Poderá ser Fachin quem receba o cartão vermelho... |
O jornalista Reinaldo Azevedo fez acusações gravíssimas contra o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal:
— quando visitava senadores para angariar apoio à sua pretensão de tornar-se ministro do STF, Fachin teria estado num jantar com Joesley Batista, na mansão do empresário em Brasília, lá permanecendo das 21 horas até as 6 horas do dia seguinte;
— um dos presentes teria sido o senador Renan Calheiros, que até então não estaria vendo Fachin como um bom nome para o Supremo;
— depois da longa conversa, Calheiros teria mudado de opinião.
Há mais, segundo RA:
"Todo mundo sabe em Brasília que Fachin visitou o gabinete de alguns senadores, quando ainda candidato ao posto, escoltado por ninguém menos do que Ricardo Saud, que vinha a ser justamente o homem da mala da J&F. Era ele que pagava boa parte dos benefícios a quase 2 mil políticos, na contabilidade admitida pelo próprio Joesley".
...dependendo de qual deles consiga botar os pingos nos is. |
Ou seja, insinuações à parte, a J&F teria atuado efetivamente em favor da candidatura de Fachin ao Supremo, com este, contudo, não se declarando depois impedido de aprovar a delação premiada dos executivos dessa empresa.
Se isto for verdade, Fachin terá descumprido seu dever de distanciar-se de um processo com o qual teria envolvimento de ordem pessoal.
Pior: desempenhou papel decisivo para que fosse aprovada a criticadíssima delação premiada da J&F, dando ensejo a que sua atuação possa agora ser vista como retribuição do favor prestado por um bandido.
Pior: desempenhou papel decisivo para que fosse aprovada a criticadíssima delação premiada da J&F, dando ensejo a que sua atuação possa agora ser vista como retribuição do favor prestado por um bandido.
Inexistindo um esclarecimento convincente do Fachin, não só sua decisão relativa à delação da J&F teria de ser anulada, como a relatoria do petrolão precisaria trocar de mãos e sua própria condição de ministro do Supremo se tornaria insustentável.
Se, pelo contrário, ele comprovar que tudo não passa de uma falsidade, tem de tomar imediatamente as mais rigorosas providências possíveis contra o autor de tão infamante calúnia.
Se, pelo contrário, ele comprovar que tudo não passa de uma falsidade, tem de tomar imediatamente as mais rigorosas providências possíveis contra o autor de tão infamante calúnia.
Trata-se de um episódio que clama por esclarecimento cabal e punição exemplar, seja do que terá escondido uma informação que o desqualificaria para uma tarefa importante, seja do que terá espalhado aos quatro ventos uma mentira cabeluda.
A única coisa que não pode é nada acontecer a nenhum dos dois.
Um comentário:
A perplexidade diante da veloz sequência de movimentos no jogo atual da política é perfeitamnte compreensível.
Porém, o mero conhecimento a respeito dos jogos de soma zero (lava-jato) e dos jogos cooperativos (politica) permite discernir com clareza os próximos movimentos.
A lava-jato perdeu o timing e agora a presa (políticos) já está alerta.
Como um leão que dá o bote no vácuo e tropeça em consequência da força imprimida ao seu movimento, os jacobinos erraram a mão ao atacar de maneira atabalhoada uma vítima consciente da sua presença e estratégia.
Foi o caso dos açougueiros premiados.
Portanto, o que se espera é que, daqui para frente, a "justiça" se faça dentro das modorrentas burocracias, ou seja, teremos impunidade quase total.
O laudo só daqui a 1 mês...
A classe política criará novos e mais eficientes mecanismos legais para garantir suas imunidades.
Vez por outra, darão uma vítima para o respasto dos togados e para que não seja totalmente desvelada a sua completa inocuidade no combate a corrupção.
Por fim, o perdedor será o de sempre: o pagador de impostos.
Dando suporte a tudo isso estará a violência institucional em seus diversos níveis.
Cão fiel que nunca falhou com os donos do poder.
Entrementes:
o "protocolo blockchain" suberverte a moeda fiduciária e os estados nacionais.
Nele se vê a assinatura da inteligência e se lê algo de novo.
Para quem sabe lê-lo, obviamente.
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