quarta-feira, 21 de agosto de 2019

COMEÇA AMANHÃ EXPOSIÇÃO SOBRE A DITADURA MILITAR NO SESC BELENZINHO; GRUPO CRÍTICA RADICAL SERÁ DESTAQUE.

Este blog está ideologicamente irmanado com os partidos, organizações, entidades, forças políticas e militantes que lutam pela superação do capitalismo e pela liberdade plena, sem vinculação orgânica com nenhum deles e sempre pronto a apoiar a todos em suas causas e iniciativas justas.

Assim, passa a divulgar as informações recebidas do Grupo Crítica Radical, sobre sua participação na semana de lançamento da exposição  Meta-Arquivo: 1964-1985. Espaço de Escuta e Leitura de Histórias da Ditadura, que começa nesta 5ª feira (22) e vai até o dia 24 de novembro, no Sesc Belenzinho (rua Padre Adelino, 1.000, próximo à estação Belém do metrô, na capital paulista), aberta diariamente a partir das 10 horas, menos nas segundas-feiras. 

Com curadoria e pesquisa de Ana Pato e em parceria com o Memorial da Resistência, a exposição reúne nove obras inéditas, elaboradas por Ana Vaz, Grupo Contrafilé, O Grupo Inteiro, Giselle Beiguelman, Ícaro Lira, Mabe Bethônico, Paulo Nazareth, Rafael Pagatini e Traplev. Além disso, serão complementarmente realizados programas públicos, com uma série de atividades propostas para aprofundamento e reflexão, dialogando com os assuntos abordados pela exposição.

Segundo os organizadores, a iniciativa pretende oferecer "um espaço expandido de aprendizado, cujo objetivo primordial é despertar a reflexão acerca da documentação pública arquivada pelo Estado Brasileiro". 

O foco é a ditadura militar de 1964/85, com a proposta de aprofundarem-se questões tais quais:
— como ler esses arquivos?
— como construir memória a partir deles? 
— como aprender coletivamente sobre a história do país e de seu povo, a partir de sua análise?
— como preservar esses acervos e, como consequência, a memória dos processos civilizatórios que alicerçam a sociedade atual?

O Crítica Radical estará participando das seguintes atividades que terão lugar no Sesc Belenzinho (além da marcada para o 6ª feira, 23/08, no Memorial da Resistência, que fica no largo General Osório, 66, onde será gravado às 10 horas o depoimento de um de seus fundadores, o ex-preso político Jorge Paiva):
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5ª feira, 22/08
— 15h15, conversa com os educadores da exposição;
—18h, encontro do Grupo de Trabalho Meta Arquivo, com a participação de todos os artistas, na Sala de Espetáculos 2; e 
— 20h, abertura da exposição e performance Inquérito de Paulo Nazareth, no Galpão.
sábado, 24/08 
— 15h, Memória e Resistência (encontro com Ícaro Lira e o grupo Crítica Radical), no Galpão, seguido de confraternização com outros artistas.

O companheiro Dalton Rosado, que desde fevereiro/2016 integra a equipe de redação do blog Náufrago da Utopia e já teve mais de 400 artigos de sua autoria publicados, é um veterano companheiro de jornada do grupo Crítica Radical e estará acompanhando toda a programação.
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HÁ 45 ANOS TRAVANDO O BOM COMBATE
O Crítica Radical tem início no final de 1973, quando Rosa Fonseca, após sair da prisão, constitui, juntamente com Jorge Paiva, Maria Luiza Fontenele, Célia Zanetti e outros(as) militantes, o grupo, que contribuiu de forma significativa para a reorganização dos movimentos sociais no Ceará.
Em 1975, o Crítica Radical desempenhou um papel destacado na fundação do Movimento Feminino Pela Anistia que, a partir de 79, com a promulgação da Lei de Anistia, encerra suas atividades, tendo várias de suas integrantes fundado a União das Mulheres Cearenses

Contribuiu também para a fundação da Associação dos Sociólogos do Ceará e da CUT daquele Estado, que chegou a ser presidida por Rosa Fonseca. 

Atuando fortemente no movimento dos professores, metalúrgicos e outras categorias profissionais, o grupo participou também da fundação ou reestruturação de alguns sindicatos cearenses.

O grupo se fundamentava no marxismo tradicional, até que, a partir do início da década de 90, com a descoberta de um duplo Marx, passou a desenvolver um processo de revolução teórica e prática, assumindo então a identidade de Grupo Crítica Radical. 

Desde então vem realizando uma ruptura total com a política e as práticas de partidos e entidades que querem administrar a crise do sistema, arbitrando perdas. Propõe-se, pelo contrário, a contribuir para a construção de um novo movimento social, numa perspectiva emancipatória.

Neste sentido, organiza seminários (ou deles participa), promove estudos, debates, visitas de autores importantes e outros eventos,  tendo recentemente lançado o livro Dinheiro Sem Valor – Linhas Gerais para uma transformação da crítica da economia política, de Robert Kurz. 

Atua sempre com a perspectiva de contribuir para a organização de um novo movimento social, tendo em vista suplantar o moderno sistema patriarcal produtor de mercadorias e construir a sociedade da emancipação humana.

Além disso, do ponto de vista prático, desenvolveu atividades como as campanhas pelo Não Voto, contra a violência, contra a criminalização dos movimentos sociais e pelo direito à memória e à verdade sobre torturas, mortes e desaparecimentos do período da ditadura militar, tendo participado de forma destacada da campanha pela liberdade de Cesare Battisti. 

E está empenhado na implementação de uma experiência prática inovadora para dar início à construção de uma sociedade pós-capitalista (o Sítio Brotando a Emancipação, em Cascavel, CE). 
Tudo sempre inserido em sua proposta básica: a consolidação de um novo movimento social de ruptura com o capitalismo, com vistas à construção de uma sociedade da emancipação humana e ambiental. 
(por Celso Lungaretti)

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