terça-feira, 11 de outubro de 2011

TOM ZÉ, UM GAROTÃO DE 75 ANOS

Tom Zé, o mais irreverente e criativo dos integrantes do movimento tropicalista, completa 75 anos nesta 3ª feira.

Quem me deu este toque foi o Everi Carrara, para quem a música de Tom Zé "vai chegando devagar como um baião espacial, um telescópio sobre o planeta devastado pela superficialidade e o vazio de nossas vidas, como uma espécie de xamã, um bruxo em pleno século 21".

De "São São Paulo" a "O correio da Estação do Brás", passando por "Parque industrial", "Passageiro", "O riso e a faca", "A babá" e "2001", Tom Zé é autor de verdadeiras pérolas de nossa música.

Lembro-me dele num incrível programa que a TV Tupi levou ao ar durante alguns meses, com os astros do tropicalismo: Divino Maravilhoso.

E de uma canção que apresentava lá e, aparentemente, nunca gravou.

Marcou-me muito, talvez porque eu estivesse vendo aproximar-se o momento de cair na clandestinidade -- e antevia quão traumática seria a saída do lar, no caso de um filho único.

Nunca esqueci a letra:
"Era eu, era meu pai,
era meu pai, era eu.
Nós dois numa demanda,
ele não ganha, nem eu.
Avisa meu pai, avisa meu pai,
avisa meu pai que a loucura
mandou me chamar"
It's a long way.
 

Um comentário:

Val Minillo disse...

Se o mundo tem o Einstein como gênio,
O nordeste como gênio tem Tom Zé!!

Vida longa ao Tom Zé, este expoente da nossa música brasileira!!

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