"Empresário de marketing esportivo com contratos milionários, Luis Cláudio Lula da Silva mora, sem pagar aluguel, em um apartamento nos Jardins, em São Paulo, que pertence a amigos de seu pai, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
...Ele e a mulher, Fatima Cassaro, vivem há três anos em um apartamento de 158 m², na alameda Jaú, nos Jardins, que pertence à Mito Participações Ltda, empresa que tem como cotistas a esposa e as filhas do advogado Roberto Teixeira –amigo do ex-presidente e padrinho de batismo de Luis Cláudio".
Quem me lê sabe a ojeriza que tenho pelas guerras de tortas de lama travadas por petistas, tucanos, peemedebistas, etc., tentando convencer a opinião pública de que os mais sujos são os outros e produzindo o efeito contrário: o cidadão comum conclui que sujos são todos.
Chocante, contudo, é a reaparição no noticiário político-policial da figurinha carimbada Roberto Teixeira, personagem do primeiro grande escândalo de desvio de recursos públicos para os cofres do PT.
Esquemas corruptos brotaram desde as primeiras prefeituras importantes assumidas pelo partido e, no rumoroso caso Paulo de Tarso Venceslau x Roberto Teixeira, em 1998, o PT tomou (vide aqui) a deplorável decisão de expulsar um militante idealista que denunciava falcatruas só para livrar a cara do empresário calculista que operava tais esquemas, um laranja podre que teria sido, inclusive, torturador do delegado Sérgio Fleury. Foi a senha para o liberou geral substituir o tradicional desapego pessoal dos quadros comunistas formados na velha escola do partidão.
Segundo o ex-guerrilheiro, militante idôneo e economista zeloso Paulo de Tarso Venceslau, em duas prefeituras petistas das quais ele era secretário das Finanças teria aparecido o tal Roberto Teixeira fazendo cobranças indevidas, por serviços não prestados, com recomendação do Lula. E a imprensa apurou que Teixeira, ademais, cedia um apartamento de cobertura em São Bernardo do Campo para Lula e sua família morarem de graça.
Dezessete anos depois, a Folha revela que uma empresa nominalmente pertencente à esposa e filhas de Teixeira cede um apartamento para o filho do Lula morar de graça. Tudo como dantes no quartel de Abrantes. Não foi suficiente o primeiro vexame?!
E do companheiro que chamávamos de PT Venceslau? |
Esquemas corruptos brotaram desde as primeiras prefeituras importantes assumidas pelo partido e, no rumoroso caso Paulo de Tarso Venceslau x Roberto Teixeira, em 1998, o PT tomou (vide aqui) a deplorável decisão de expulsar um militante idealista que denunciava falcatruas só para livrar a cara do empresário calculista que operava tais esquemas, um laranja podre que teria sido, inclusive, torturador do delegado Sérgio Fleury. Foi a senha para o liberou geral substituir o tradicional desapego pessoal dos quadros comunistas formados na velha escola do partidão.
Segundo o ex-guerrilheiro, militante idôneo e economista zeloso Paulo de Tarso Venceslau, em duas prefeituras petistas das quais ele era secretário das Finanças teria aparecido o tal Roberto Teixeira fazendo cobranças indevidas, por serviços não prestados, com recomendação do Lula. E a imprensa apurou que Teixeira, ademais, cedia um apartamento de cobertura em São Bernardo do Campo para Lula e sua família morarem de graça.
Em 1998 o PT deixou de esmagar o ovo da serpente |
Dezessete anos depois, a Folha revela que uma empresa nominalmente pertencente à esposa e filhas de Teixeira cede um apartamento para o filho do Lula morar de graça. Tudo como dantes no quartel de Abrantes. Não foi suficiente o primeiro vexame?!
Eu sempre vi o episódio de 1998 como um divisor de águas: obrigado a posicionar-se com relação à corrupção, o PT escancarou as portas para ela. Foi o ovo da serpente do qual decorreram todos os mensalões e petrolões. Eu o afirmei na época, em artigo que escrevi para o Jornal da Tarde solidarizando-me ao Venceslau (pouquíssimos o fizeram) e tudo que ocorreu desde então só reforçou minha convicção.
Então, estou simplesmente enojado com a repetição da farsa como pastelão.
Um comentário:
Eu me lembro bem deste caso. Lembro-me inclusive da carta que Venceslau escreveu a Lula, que será um dia utilizada para fins de formação polítia, à qual Lula respondeu expulsando Venceslau do partido. Quando vejo um setor organizado e estruturado da esquerda tentando recuperar o Lula como dirigente (parece-me extraordinário alguém acreditar que Lula tenha alguma genuína posição contra o Levy), tenho a certeza de que a crise de referência que atravessamos é muito maior do que parece.
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