sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

CINEBIOGRAFIA DO FILÓSOFO SÓCRATES TEM MESMO "OS MELHORES DIÁLOGOS DE TODOS OS TEMPOS"? CONFIRA AQUI.

Filme destaca os diálogos de Sócrates, imortalizados por Platão
Foi uma grata surpresa encontrar disponibilizado no Youtube e poder trazer cá para o blogue o filme Sócrates, uma produção italiana para a TV de 1971, dirigida pelo correto diretor e roteirista Roberto Rossellini (1906-1977), que hoje é lembrado principalmente por Roma, cidade aberta

O personagem histórico é fascinante e o filme, segundo o Inácio Araújo (um colega meu no tempo em que ganhava meu pão como crítico cinematográfico acidental), "tem fluência, humor e os melhores diálogos de todos os tempos".

Ainda vou assistir. Então recorrerei, para introduzi-lo, a trechos da boa apresentação do blogueiro João De Mattar (cuja íntegra pode ser acessada aqui):
"O filme, originalmente produzido para a televisão, mostra o final da vida do filósofo grego Sócrates (470 – 333 a.C.), incluindo seu julgamento e sua condenação à morte. É composto quase que totalmente por diálogos, baseados nos Diálogos de Platão como Eutífron, Hípias, Apologia, Críton e Fédon, além de uma breve encenação da comédia As Nuvens, de Aristófanes, que ridiculariza Sócrates. É sempre bom lembrar que Sócrates nada escreveu, pois acreditava que a filosofia devia ser praticada oralmente.
Ele foi condenado a ingerir chá de cicuta (veneno mortal)

A interpretação de Jean Sylvère para Sócrates é austera e comovente. É possível assistir Sócrates, acompanhado de seus discípulos, andando por Atenas e empregando seu método, a maiêutica, que levava seus interlocutores a caírem em contradição. Assim, podemos conhecer várias figuras da época.

Em determinado momento, Meleto acusa Sócrates de corromper a juventude e pede a pena de morte. O orador Lísias é chamado para defender Sócrates, que acaba decidindo defender-se sozinho, em nome da verdade.

No julgamento, Sócrates é acusado por seus ex-alunos Meleto, Ânito e Lícone de negar os deuses de Atenas, de propor novas divindades e de corromper a juventude. No final, condenado, não aceita o exílio nem outras penas alternativas, preferindo morrer. Críton e seus discípulos ainda planejam uma fuga, quando ele já está preso, que Sócrates também rejeita.

O filme de Rossellini emprega poucas técnicas cinematográficas, privilegiando os diálogos e mostrando Sócrates não como um herói, mas como um homem comum".

Um comentário:

SF disse...

Assisti.

Uma preciosidade mesmo.
E que os diálogos são bons, não resta a menor dúvida.
São de Platão.

Rossellini se virou nos trinta e fez um filme bom e barato.

Comove e exalta.

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