sexta-feira, 9 de setembro de 2016

NEM A LEI DA FICHA LIMPA NEM A PROIBIÇÃO DE DOAÇÕES EMPRESARIAIS REDIMIRÃO NOSSAS ELEIÇÕES. SÃO SÓ OURO DE TOLO...

A Lei da Ficha Limpa, quanto muito, fez aumentar a rotatividade dos corruptos: para cada impedido há centenas de potenciais substitutos. Todos da mesma laia.

E a proibição de doações empresariais para candidatos, vendida para esquerdistas ingênuos como uma panaceia que sanearia e redimiria nossas eleições, é outra bobagem das grossas. 

O grande capital já deve ter encontrado suas fórmulas para contornar os obstáculos legais, mas desmascará-las certamente não estará sendo uma prioridade de nossas distintas autoridades.

Já a inventividade do PT não passou despercebida, como depreendemos desta nota do Painel político da Folha de S. Paulo:
"Ao cruzar informações, a Justiça Eleitoral vem desnudando o que suspeita ser uma nova frente de fraudes: doações milionárias de quem, aparentemente, nada tem. O TSE identificou 21.072 pessoas que, mesmo em situação de pobreza, transferiram juntas mais de R$ 168 milhões a campanhas municipais. Uma delas, cuja última renda conhecida é de 2010, doou R$ 93 mil. Outras dez desembolsaram mais de R$ 1 milhão, mas não têm renda compatível com tamanha generosidade. 
Segundo o TSE, há ainda um grupo considerável de doadores registrados como beneficiários do Bolsa Família ou sem terra. Os dados já foram remetidos ao Ministério Público para averiguação".
Enfim, não serão quaisquer leizinhas que farão uma democracia de classe, assentada sobre a garantia do direito de propriedade dos meios de produção, tornar-se uma verdadeira democracia, que priorize o bem comum e promova a justiça social.

Até quando os reformistas conseguirão iludir os explorados? Qualquer cidadão com um mínimo de espírito crítico percebe que, no terreno minado dos podres poderes, jamais conseguiremos combater com eficácia o capitalismo dos dias de hoje, dando os passos necessários para sua superação, mais imperativa e urgente do que nunca!  

O máximo que se consegue por tal via é eleger ditos esquerdistas que se limitam a governar o (ou legislar sobre o) acessório e não têm autoridade real para colocar em xeque a dominação burguesa. 

O poder econômico move os cordéis nos bastidores e o poder político provê distrações para o respeitável público, ao encenar, como diria Shakespeare, tempestades de som e fúria significando nada.

Estavam certos os manifestantes de 2013: não muda na urna, muda na rua!
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3 comentários:

Gustavo Brandão disse...

kkkk, cara, acabei de ler sobre o sequestro do consul americano, kkkk, como vocês revolucionários eram trouxas. Pelo visto você ainda é, já que não deixou de ser socialista, kkkkkkk

Vitorio Malatesta disse...

Talvez para você, Gustavo Soares, espertos e não trouxas foram os torturadores que, se vivos ainda, estão gozando de boas aposentadorias do Estado. Foi a recompensa pelas monstruosidades prestadas ao capital e ás elites que os desprezam depois de feito o sujo e sangrento serviço.

O que você leu sobre o sequestro do consul americano para considerar aqueles que arriscaram a vida para salvar os que estavam nas masmorras sendo torturados?

Você deve ler com êxtase os escritos de Olavo Carvalho, Reinaldo de Azevedo e outros da mídia reacionária.

Mas nem esses que eu citei os querem no rol de leitores. Estes querem fascistas inteligentes que saibam ao menos escrever.

A sua postagem insultuosa, grosseira e curta deve ter vindo de uma pessoa curta de idéias também. Talvez tenha em sua sala ou quarto um retrato do Bolsonaro a quem reverencia várias vezes ao dia antes de escrever e dizer asneiras.

Acho que o editor tem que exercer o poder moderador expurgando esses tipos de postagens como do Gustavo que nada acrescem ao debate das idéias.

celsolungaretti disse...

Prezado Vitorio,

como jornalista, sofri censura e até respondi a um processo dela decorrente, que terminou em absolvição mas me fez perder várias tardes no ambiente deprimente do fórum da praça João Mendes (convocavam-me para as 13 horas mas, como réus presos tinham preferência, acabava sempre ficando para o fim da lista, lá pelas 17 horas).

Então procuro, tanto quanto possível, deixar que os adversários ideológicos se manifestem, desde que não o façam de forma grosseira demais. Se alguém escreve que os revolucionários mereciam mesmo ser torturados, eu não boto no ar. Mas, "trouxas", dá pra suportar.

Lembro-me de algo que certa vez li sobre o dever de honra para um japonês: quem nele acredita, só estará em paz consigo mesmo se viver como uma pessoa honrada, custe o que lhe custar; quem não acredita, age como lhe der na telha.

Nós não aceitávamos permanecer debaixo das botas dos milicos, então sentíamo-nos moralmente obrigados a lutar contra o arbítrio, mesmo sabendo que arriscávamos a vida e a integridade física e psicológica.

Desconheço a idade do Gustavo, mas se ele já tinha idade para algo assim, provavelmente cruzaria os braços, achando que a questão não lhe dizia respeito.

Abs.

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