segunda-feira, 18 de abril de 2016

PARA RUI MARTINS, A DEFESA CANHESTRA DE DILMA COMPROMETE A IMAGEM DA VERDADEIRA ESQUERDA.

Por Rui Martins
DILMA E O PT NO MUNDO DA LUA
Nesta fase em que a ficção científica se tornou um dos filões mais explorados pela indústria do entretenimento, ocorreu-me a hipótese de que a presidente Dilma e o PT, isto engloba o site Brasil 247 e os blogueiros, teriam todos se desgarrado para uma dimensão paralela –ou, no dizer dos antigos, estariam com a cabeça no mundo da lua. Por que essa impressão? Ela vem da fragorosa derrota de Dilma na votação para a admissibilidade do pedido de sua destituição pela Câmara Federal.

Por que Dilma e o PT aceitaram ser massacrados publicamente diante de milhões de brasileiros, num ato político transformado em espetáculo de televisão, cada voto comemorado como um gol, a ponto da comentarista do canal France24 comparar a crise e o povo nas ruas como uma final de campeonato? A manchete de um jornal baiano fala mesmo em goleada sofrida por Dilma, comparando-a com os inesquecíveis 7 a 1 da Copa do Mundo.

Os mentores da linha política petista acreditam haver um lucro político ao se expor Dilma à execração e ao flagelo públicos? Eu pessoalmente lamento pela presidente, pois não acredito haver virtudes ou vantagens no masoquismo. A história nos relata como políticos preferem renunciar a serem escaldados vivos diante do povo, optando pela morte, ou o exílio, ou o ostracismo na antiga Grécia. Entre nós, Getúlio, Jânio e Goulart; De Gaulle, na França; Helmut Kohl, na Alemanha; Nixon, nos EUA; e talvez Cameron, na Inglaterra, se os ingleses votarem pela saída da União Européia.
Haverá "lucro político ao se expor Dilma à execração"?

Ou seria atitude obrigatória depois da adoção da mirabolante tática de dizer haver um golpe contra a presidente, embora tenham sido acionados todos os mecanismos institucionais permitidos pela Constituição nessa votação da autorização para se iniciar o processo de destituição da dita cuja? Se estivesse havendo golpe, o ministro Cardozo não poderia ter tentado obter liminares do STF para sustar a votação pela Câmara.

Não, não houve golpe domingo e nem está havendo golpe. Ocorreu, isto sim, uma perda de apoio político, primeiro junto ao povo e, a seguir, dentro do Legislativo, a ponto de se poder propor e se obter (!) o normalmente impossível: dois terços de votos da Câmara para se derrubar uma presidente. Daí minha desconfiança de Dilma, o PT e o seu blog guião Brasil 247 sofrerem de autismo, já avançado e agravado por não serem mais crianças.

Ora, não se precisa ser sociólogo e nem ter mestrado na USP ou na Sorbonne para se saber que os fenômenos políticos e sociais não surgem da noite para o dia; tanto eles se engendram, crescem e explodem, como podem se desfazer. Não se pode também engarrafar ou conter ou congelar comportamentos sociais. São movimentos vivos que podem dar a impressão de uma certa volubilidade –o povo coroa mas pode destronar seus reis.

O descontentamento popular tinha se tornado visível em junho de 2013, em simples protestos contra aumentos das passagens de transportes públicos. Como hoje se grita em mau português “não vai ter golpe”, também se escandia “não vai ter Copa”. Mas o governo de Dilma e o PT pareciam não ter detetor de fumaça. Prometeu-se uma reforma política e depois foi esquecida, ficando tudo por isso mesmo. Como se o povo e os jovens em protesto fossem um bando de idiotas fáceis de manipular.

Quando chegou a campanha presidencial, prometeu-se o que não se poderia dar e, pior ainda, decidiu-se aplicar após as eleições aquilo que tinha sido criticado nos candidatos concorrentes. Novamente a ideia de se poder enganar impunemente o povo, esquecendo-se da imprensa e da oposição.

Diante das investigações e denúncias de corrupção, ficou decidido se negar tudo. Houve até livros publicados provando por a + b não ter havido nem mensalão e nem petrolão. Quando ficou difícil continuar com a farsa, surgiu o argumento de que, se os outros fizeram, por que nós não podemos? Por que a Justiça se tornou seletiva? Nós podemos porque nós agimos em favor do povo. 

Num país onde a esperteza é inata e faz parte da herança genética, até podia ser uma boa justificativa, não fosse o excesso e o estrago feitos.

E agora leio a opção delirante constante do site petista Brasil 247: Dilma renunciaria na metade do seu mandato, segundo uma proposta a ser feita pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, que permitiria nova eleição presidencial com as eleições municipais. Mas, com que peso político uma presidente seriamente derrotada na Câmara e que será praticamente destituída mesmo pelos senadores vai oferecer sua renúncia em troca de nova eleição presidencial? 

Ao mesmo tempo, enquanto os petistas e seus blogs focam seus ataques de corrupção no presidente da Câmara, Eduardo Cunha, apresentam um versão soft e aceitável do presidente do Senado, Renan Calheiros, quando são ambos farinha do mesmo saco.

Autistas, pelo jeito não aprenderam nada nestes dias, continuam falando em golpe e se dizendo de esquerda, mesmo depois de terem loteado e oferecido cargos e funções em troca de votos contra a destituição. Eu prefiro achar que não são canhotos, tal a maneira canhestra como agem, como se defendem e se enterram, comprometendo a imagem da verdadeira esquerda.

Obs. – este artigo foi publicado pelo companheiro Rui Martins no Correio do Brasil/Direto da Redação e republicado aqui. Conforme se constata nos comentários, de um paralelo que ele traçou no 1º parágrafo e utilizou no título decorreu uma reação exageradíssima de uma rede virtual que enxergou menosprezo e preconceito onde eles absolutamente não existiam.

Houve, inclusive, quem tenha acionado a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal, como se o Rui fosse um Bolsonaro da vida e não um dos mais abnegados defensores dos direitos humanos na imprensa e na blogosfera; e como se, dentre as mais de 300 mensagens de queixa postadas lá no Direto, não existissem várias tão insultuosas e agressivas a ponto de justificarem uma representação ao Ministério Público por assédio moral contra idoso, caso o Rui quisesse ir por tal caminho. 

Como brasileiro cordial que ele sempre foi, preferiu suportar estoicamente o apedrejamento e, modificando o título e o abre do artigo, encerrar cortesmente a pendenga. Evidentemente, incorporei tais alterações aqui, para que a réplica continue idêntica ao original. (CL)

23 comentários:

Valmir disse...

eles não aprenderam nada em 2013 e não estão aprendendo nada agora. eles não aprendem nada e não esquecem nada..mas isso não é uma coisa só deles, é de toda a esquerda, com raríssimas exceções. A esquerda é a religião mais petrificada e conservadora que já existiu.

Anônimo disse...

Prezado lungaretti,

Sei que está replicando a matéria do Sr. Rui Martin, e que sua intenção é de agregar valor no cenário político brasileiro, porém gostaria de chamar sua atenção para o fato de que, inadvertidamente, o Sr. acaba também divulgando uma descrição equivocada sobre o autismo.
Fica claro que o conhecimento sobre o Autismo precisa ser melhor divulgado para que erros como este não se repitam.
Ao comparar políticos que fazem tudo de forma premeditada e calculada, com pessoas com autismo é um grande equívoco.
O autista não mente, é puro, livre de maldade. Não conhece esse cinza que permeia o mundo da política, para eles, tudo é preto e branco, eles precisam de regras claras para se adaptar.
Garanto que se tivéssemos autistas no governo estes seriam os que mais respeitas as regras.

Desta forma, gostaria de sensibiliza-lo no sentido de evitar a disseminação dessa visão equivocada sobre um grupo da população que já tem enormes desafios para obtenção de aceitação social e ajuda.

Para seu conhecimento, são diagnosticadas atualmente 1 autista para cada 68 pessoas, mais do que Diabetes, Câncer e Aids juntos.

O Dia 02 de Abril, foi declarado pela ONU em 2008, como o dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo.

Respeito, compreensão e apoio, isso sim ajuda.

disse...

Lamentável comparar AUTISTAS à Dilma ou ao PT.
SOU MÃE AZUL e aguardo RETRATAÇÃO. NÃO CONCORDO COM O GOVERNO PORÉM, o senhor não tem o direito de RIDICULARIZAR OS NOSSOS FILHOS. Meu filho GUILHERME têm 4 anos é autista e não aceito que a condição AUTISTA seja motivo de chacota!

Unknown disse...

Mais conhecimento antes de falar.
Estudar é o melhor camimho pra diminuir a falta de conhecimento e a imbecilidade própria.
Estude Sr. Ruis e assim que tiver conhecimento se retrate se for capaz.
Você foi extremamente infeliz com a comparação Autismo x PT.
Célia, mãe de uma criança extremamente pura de 6 anos dentro de espectro autista.
#TEApoio

Unknown disse...

Mais conhecimento antes de falar.
Estudar é o melhor camimho pra diminuir a falta de conhecimento e a imbecilidade própria.
Estude Sr. Ruis e assim que tiver conhecimento se retrate se for capaz.
Você foi extremamente infeliz com a comparação Autismo x PT.
Célia, mãe de uma criança extremamente pura de 6 anos dentro de espectro autista.
#TEApoio

Anônimo disse...

Sua pesquisa antes da publicação do conteúdo não passou perto do que é autismo, isso é nítido. O que podemos fazer? Solicitar ao senhor que como jornalista busque conteúdo e veja que há diversas famílias brasileiras que mesmo pagando impostos e convênios não possui atendimento terapêutico adequado a crianças do espectro autista, sabe porque? Desinformação... Sim isso mesmo que o senhor exerceu nas linhas acima. E o porque? Porque ao invés de buscar a verdade as pessoas agem de forma equivocada ao desconhecido. Como exemplo elucidativo, nos EUA havia uma menina que era autista grave e o que ela fez? Mudou o sistema de abatimento de gados. O que isso mudou na sua vida? Informação.

Qual a relação entre ela e um ser humano fora da realidade e sem comunicação?

A sua falta de conhecimento do tema, enquanto jornalista.

Quando nos propomos a estudar temos que o fazer de forma a vincular boas e verdadeiras noticias. Assim, o convido e aguardo para sua segunda chance, onde podemos lhe esclarecer e ajudar a redigir uma matéria verdadeira, esclarecedora e concisa do que é o autismo.

Quem sabe assim, o preconceito de lugar a exercemos a lei e façamos que aí invés de preconceito e desinformação tenhamos mais Temple para revolucionar técnicas, reinventar conceitos e fazer o novo. Longe da sujeira toda que é a política brasileira que inibe os brasileiros de terem seus direitos exercidos durante sua existência.

Seja diferente, nos estamos a disposição para auxília-lo.

celsolungaretti disse...

Prezados,

durante a última ditadura, além de sofrer quatro processos em auditorias militares por militar na resistência à ditadura, também respondi a um processo como jornalista que teria infringido as normas da censura (depois de muita amolação, deste acabei absolvido).

Então, em função de minha experiência pessoal, ao longo dos 33 anos em que atuei na imprensa e durante os dez anos em que administro blogues JAMAIS CENSUREI COLABORADOR NENHUM. Eu escolho aqueles a quem confio espaços e, a partir de tal momento, dou-lhes total liberdade de ação. Contam-se nos dedos de uma mão, em mais de quatro décadas, os problemas como o que vocês estão me apresentando hoje.

Lamento que o artigo do meu grande companheiro e amigo Rui Martins tenha lhes infelicitado em função da experiência pessoal de vocês. Evidentemente, não era a intenção dele.

Darei imediato conhecimento a ele de vossas queixas e ponderações.

Da minha parte, só posso dizer que lamento muito o ocorrido.

Unknown disse...

Prezado Rui.
Sou pai de um menino Autista com 5 anos de idade. Sugiro ao Sr uma retratação com os milhares de autistas e famílias no Brasil.
Comparar um espectro crescente no planeta a uma CORJA de safados, bandidos, me perdoe, mas foi ignorância da sua parte. Um erro.
Chacota ou comparacao, seja o que for, qualquer tipo de bullying com autistas, merece repúdio.
Famílias lutam todos os dias contra o preconceito e sua comparação foi no mínimo ridícula.
Respeito é bom e todos nós gostamos. Não escolhemos ser famílias azuis, fomos escolhidos e o mínimo que esperamos é respeito, seja do Sr ou de qualquer pessoa.

Unknown disse...

Lamentável que uma pessoa que estudou tanto não saiba o que realmente é o autismo. Mais respeito aos autistas Sr Rui Martins se soubesse o que é um anjo autista jamais usaria está angelical palavra em comparações incabiveis.

Unknown disse...

Sr Rui Martins ou melhor dizendo Sr Preconceituoso, tenho uma linda filha de 2 anos Autista e ela é simplesmente maravilhosa, talvez você nunca conviveu com um Autista, mas nunca sabemos o dia de amanhã , portanto não compare minha filha a essa corja a esse bando de corruptos. Nosso Autistas são livres de inveja, de preconceito, não fazem fofocas, não reparam se a casa o carro é melhor que o deles, não se acham melhores que os outros (MESMO SENDO MELHOR QUE VOCÊ). Não sei como você se tornou jornalista com esse despreparo, com essa falta de informação para escrever tamanha asneira. Ao invés disso escreva sobre a falta de tratamento no Brasil para com nosso Autistas, a guerra que temos que enfrentar para incluir nossos filhos na sociedade, nas escolas, lutamos tanto pela conscientização e em segundos aparece você com essa comparação infeliz. Quando li a sua matéria, meu coração doeu, minhas pernas estremeceram, que dor ler isso.. Infelizmente ainda existem pessoas como você. Mas somos mais fortes, se retratar agora ?? Pra que ?? Já foi dito... Você é digno de dó, pena, um infeliz... Tenho muito mais coisas pra dizer, mas não vale a pena perder meu tempo, pois tenho que amar e abraçar uma pessoinha aqui ao meu lado.. Só tenho que lamentar a sua ignorância.. Att.. Daniela (Mãe de uma Autista)

Miriam disse...

Tanta luta para combatermos o preconceito e conscientizar sobre o que se trata o autismo e como ajudarmos as crianças e suas familias e vem um ser desses prestar esse desserviço a população! Lamentável. Acho que caberia uma matéria sobre o real conceito e características do autismo, mesmo fora da pauta do blog, para reparar um pouco do dano, se é que isso é possível.

celsolungaretti disse...

O RUI MARTINS, COMO ACONTECE COM MUITOS OUTROS INTERNAUTAS, TEVE DIFICULDADES PARA POSTAR NO BLOGUE O COMENTÁRIO DE RESPOSTA AOS LEITORES QUE SE QUEIXARAM DO SEU TEXTO. EI-LO:

"Caras pessoas que postaram comentários no meu texto 'O autismo de Dilma e do PT'. Diante do número recorde de comentários no 'Correio do Brasil/Direto da Redação', decidi colocar lá uma resposta, que está reproduzida abaixo, agradecendo ao Celso Lungaretti essa possibilidade. O convite que fiz no 'Direto' vale também aqui para os leitores do 'Náufrago da Utopia'. Minhas saudações a todos, Rui Martins."

* * *

O texto é político, mas acabou batendo todos os recordes de leitura e comentários, por ter feito uma referência ao autismo e revelado, sem querer, o desconforto de muitas pessoas.

Mas falar ou citar o autismo não é e nem deve ser tabu. Ser alvo de um verdadeiro linchamento por ter ousado a palavra proibida, me lembra meus colegas do Charlie Hebdo por terem ousado citar o Profeta. Sugiro que o tema autismo e autistas seja corretamente debatido e convido a publicarem aqui no 'Direto' um ou diversos artigos sobre a questão, seu significado, a convivência familiar, o universo do autista, enfim tudo que possa levar a se reagir normalmente diante da palavra autista.

Eu lhes ofereço este espaço. Quem aceitar, assinale num comentário e, a seguir, receberá meu email para o envio do artigo.

Para lançar o debate, colhi alguns links sobre o tema:

http://autismoerealidade.org/informe-se/sobre-o-autismo/o-que-e-autismo/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Autismo
https://www.autismspeaks.org/qu%C3%A9-es-el-autismo
http://www.unmondeconscient.org/livre-lautisme-revu-et-corrige-par-un-autiste-asperger-temoignage-controverse-dun-genie-de-la-conscience/?gclid=COGPytfdoswCFbcW0wodKN0PxQ
http://www.afirra.org/Qui.php

celsolungaretti disse...

Creio que cabem alguns esclarecimentos:

* o Rui Martins, jornalista brasileiro radicado na Suíça, edita a seção DIRETO DA REDAÇÃO no jornal virtual CORREIO DO BRASIL;

* temos uma relação de amizade e colaboração: ele publica alguns dos meus artigos no DIRETO e eu publico alguns de autoria do Rui no NÁUFRAGO;

* o artigo O AUTISMO DE DILMA E DO PT foi originalmente publicado no DIRETO, depois resolvi aproveitá-lo aqui;

* o autismo aparece no título e no primeiro parágrafo apenas com propósito de crítica política, não há nenhuma intenção do Rui em menosprezar os autistas;

* assim como o Rui, estou disposto a publicar algum texto que vocês considerem importante e esclarecedor a respeito do autismo;

* mas, atuando em comunicação há quase quatro décadas, tendo sido premiado até no exterior por meu desempenho em ADMINISTRAÇÃO DE CRISES, sugiro que o movimento de vocês deixe de considerar aprioristicamente o jornalista e o blogueiro como adversários ou antagonistas.

* não se fazia necessário repassar o link da postagem a toda sua rede, para que aqui despencasse uma avalanche de mensagens escritas por pessoas que antes nem sequer sabiam da existência deste blogue. Bastaria alguém que falasse por todos entrar em contato, que o assunto seria tratado com a mesmíssima consideração;

* como as pesquisas são muito mais fáceis de se fazer hoje em dia graças à internet, em poucos minutos vocês poderiam ter constatado que tanto o Rui Martins como eu somos tradicionais defensores dos direitos humanos --ou seja, o tipo de pessoas que veria automaticamente com simpatia suas queixas, não havendo, portanto, necessidade de utilizarem essa tática de ROLO COMPRESSOR.

Unknown disse...

Caro autor, não queremos debate sobre o assunto ou mesmo uma coletânea de textos p melhor entendimento do tema, apenas solicitamos, a vcs, que se dizem tão experientes, que retifiquem o texto, usando o que lhes convier. Autismo não é adjetivo senhor Rui Martins e colaboradores. Não somos rolo compressor, e sim pais, familiares e simpatizantes que sabem realmente o que esse termo significa.

mila disse...

Agradeço pelo convite para escrever sobre autismo. Contudo, acredito que se o senhor não compreendeu sobre o que estamos falando, é pq n se informou suficiente! O q o PT faz, nem de longe é autismo. É "pilantragem" mesmo! Se o senhor quer citar algo da área de saúde que utilize "estado de negação"... Uma das fases do processo de morte ou doença fatal e que se aplica adequadamente ao que o PT está vivenciando. Mais um vez, lamento a comparação é sua dificuldade em compreender do que estamos falando.

Ana disse...

Prezados, tanto os senhores quanto a Dilma "sofrem problemas de comunicação, pois vivem fora da realidade" da luta pela inclusão dos autistas. Do contrário, saberiam que o que julgam ser "um rolo compressor" sobre os senhores é apenas UMA pena lhes fazendo cócegas diante das INÚMERAS batalhas diárias vivenciadas por todos aqueles que têm um ente autista.

celsolungaretti disse...

O comentarista que se apresenta como "unknown" pede censura. Negativo. Lutamos 21 anos para que textos não existisse mais censura neste país. Foi uma luta longa e dolorosa. Não abriremos mão do que conquistamos a duras penas.

Não se tratou de incitação ao crime, apologia das drogas, pedofilia, nada semelhante. Dolo nenhum. Foi apenas um mísero título e um mísero parágrafo de um artigo de crítica política que jamais pretendeu estimular preconceitos, apenas traçou um paralelo que as pessoas comuns utilizam amplamente.

Reconhecendo que, inadvertidamente, o texto possa ter atingido as suscetibilidades aguçadas de quem enfrenta tal problema no círculo familiar, oferecemos, numa boa, espaço para a apresentação do "outro lado".

Mas, colocar textos no index, censurá-los, impor modificações, retratações, penitências, etc., isso tudo são práticas medievais, remanescentes da chamada Santa Inquisição. Não vamos descer mais degraus ainda na escada da civilização, chega de tanta intolerância!

A tribuna continua aberta para a discussão civilizada do tema. Mas, censura está fora de cogitação.


Unknown disse...

Caro autor, não queremos debate sobre o assunto ou mesmo uma coletânea de textos p melhor entendimento do tema, apenas solicitamos, a vcs, que se dizem tão experientes, que retifiquem o texto, usando o que lhes convier. Autismo não é adjetivo senhor Rui Martins e colaboradores. Não somos rolo compressor, e sim pais, familiares e simpatizantes que sabem realmente o que esse termo significa.

celsolungaretti disse...

Prezada Carolina,

é difícil não pensarmos em "rolo compressor" se tantas pessoas pousam de paraquedas neste blogue, sem nunca terem dado antes o ar de sua graça.

Não me tome por ingênuo, pois isso eu não sou. Ficou bem claro que vocês formam uma rede e colocam nos mecanismos de busca as palavras "autismo" e "autista". Conforme encontram algum texto que lhes cai na antipatia, repassam o endereço do blogue, site ou portal para toda a rede. E aí os membros começam a escrever mensagens de repúdio ao texto, todas na mesma linha e algumas até repetidas, como a sua (antes chegara uma idêntica assinada por "unknown").

Vou repetir: minha longa experiência em comunicação me ensinou que é sempre preferível convencer e conquistar as pessoas com outras posturas do que hostilizá-las, acabando por torná-las inimigas. A intolerância é desumana.

O calo que lhes dói se chama "autismo". O calo que dói nos jornalistas que já estavam na profissão durante a ditadura se chama "censura". Eu e o Rui os estamos convidando a um diálogo civilizado e oferecendo espaço idêntico ao do artigo criticado para vocês exporem seu lado, sem sequer levarmos em conta de que o pomo da discórdia, afinal, não é o artigo inteiro, mas apenas o título e as sete linhas iniciais.

As suscetibilidades de vocês foram aguçadas pelo sofrimento. Mas, e as nossas? Parece-lhes pouco termos exercido nossa profissão durante tanto tempo sob restrições e ameaças de todo tipo? Gostariam de, como eu, ter sido obrigados a comparecer ao tribunal em função de um processo totalmente tosco e descabido, sendo convocados para as 13h e acabando por ter o caso tratado só lá pelas 17h, jogando fora cinco tardes de sua vida num ambiente deprimente, vendo chegar a todo instante réus algemados?

Não houve dolo, as há motivo para vocês serem suscetíveis ao tema. Hoje não há mais censura, mas as lembranças amargas continuam fortes para mim e para o Rui (que nem sequer pôde continuar no Brasil, foi obrigado a partir para a Europa e acabou ficando lá até hoje).

O que lhes estamos pedindo é que respeitem nossos calos, assim como estamos respeitando os vossos. Não queiram fazer uns prevalecerem sobre outros, porque não existe medida exata para o sofrimento dos seres humanos.

Unknown disse...

Prezado Senhor, tomo a liberdade de colacionar aqui o pequeno texto que publiquei na minha página no facebook: - Ao final do artigo vem o currículo do cidadão Rui Martins onde consta expressamente ser ele Jornalista e Escritor. Desconheço a formação acadêmica dele, se é que ele tem, até algum tempo atrás não era necessário ter curso universitário para ser Jornalista, tive oportunidade de trabalhar no meio jornalistico e conheço inúmeros profissionais que mesmo sem uma formação acadêmica tinham um texto primoroso e honravam os princípios básicos do Jornalismo. De forma que no minha analise pouco ou nada importa a formação acadêmica desde que vc consiga seguir as vigas mestras dessa conceituada profissão, buscando conhecimento e ouvindo, sempre, as duas partes envolvidas e em hipótese alguma externar a sua opinião e sim apenas e tão somente os fatos. Nesse sentido, Rui Martins, ao comparar o autismo como o quadro político que o Brasil enfrenta, notadamente a Presidenta da República Dilma Rousseff , externou conceito PRECONCEITUOSO e desprovido de verdade. Generalizou o Autismo, demonstrando a sua total ignorância, que beira a má fé, com forte pitadas de odioso preconceito contra os portadores do TEA, que como nós sabemos não guardam vínculo nenhum com posição política partidária, seja ela qual for. Ao depois a ignorância do Jornalista é de tal ordem que cria uma imagem genérica do autismo quando nós os pais de autistas sabemos que o Autismo se manifesta de forma pessoal, cada criança tem as suas particularidades e nenhuma criança autista é igual a outra e tampouco tem as mesmas reações. Diante da minha total indignação com a ofensiva matéria divulgada pelo "jornalista" Rui Martins, ainda que eu seja um nada, que saiba que nada sei sobre o autismo, e que por isso mesmo vivo em busca de conhecimento, REPUDIO totalmente a preconceituosa e depreciativa comparação, que para quem conhece um mínimo do autismo, como eu, faz apenas ressaltar o despreparo e o odioso preconceito do "renomado" jornalista. Lamentável, mais uma vez. Espero que os país das crianças autistas tenham oportunidade e lançar o seu repúdio contra esse absurdo praticado por alguém que deveria noticiar fatos e não externar PRECONCEITO.------- Com todo respeito, só pode ser contra a estupida e preconceituosa comparação quem frequenta assiduamente o seu blog? Não falo por nenhum pai, falo por mim, ainda que entenda que todos pensem da mesma forma, não se trata de censura ao seu trabalho, a constituição garante a liberdade de expressão, mas os limites do seu direito vai até onde começa o meu e respeito é o mínimo que se pode esperar de alguém que vive no seio social. Lamento profundamente que ao invés de reconhecer o absurdo o Sr. tente remendar alegando que foi apenas dois parágrafos, que não é verdade é mais que isso, mas de efetivo até agora absolutamente nada.

celsolungaretti disse...

Prezado senhor Roberto,

jornalistas escrevem comentários políticos tentando transmitir da maneira mais didática e convincente possível sua análise e tentando sempre não deixar brechas para a contestação dos adversários de sua posição.

É muito comum conseguirmos chegar ao formato ideal para o que pretendemos... e, ao mesmo tempo, tropeçarmos em algum detalhe que, para nós, era totalmente secundário. Noutro dia mesmo coloquei num artigo o nome de Eduardo Campos quando queria me referir ao brigadeiro Eduardo Gomes, derrotado por Dutra na eleição presidencial. Curiosamente, nos marcadores, coloquei Eduardo Gomes. Ou seja, foi a habitual distração de quem redige e depois relê preocupado com o foco do seu texto e não com aspectos periféricos.

Eu vejo extrema forçação de barra em atribuir dolo e preconceito ao Rui unicamente porque ele, distraidamente, usou uma expressão que muita gente usa exatamente dessa maneira: como sinônimo de pessoa que vive numa dimensão paralela e não capta a realidade da mesma forma que a maioria.

Nem sequer encaro isso como nocivo, sendo a realidade tão dilacerante como geralmente é. Suponho que viver numa dimensão paralela possa ser até mais gratificante do que suportar o cotidiano da exploração do homem pelo homem e das disputas canibalescas por dinheiro, poder, status, satisfações de ego, etc. Se eu e o Rui fôssemos diferentes, não lutaríamos por utopias, seríamos como a grande maioria, que prioriza suas conveniências e interesses mesquinhos.

Em termos jornalísticos, é mais do que suficiente o que lhes oferecemos: idêntico espaço para manifestarem à vontade sua visão, inclusive criticando quanto quiserem o Rui e a mim. Ou, se preferirem, defendendo seus ideais, pois é sempre melhor passar mensagens positivas do que difundir catilinárias negativas.

Sou marxista desde os 16 anos, antes disto era adepto do existencialismo de Sartre e Camus. Com ambos aprendi uma postura moral que conservo até hoje: a de considerar que somos construídos por nossos atos, cada um deles absoluto e irrevogável. Ou seja, nenhum arrependimento, retratação, ato-de-fé ou expiação pública altera o que já foi feito, apenas acrescenta um novo ato que gerará outras consequências.

Um ser humano realmente digno não nega nada do que fez nem vai pedir absolvição a padres ou a quem quer que seja. Carregará cada ato e suas consequências até o momento de sua morte. E será um hipócrita (Sartre usava o termo "safado") se tentar fugir a suas responsabilidades pela maneira fácil de renegar o que fez.

Então, fiel a minhas convicções de toda a vida consciente e ao meu passado de jornalista censurado, considero intolerante a postura de censura --não há outra palavra para isto-- na qual vocês continuam insistindo. No fundo, reproduzem a intolerância na qual geralmente incorrem os adeptos do politicamente correto, contra os quais me bati no episódio da obtusa tentativa de boicote a um clássico da literatura infantil.

O que é publicado ou colocado no ar já produziu seus efeitos. É passado. O que quer que decidamos para superar esta pendenga desagradável e desnecessária, terá de ser na direção do presente e futuro. Esconder textos ou retificá-los sob vara são práticas medievais, remontam à nada Santa Inquisição. Sou filho do iluminismo e não ando para trás.

João Luiz Pereira Tavares disse...

DILMA (Maria-a-Louca):
Criticou o governo.
Criticou o Juiz Sérgio Moro.
E autocrítica? Ela fez autocrítica? (RESPONDA ESSA.).


Mas não somos nem BREGA e nem otários, pois:

1.
Sabemos quem é a mãe e o pai da falência do Estado do Rio de Janeiro.
2.
Da morte da onça pintada.
3.
Da ciclovia da morte.
4.
Da falta de leitos em hospitais.
5.
Da falta de vagas em creches.
6.
Da falta de escola de qualidade.
7.
Da falta de transporte público digno.
8.
Dinheiro roubado lavado na África.
9.
Aumento de ônibus no Brasil inteiro.
10.
Vontade DO PT de voltar com a CPMF.
11.
Chikunguya.
12.
Do aumento de doenças no Brasil, como a ZIKA, que apareceu do nada, por falta de saneamento básico e prevenção do Estado.



Enquanto o povo está órfão… A corrupção tem pai e mãe.
¿Adivinha quem é o pai & a mãe?...

...


[Lula & Dilma].

João Luiz Pereira Tavares disse...

O sentido figurado de palavra "AUTISTA".

Estamos na época da "linguagem". Tudo parece se explicar pela linguagem e pela ditadura do conceito. E, assim, a metáfora perde seu valor. O sentido figurado, a ironia, o lúdico, a hipérbole, o conotativo, o imaginativo, a fantasia, o não literal se desvalorizam ou não são mais compreendidos. Tudo passa a ter valor de "pedra". Estamos em época da ditadura do "corretamente político", onde a metáfora da arte não tem valor e é censurada... As pessoas não compreendem o sentido FIGURADO possível dos conceitos e das palavras... Ficam ofendidas por bobagens linguísticas figuradas.
Bom é isso aí.

===========

Mudando de assunto. Deixo minha impressão sobre o momento político. Eis:

DILMA (Maria-a-Louca):
Criticou o governo.
Criticou o Juiz Sérgio Moro.
E autocrítica? Ela fez autocrítica? (RESPONDA ESSA.).

Mas não somos nem BREGA e nem otários, pois:

1.
Sabemos quem é a mãe e o pai da falência do Estado do Rio de Janeiro.
2.
Da morte da onça pintada.
3.
Da ciclovia da morte.
4.
Da falta de leitos em hospitais.
5.
Da falta de vagas em creches.
6.
Da falta de escola de qualidade.
7.
Da falta de transporte público digno.
8.
Dinheiro roubado lavado na África.
9.
Aumento de ônibus no Brasil inteiro.
10.
Vontade DO PT de voltar com a CPMF.
11.
Chikunguya.
12.
Do aumento de doenças no Brasil, como a ZIKA, que apareceu do nada, por falta de saneamento básico e prevenção do Estado.

Enquanto o povo está órfão… A corrupção tem pai e mãe.
¿Adivinha quem é o pai & a mãe?...

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E um sentido brincalhão:


Mia, bebe leite, tudo indica que é um gato; mas o PT afirma: é um cão.

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