Tom Zé, o mais irreverente e criativo dos integrantes do movimento tropicalista, completa 75 anos nesta 3ª feira.
Quem me deu este toque foi o Everi Carrara, para quem a música de Tom Zé "vai chegando devagar como um baião espacial, um telescópio sobre o planeta devastado pela superficialidade e o vazio de nossas vidas, como uma espécie de xamã, um bruxo em pleno século 21".
De "São São Paulo" a "O correio da Estação do Brás", passando por "Parque industrial", "Passageiro", "O riso e a faca", "A babá" e "2001", Tom Zé é autor de verdadeiras pérolas de nossa música.
Lembro-me dele num incrível programa que a TV Tupi levou ao ar durante alguns meses, com os astros do tropicalismo: Divino Maravilhoso.
E de uma canção que apresentava lá e, aparentemente, nunca gravou.
Marcou-me muito, talvez porque eu estivesse vendo aproximar-se o momento de cair na clandestinidade -- e antevia quão traumática seria a saída do lar, no caso de um filho único.
Nunca esqueci a letra:
"Era eu, era meu pai,era meu pai, era eu.Nós dois numa demanda,ele não ganha, nem eu.Avisa meu pai, avisa meu pai,avisa meu pai que a loucuramandou me chamar"
It's a long way.
Um comentário:
Se o mundo tem o Einstein como gênio,
O nordeste como gênio tem Tom Zé!!
Vida longa ao Tom Zé, este expoente da nossa música brasileira!!
Postar um comentário