"...por mera dedução, concluo que nunca foram tão grandes
as possibilidades de, ao contrário dos botecos em
que o fiado nunca chegava, o Lula preso
chegar amanhã, 4ª feira, dia 13."
Foi o que escrevi na véspera do depoimento do Lula em Curitiba. Estou vendo se a loja aceita o turbante e a bola de cristal de volta...
A minha suposição se baseava no fato de que os promotores da Lava-Jato e o juiz Sérgio Moro vinham mostrando um senso de oportunidade característico de comunicadores, ao decidirem as medidas que tomariam no front jurídico, e quando.
O enorme desgaste que a Lava-Jato sofrera com as trapalhadas do Rodrigo Janot me fez crer que Moro tentasse gerar uma notícia muito mais impactante, para diminuir a repercussão do passo em falso e consequente desmascaramento do Joesley Batista. Só mesmo a prisão do Lula causaria suficiente estardalhaço.
É possível que a própria atuação destrambelhada e antiprofissional do Janot tenha empurrado Moro para o extremo oposto: ele agora vem atuando estritamente conforme manda o figurino.
Nem parece aquele juiz que, num momento crucial, deu um jeito de atirar no ventilador um diálogo que estava impedido de divulgar, altamente comprometedor para quem, com uma ingenuidade espantosa, andou tagarelando assuntos sigilosos por telefone.
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