sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

VEJA, EM VÍDEO, UM MENINO JESUS DIFERENTE: O DE CHICO BUARQUE.

Assim como o leopardo nunca perde as pintas, a Igreja Católica jamais se conformou com a perda da autoridade que no passado detinha para censurar, mutilar, banir e emascular tudo o que lhe desse na telha, chegando a colocar obras inteiras no index e, muitas vezes, seus autores na fogueira. O martírio de Giordano Bruno lançará uma sombra sobre o Vaticano até o final dos tempos!

Em pleno século 20 a Igreja ainda tentava determinar o que seu rebanho poderia ou não curtir, mas os tempos eram outros e de nada lhe adiantou classificar de blasfemo o filme O bebê de Rosemary (de Roman Polanski, 1968) nem excomungar o Je vou salue, Marie  (de Jean Luc-Godard, 1985). Quase ninguém ligou, salvo o inacreditável presidente José Sarney, que mandou proibir a exibição do segundo, esquecido de que no Brasil vige a separação entre Igreja e Estado.

Curiosamente, o Vaticano não adotava a mesma postura patética e obtusa com relação à música popular, de forma que Lúcio Dalla e Paola Palotino não sofreram idênticas perseguições por implicitamente compararem os relatos bíblicos sobre Cristo com as desventuras de uma mãe solteira e do seu filho bastardo, que acaba se tornando conhecido na zona do cais como Menino Jesus.

A versão que Chico Buarque fez para o Brasil é belíssima; e foi providencial a mudança nos arranjos (de autoria do maestro Rogério Duprat e do Magro do MPB-4), que tornaram a canção mais lenta e melancólica.

Eis algumas informações mais, do site do Dr. Zen:
"A música Minha História tem alguns fatos curiosos na sua gênese e na própria justificativa do seu nome. A música original, 4 marzo 1943, também é conhecida como Gesú BambinoMenino Jesus em italiano — foi composta no início dos anos 70 na Itália por Lúcio Dalla e Paola Palotino e abordava a história das mães solteiras adolescentes sob a ótica dos filhos, frutos de relacionamentos com soldados estrangeiros no período da 2° grande guerra, daí seu subtítulo: Os filhos da guerra. A versão italiana foi premiada com o 3º lugar do Festival de San Remo de 1971.  
Chico Buarque, amigo de Dalla, com o brilhantismo de sempre, adaptou a letra para nossa realidade tratando a música sob o prisma de um filho de uma prostituta de caís. O compositor brasileiro brincava em relação ao subtítulo da música italiana, dizendo que sua música seria chamada Os filhos da puta. Brincadeiras à parte, Buarque resolveu colocar o nome de Menino Jesus. 
Era tempo de ditadura, os militares não gostaram e, como era comum na época, censuraram. O cantor resolveu colocar o nome definitivo de Minha história". 

Um comentário:

João Luiz Pereira Tavares disse...

Mas sério mesmo para o ano de 2017, é o seguinte:

O problema é a SUAVE & disfarçada truculência do PeTê… Repare.

É evidente que o Petismo se utiliza de técnicas das mais brilhantes de publicidade, brilhantes, mas ENGANA-TROUXA…

Petista apenas & só se preocupa com PSDB e outras ASNEIRAS. Que amor enrustido! Só fala a toda hora e minuto sobre PSDB etc.

Mas petista nem se lembra do PeTê mesmo… Vejam um único exemplo bem simples:

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A Semiótica do Coração Valente
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Mas quanto a tudo isso o que importa é a publicidade & a propaganda, somada com a baranguice de VELHA — tal qual Dilma. Eis:

Grave mesmo é isso aqui:

GOLPE e «CORAÇÃO VALENTE»:

São clichês publicitários elaborados por 1 publicitário! Tal qual o preso do petismo milionário JOÃO SANTANA (o “Feira”…). São tais quais a frase publicitária de iogurte da DANONE, assim, veja:
«DANONINHO VALE POR 1 BIFINHO». [ou: “CVC pensando em você”].

Nunca jamais houve GOLPE; assim como DANONINHO jamais VALE POR 1 BIFINHO… E o slogan petista “Coração Valente” é uma frase feliz em termos publicitários (fazer a cabeça, via mitologia), mas de um vigarismo extraordinário.

[e reparem.., tudo isso tem a ver com Educação grosseira do Governo Petista. A pior da América inteira].

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