O Gran Circo VaiTolo estréia o espetáculo Denúncia Mambembe, que cumprirá curtíssima temporada e logo vai sair de cartaz.
A direção adverte que, por motivos de higiene, não será permitido o ingresso de pessoas portando tomates e ovos podres...
Pois é, na última semana de sua gestão desastrada, Rodrigo Janot faz nesta 5ª feira (14) sua segunda e derradeira tentativa de derrubar o presidente Michel Temer. É fracasso certo, depois de a Câmara Federal ter rechaçado a primeira no último dia 2 de agosto e os eventos posteriores haverem comprovado que não passava de uma armação tosca (para não dizer criminosa, de tal forma transtornou o País e convulsionou a economia).
Faltou coerência ao Supremo Tribunal Federal para reconhecer o que o Brasil inteiro já percebeu: Janot está totalmente descontrolado e deveria ser impedido de lançar mais flechas a esmo. Afinal, como a sofreguidão se repetiu, há grande chance de se repetir igualmente a inépcia jurídica.
O sensato seria entregar-se o material à sucessora do Janot, para que ela, após passar calmamente um pente fino em tudo, entregasse uma denúncia capaz de sustentar-se em pé. É provável que, agora, a falta de rigor técnico venha a comprometer as chances de condenação do Temer quando ele perder a imunidade.
A pressa do Janot e da Globo nada tinha a ver com os interesses da Justiça e da Nação. As pessoas sensatas logo perceberam que, não estando os parlamentares dispostos a aprovarem eleição direta para o mandato-tampão ou antecipação do pleito presidencial de outubro de 2018, o resultado do golpe seria apenas:
— a substituição temporária do Temer ruim pelo Temer piorado (Rodrigo Maia); e
— lá por meados do ano que vem, a posse de uma versão brasuca do Pepino, o breve (um presidente eleito pelo ínclito Congresso que temos para assumir no finzinho do mandato, quando o governo já estivesse esvaziado pela corrida eleitoral).
Mês e meio depois, o timing se tornou mais desfavorável ainda e a delação premiadíssima do Joesley Batista se desmanchou no ar, levando consigo a reputação e a credibilidade do Janot. Ainda assim, ele fez questão de bisar o fiasco.
Deve estar acreditando que ainda possa levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima, como no verso de Paulo Vanzolini.
O mais provável é que os brasileiros cantem, isto sim, o samba de Benedito Lacerda e Herivelto Martins: Eu assisti de camarote o teu fracasso, palhaço...
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