quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

PALHAÇOS, TERRAPLANISTAS, MILICIANOS E ZUMBIS CONVOCAM PARA O CARNAVAL TEMPORÃO DO PRÓXIMO DIA 15

josias de souza
NÃO HÁ PARLAMENTARISMO BRANCO, MAS SIM GOVERNO PÁLIDO
Jair Bolsonaro afeiçoou-se à marcha da insensatez. Sempre que lhe apertam os calos, atiça as ruas. 

Fez isso, p. ex;, ao trombetear no ano passado o texto apócrifo que dizia que o Brasil é ingovernável fora dos conchavos

Ou ao difundir o vídeo em que desempenhava o papel de um leão cercado pelas hienas do STF, da imprensa e dos partidos. 

Requenta novamente o truque agora, ao distribuir via WhatsApp este vídeoNa peça, adornada com imagens da facada e cenas hospitalares, súditos de Bolsonaro convocam o asfalto para apoiá-lo em 15 de março, emparedando o Congresso. 

Mas há uma diferença: o capitão agora carrega atrás de si o rastro de 14 meses de gestão. Um eleitor de boa-fé pode acreditar que o Congresso é parte do problema do país. Mas terá dificuldade para culpar o Legislativo que reformou a Previdência pela sedação da economia e pelo desânimo do Posto Ipiranga

Os congressistas também não têm nada a ver com:
— o desinteresse do presidente pela agenda de reformas;
— os erros na correção do Enem;
— o flagelo da fila do INSS;
— o apodrecimento da ala investigada da Esplanada;
— a inépcia do pedaço ideológico do ministério;
— a biografia rachadinha do primogênito Flávio Bolsonaro; e
 a companhia tóxica do cadáver do miliciano Adriano da Nóbrega. 

Na campanha de 2018, havia três grandes problemas sobre a mesa: a ruína fiscal, a estagnação econômica e uma endêmica. 

No alvorecer de 2020, a promessa de Paulo Guedes de zerar o déficit no primeiro ano era de vidro e se quebrou. O crescimento pujante, que os otimistas projetavam em 3%, virou um PIB à Michel Temer, rodando na casa de 1%. A bandeira da Lava Jato desapareceu. 

Para aprumar o governo, convertendo mediocridade em pujança, Bolsonaro precisaria exibir foco, serenidade e diálogo. Ele fornece tuítes, crises e caneladas. 

Desentende-se com a banda técnica de sua equipe, briga com a imprensa e avaliza a tese do general-ministro Augusto Heleno segundo a qual o Orçamento foi abocanhado por chantagistas do Congresso. 

O capitão e seu general de estimação enxergam uma trama do Congresso para implantar um parlamentarismo branco. Bolsonaro e Heleno não se dão conta de que os congressistas apenas ocupam o espaço aberto por um governo pálido. (por Josias de Souza)
Como este blog não difunde propaganda fascista, quem quiser assistir ao
vídeo convocando ingênuos para o ato de intimidação ao Congresso
Nacional deverá recorrer ao link em vermelho no 4º parágrafo. 
E, já que tal fake video faz um dramalhão a respeito da facada que deu
a Jair Bolsonaro um pretexto para fugir dos debates eleitorais, acima
reprisamos um vídeo bem mais sério e necessário, sobre o que
realmente deve ter acontecido naquele episódio decisivo.

2 comentários:

Anônimo disse...

"Páginas infelizes de nossa história"...

Entretanto, essa nossa direita casagrande traz em seu dna uma voracidade financeira e rentista de grau tão elevado, que, salvo uma injeção cavalar de dólares dos istêits, sempre deixará o país terra arrasada com a debacle econômica.

Eles odeiam os pobres e, consequentemente, são contra um mercado interno pujante. É um tiro no próprio pé. Aliás, eles odeiam o Brasil.

Anônimo disse...

Em tempo. Referi-me, obviamente à obra casa-grande e senzala, não ao jogador...

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