a determinadas crises"

Calado, o Lula é um poeta. 

A definição mordaz que Romário deu de Pelé cairá melhor, a partir de agora, para o Lula, depois das impropriedades e inconveniências que ele conseguiu condensar em 64 palavras, durante entrevista à Carta Capital desta semana. Pior, impossível! Superou de longe "o brasileiro não sabe votar" do Pelé. Se não, vejamos:
1. É um desrespeito à memória de dezenas de milhares de brasileiros mortos pela Covid-19 (a contagem de cadáveres oficial já se aproxima de 20 mil óbitos, mas a real dificilmente será inferior a 100 mil) e à dor de seus parentes e amigos. Já não bastava o "E daí?" do Bolsonaro?!
2. Mesmo que a peste venha a nos livrar do Bozo, como tudo indica que sucederá, ainda assim não seria o caso de dizermos "ainda bem que ela ocorreu". Deveríamos ter sido capazes de expulsar o bode da sala por nossos próprios méritos, não como consequência de uma tragédia humanitária.
3. Como pode o quadro mais influente de um partido passar tal recibo de impotência, ao reconhecer que sua agremiação seria incapaz de fazer o povo enxergar algo caso um monstro não lhe desse uma forcinha?  Ora, se o atingimento dos objetivos depende de ocorrências tão raras quanto uma pandemia, é melhor dispensar os dirigentes e tentar convencer Deus a tomar-lhes o lugar...
4Quando o PT atravessa seu pior momento desde a fundação, aproximando-se a passos largos da irrelevância, Lula faz uma desnecessária e inoportuna profissão de fé no Estado, colocando-se na contramão tanto do anarquismo quanto das várias correntes marxistas que acreditam na abolição do Estado como uma das premissas da libertação definitiva da humanidade (pois esta teria como estágio final uma sociedade sem patrões, sem classes, sem Estado, sem nações, sem forças armadas e sem burocracias parasitárias com poderes discricionários, na qual os seres humanos colaborassem volutaria e solidariamente para o bem comum).

Num momento em que o Bozo multiplica as demonstrações de desumanidade, agredindo com perturbadora frequência a sensibilidade do povo brasileiro, o que menos precisávamos é de uma incontinência verbal do Lula na mesma direção. Deveria ter seguido o sábio conselho que o rei Juan Carlos deu certa vez ao Chavez: "Por qué no te callas?". (por Celso Lungaretti)

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