É o que o Juca Kfouri insinua (vide aqui). Dizendo não conhecer o apartamento de José Maria Marin, o jornalista afirma haver escutado "dos que já tiveram a honra de lá estar que seus quadros são dignos de decorar as paredes de palácios".
E, com fina ironia, arremata:
"Como, por exemplo, o dos Bandeirantes".
Ou seja, Kfouri sugere que Marin também teria levado souvenirs de sua passagem pela sede do Executivo paulista, entre maio/1982 e março/1983, quando substituiu o licenciado governador biônico (*) Paulo Maluf, do qual era vice.
Se non è vero, è ben trovato. Afinal, continua vivo na nossa memória aquele patético episódio de 2012, quando, disfarçadamente, Marin embolsou a medalha que deveria entregar a um jogador do Corinthians, durante a cerimônia de premiação dos campeões da Copa São Paulo de Futebol Júnior.
Não foi, contudo, tão sorrateiro a ponto de passar despercebido para um atento câmera da TV Bandeirantes, que flagrou o furto.
Daquela vez, a cleptomania marinesca acabou sendo exibida em rede nacional de TV.
E agora, estaria escancarada nas paredes do seu luxuoso apê --aquele cujo elevado consumo de energia elétrica foi, segundo outra denúncia de Kfouri, pago durante muito tempo pelo vizinho, pois o distraído Marin teria esquecido de desmembrar as contas, ao alugar-lhe o apartamento ao lado.
* eleito indiretamente pelos deputados estaduais, pois a ditadura militar proibira eleições diretas.
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