terça-feira, 3 de dezembro de 2019

SEXTA BOLA DE OURO DE MESSI PÕE FIM À DISPUTA FAJUTA COM CRISTIANO RONALDO

Nunca existiu verdadeira competição entre Lionel Messi e Cristiano Ronaldo pelo trono do futebol mundial: o argentino sempre foi, disparado, melhor jogador, por sua excelência como goleador, driblador, lançador e organizador do ataque. 

É extremamente hábil, veloz e tem uma rapidez de raciocínio incrível. Não existe comparação possível com um futebolista que só pode ser considerado fora de série no quesito finalização.

Mas, para atender a objetivos meramente comerciais, concedeu-se a Cristiano Ronaldo uma criticadíssima bola de ouro em 2013, quando Messi já tinha quatro e ele, apenas uma. Naquele ano, seu único feito fora marcar os gols decisivos para a seleção portuguesa eliminar a sueca na repescagem (!) da eliminatória para o Mundial do ano seguinte, enquanto Messi deitava e rolava na Liga espanhola, com o Barcelona sendo campeão.

Beneficiando-se de melhores fases do Real Madrid e geralmente sendo mais efeito do que causa, Ronaldo finalmente alcançou Messi em 2017, quando cada um passou a ter 5 bolas de ouro. 

Agora em 2019, com Cristiano já sentindo o peso da idade e Messi ainda exuberante, carregando seu time nas costas (no último domingo, p. ex., tirou coelho da cartola aos 40' do 2º tempo, decidindo uma partida contra o Atletico de Madrid que o Barcelona merecia ter perdido) acaba de ser restabelecida a verdade do gramado: 6x5. Não deverá haver volta.

A verdadeira dúvida é outra: qual o melhor, Messi ou Pelé? Eu, que vi Pelé jogando umas dez vezes da arquibancada e no mínimo uma centena pela TV, considero simplesmente impossível  chegar a uma certeza. 

Só posso dizer que Messi é hoje tão grande quanto Pelé foi no seu auge, mas o futebol passou por mudanças tão acentuadas que um verdadeiro amante do esporte não tem como cravar um deles sem correr sério risco de estar sendo injusto.
Mais sensato é reconhecermos a grandeza de ambos, o que foi o melhor do século passado e o que até agora está sendo o melhor deste século. 

Meu coração pende para o lado de Messi por um motivo: nunca pensei ver de novo jogadas tão belas como as que marcaram o apogeu do futebol brasileiro entre a segunda metade dos anos 50 e a primeira dos '70. 

Messi e a chamada revolução catalã ressuscitaram a arte no futebol, lavando a minha alma. 

Meu sentimento foi o mesmo dos brasileiros que agora assistem deslumbrados às partidas do Flamengo, depois de tantos anos se entediando com esquemas defensivistas e gols de bola parada.(por Celso Lungaretti)

2 comentários:

Anônimo disse...

Juca Kfouri, corintiano roxo, revelou que virou ateu por causa do Santos de Pelé.

Foram 11 anos, dos 7 aos 18, em que o Santos ganhava todos os jogos contra o time do parque S. Jorge.

https://youtu.be/4_3N6gS5rj8

celsolungaretti disse...

Na verdade, o Corinthians ficou 11 anos SEM VENCER o Santos PELO CAMPEONATO PAULISTA. Mas empates ocorreram: quatro.

E, noutras competições, o Corinthians obteve quatro vitórias:
27/03/1958 Corinthians 2 x 1 Santos (Torneio Rio-São Paulo)
21/03/1960 Corinthians 2 x 1 Santos (Torneio Rio-São Paulo)
29/03/1961 Corinthians 2 x 0 Santos (Torneio Rio-São Paulo)
16/06/1962 Corinthians 3 x 1 Santos (Taça São Paulo)

Assim, o período sem vitória do Corinthians contra o Santos pelo Campeonato Paulista começa no dia 21/07/1957, mas o sem vitória em nenhuma competição foi de 16/06/1962 até o dia 06/03/1968, quando se deu a quebra do tabu por 2x0, em partida válida pelo Campeonato Paulista.

CINCO ANOS E OITO MESES, portanto, e não 11 anos.

Hoje é muito fácil levantarmos tais informações com precisão. Mas, muita gente prefere o folclore, é mais saboroso...

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