segunda-feira, 14 de julho de 2014

COPA DAS COPAS OU COPA DOS CAPOS?

"...[o Brasil] fez um bom anúncio de si mesmo, mesmo que não possam ser relevados os aspectos não considerados pelos que vieram de fora: elefantes brancos que ficarão como heranças pesadas, superfaturamentos, mortes de trabalhadores nos estádios ou embaixo de viadutos, feriados para minimizar congestionamentos, desocupações desumanas, falta de iluminação no jogo de abertura, invasão de torcedores no Maracanã, prisões arbitrárias para evitar manifestações, shows pífios de abertura e encerramento, enfim, o rebaixamento, como vingança, do tal padrão Fifa, por mais que, de fato, os estádios sejam belos e confortáveis.

Aspectos para nós, brasileiros, digerirmos daqui para a frente em relação aos megaeventos, que, no mínimo, devem passar por consultas populares, porque está claro que são muito bons para os que os promovem e não necessariamente para quem os recebe e paga por eles.

Porque não há maior exemplo de complexo de vira-lata do que se bastar com os elogios externos, mesmo que, muitas vezes, superficiais, quase folclóricos, influenciados pelo exotismo, por exemplo, das favelas." (JUCA KFOURI, comentarista esportivo)

Obs. o título deste post alude às lideranças mafiosas. Vale ressalvar, contudo, que os chefões da Fifa têm com elas algumas afinidades em termos de práticas negociais, mas não a coragem de um Lucky Luciano ou de um Vito Genovese. Seus colarinhos são brancos. E, antes que alguém me corrija, estou ciente de que, no idioma dos meus avôs, o plural de capo (chefe) é capi e não capos. Mas. para viabilizar a piada, usei minha licença humorística...

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