terça-feira, 25 de setembro de 2018

DESMASCARADA MAIS UMA PROPAGANDA ENGANOSA DA 'CAMPANHA PINOQUIARO'

A VERDADEIRA HISTÓRIA DA "BRASILEIRA NEGRA E POBRE"
DE UM VÍDEO DIVULGADO PELA CAMPANHA DE BOLSONARO
A mulher descrita como "negra e de família pobre" num vídeo favorável ao candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) é na verdade canadense e trabalha como executiva na coordenação financeira de uma multinacional.

O vídeo causou polêmica na semana passada. A campanha do candidato diz não ter relação direta com o material e que ele foi produzido por um apoiador.

Filho do presidenciável, o deputado federal Eduardo Bolsonaro publicou o vídeo em seu perfil no Twitter e divulgou a página dos autores para mais de 500 mil seguidores.

A mulher retratada mora em Toronto e gravou o material em 2011, junto a uma série de outros filmes produzidos por um diretor também canadense especializado em criar conteúdo para bancos de imagens.

A ex-atriz tem origem etíope e um perfil bastante diferente daquele descrito na narração usada junto à sua imagem no vídeo.

"Sim, sou mulher negra e vinda de família pobre. Mas não passei procuração para que ninguém fale em meu nome. Há muitos (anos) me libertei do vitimismo que ainda insistem em me colocar nos ombros", diz a narração do vídeo.
Joseph Goebbels hoje provavelmente berraria Heil, Bolsonaro

"Meu voto é Bolsonaro", continua o texto do vídeo [As frases vêm na forma de legendas, com a modelo permanecendo sempre calada, de forma que o comprador do vídeo bota o que quiser na boca dela].

Junto a um link para o vídeo, Eduardo Bolsonaro escreveu no Twitter: "Somente a verdade nos liberta. Quem pede tudo ao Estado, tudo lhe é retirado, inclusive a liberdade".

A publicação foi um dos temas mais comentados no Twitter no último dia 18 – usuários criticaram a divulgação de imagens de uma estrangeira apresentada como brasileira e pobre.

A BBC News Brasil localizou o autor do filme, que diz nunca ter passado por situação semelhante em seus 11 anos de carreira.

"É bastante triste. Eu sou completamente contra qualquer politica de divisão, de ódio. Me sinto mal e sinto que fui roubado", diz Robert Howard por telefone, durante temporada de férias em Paris.

"E não me parece muito patriótico usar as imagens de uma estrangeira, sem prévia autorização, num vídeo que supostamente fala pelas mulheres negras brasileiras", continua Howard, que se descreve como "um cara moderado, liberal, opositor de qualquer extremismo".
Esta é a história da nova fraude da campanha pinoquiaro...
Observação do editoré com incomum atraso que reproduzo acima os parágrafos iniciais de uma notícia da BBC Brasil, de autoria do repórter Ricardo Senra, cuja íntegra os interessados podem acessar clicando aqui.

Peço desculpas a quem já leu noutro lugar, mas tinha passado batido e, quando finalmente tomei conhecimento dessa sórdida manipulação, jamais poderia deixar de registrá-la aqui. 

Os discípulos de Goebbels agem com extrema desfaçatez nesta campanha presidencial. Têm de ser desmascarados e exemplarmente derrotados! (Celso Lungaretti)
...e este é o engana-trouxa que Eduardo Bolsonaro andou espalhando por aí.

3 comentários:

Anônimo disse...

Chegou a ver este vídeo: https://www.facebook.com/rodrigo.abel1/videos/10156226345349300/?t=1?

Encontrei essa conexão num comentário no GGN:https://jornalggn.com.br/noticia/bolsonaro-ignorara-anos-de-racismo-homofobia-e-misoginia-em-manifesto-a-nacao.

O vídeo foi publicado, ontem, em uma página no Facebook. Mas não há menção de quando foi feita a tomada. Tampouco ouvi comentários a respeito. Só consigo identificar o local: Copacabana, próximo ao Leme.

É um espetáculo meio risível, mas, sem dúvida, preocupante.

celsolungaretti disse...

Preocupante? Pareceu-me mais um ensaio para a parada do orgulho gay...

Anônimo disse...

É meio por aí: um bando de enrustidos.

Ainda há pouco, publicou-se um artigo do Maringoni, no DCM e no GGN, em que ele compara o fato a um desfile dos Freikorps. Ele supõe que ocorreu há poucos dias, mas tenho dúvidas.

Moro em Botafogo e não ouvi comentários a respeito. Nem dos "boçalnazis" que me cercam no trabalho, que não são poucos e que também moram na Zona Sul.

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