quarta-feira, 14 de março de 2012

BARBÁRIE NO PINHEIRINHO TEVE UM ÚNICO BENEFICIÁRIO: NAJI NAHAS

Selvageria "para favorecer um
único escroque chamado Naji Nahas"
Ainda sobre a barbárie no Pinheirinho, vale registrar (com algum atraso, ninguém é perfeito...), o excelente trabalho jornalístico da Rede Brasil Atual, ao revelar que O ÚNICO BENEFICIÁRIO DA DESOCUPAÇÃO FOI O MEGAESPECULADOR NAJI NAHAS.

Mais um motivo para todos apoiarmos a petição ao Tribunal Penal Internacional (acessar aqui), requerendo o julgamento do governador Geraldo Alckmin e outros responsáveis pela blitzkrieg nazistóide.

Eis alguns trechos da devastadora entrevista radiofônica concedida à repórter Marilu Cabañas pelo procurador do Estado de SP Marcio Sotelo Felipe, que foi procurador geral na gestão de Mário Covas e leciona Filosofia do Direito na Escola Superior da Procuradoria Geral do Estado de SP:
"A massa falida da Selecta a rigor hoje não é mais massa falida. Todos os créditos que eles tinham contra a massa falida já foram pagos ou satisfeitos...

...a própria falida, o próprio Naji Nahas comprou estes créditos. Não existem empregados para receber créditos trabalhistas. Não existe qualquer contrato privado pra ser destinado...

...existe um despacho de um juiz da falência de cinco anos atrás, dizendo literalmente o seguinte: a falência está finda e todo o numerário arrecadado será destinado à falida. Não à massa falida, que é outro conceito. À falida. Quem é a falida? É a empresa do senhor Naji Nahas...

...tudo que aconteceu no Pinheirinho, toda esta tragédia (...) beneficia apenas o maior especulador do País, um dos maiores escroques deste País, que é o senhor Naji Nahas...

...a máquina do estado de São Paulo, o Executivo pela Polícia Militar, o presidente do Tribunal de Justiça (que se empenhou violentamente para isso), por que que toda esta máquina foi movimentada para beneficiar o falido Naji Nahas, e apenas o falido Naji Nahas? Nenhum crédito trabalhista. Nenhum credor de contrato privado. Nada! O único beneficiário desta ação é o senhor Naji Nahas.
 Eu quero apenas fazer esta pergunta ao senhor governador e ao presidente do Tribunal de Justiça: por que esta ação foi realizada desta forma? Por que ação deste porte, que beneficia apenas o senhor Naji Nahas, foi realizada violentando, brutalizando, desgraçando a vida de 6 mil pessoas?
...ele [o síndico da massa falida] fez um acordo, ele representa a massa falida, o acordo foi homologado. Por uma razão misteriosa, que ninguém consegue entender, o acordo é esquecido. E 2 mil policiais militares fazem esta operação extraordinariamente violenta. Ou seja, há uma série de irregularidades.(...) Havia uma determinação da justiça federal, mil coisas que caracterizam completa ilegalidade disso...

...a única pessoa que representava a massa falida, que era o síndico, tinha concordado com a decisão [de adiamento da desocupação por 15 dias]. Não haveria possibilidade de outra decisão.

Por que o senhor governador lança a PM com aquela violência extraordinária? Por que o presidente do tribunal de justiça se empenha pessoalmente, a ponto de mandar o seu principal assessor para lá, para uma ação com esta brutalidade, com esta selvageria, para favorecer um único escroque chamado Naji Nahas? É só isso que estas pessoas precisam responder para o povo do Estado de São Paulo.

O que aconteceu no Pinheirinho é crime contra a humanidade. Crime contra a humanidade, segundo o Direito Penal Internacional, Estatuto de Roma, deve ser julgado no Tribunal Penal Internacional. (...) Ou não é crime contra a humanidade, às cinco horas da madrugada, invadir com uma força policial armada, helicópteros, uma área onde residiam 6 mil pessoas?! Simplesmente jogadas no nada! Crianças. Velhos. Doentes. Seis mil pessoas. Se isto não é crime contra a humanidade, o que é crime contra a humanidade?

O senhor Alckmim, o senhor Naji Nahas e o presidente do Tribunal de Justiça, pelo princípio da jurisdição universal, eles têm de ser presos em qualquer aeroporto do mundo em que puserem os pés. É isto que o [juiz] Baltazar Garzon fez [com o ditador chileno Augusto Pinochet]...

...O Tribunal Penal Internacional tem que expedir um mandato de prisão contra estas pessoas. Contra as autoridades responsáveis por este ato".

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