"Mais cedo ou mais tarde... [as fotos de Bin Laden morto] serão expostas, aprofundando as diferenças de percepção entre a opinião pública nos Estados Unidos e nos demais países. Os americanos exaltam, cidadãos do mundo condenam.
A Otan aprovou a ação no Paquistão para matar Bin Laden, democratas e republicanos estão em êxtase cívico nos EUA, e os índices de popularidade de Barack Obama já indicam a sua reeleição no ano que vem. Mas o desenrolar da história já não é tão consensual assim no resto do mundo.
Bin Laden não estava armado, não usou mulher nenhuma como escudo, e o 'mensageiro' foi identificado por meio de tortura de um preso político, método execrável sob qualquer prisma.
Cresce, enfim, o questionamento sobre a legalidade da própria operação: o comando Seal entrou no país sem consultar ou informar o governo paquistanês, matou o terrorista com dois tiros e jogou o corpo no mar, quando as leis internacionais preveem prisão, processo, direito a defesa e, finalmente, pena. Nada disso foi respeitado.
Com ou sem Bin Laden, essa foto vai ficando a cada dia mais feia." (Eliane Cantanhêde, em sua coluna desta 5ª feira, expressando posição coincidente com a que este blogue adotou desde o momento em que foi anunciada a execução de Bin Laden e a as circunstâncias nas quais ocorreu: uma ação pirata)
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