Fernando Collor continua metido a galo de briga.
Na campanha de 1989, teimou em fazer sua campanha presidencial num subúrbio do Rio de Janeiro onde o brizolismo imperava.
Na campanha de 1989, teimou em fazer sua campanha presidencial num subúrbio do Rio de Janeiro onde o brizolismo imperava.
Durante a passeata, mostrava o punho fechado para os manifestantes adversários que o vaiavam e lhe faziam ameaças.
Os ricaços adoraram. Ainda estavam em dúvidas sobre a quem apoiar, mas aí vislumbraram em Collor coragem para enfrentar as forças populares. Não se deram ao trabalho de ler as demais especificações do produto...
Então, não é surpresa que agora tenha reagido como reagiu à publicação de uma notícia sobre a impugnação de sua candidatura ao governo de Alagoas.
"Quando eu lhe encontrar, vai ser para enfiar a mão na sua cara, seu filho da p...", trovejou o senador da República ao jornalista Hugo Marques, da IstoÉ, por telefone.
A Associação Nacional de Jornais divulgou a nota de repúdio de praxe.
É claro que acabará dando em nada.
Também nada acrescenta ao perfil que já tínhamos de Collor. O sinhôzinho do engenho ainda não amadureceu, continua com rompantes de menino mimado.
Então, só me resta recomendar aos colegas mais jovens uma postura alternativa à que eles costumam adotar nesses casos.
Quando fazia revistas de música, no início da década de 1980, li num jornalão que determinado crítico fora entrevistar certo cantor/compositor no quarto de hotel em que estava hospedado.
O dito cujo ficou furibundo com uma pergunta, agarrou o jornalista pelo pescoço, arrastou-o até a porta e o expulsou com um chute no traseiro.
A única reação do fulano, que não aparentava ser mais fraco do que o agressor, foi relatar o episódio numa matéria que ficou ridícula para ambos.
"Olha como o músico é bruto!", esperava ele que os leitores concluíssem.
"Olha como o jornalista é bunda-mole", foi a conclusão seguinte de outros leitores, inclusive eu.
Nunca enfrentara uma situação dessas. Mas, ao ler aquele texto, decidi que o meu papel de jornalista terminaria sempre quando acabasse o respeito.
Tratado como jornalista, responderia como jornalista.
Destratado como homem, reagiria como homem, na mesmíssima altura do insulto ou da agressão.
Nunca me arrependi.
Os ricaços adoraram. Ainda estavam em dúvidas sobre a quem apoiar, mas aí vislumbraram em Collor coragem para enfrentar as forças populares. Não se deram ao trabalho de ler as demais especificações do produto...
Então, não é surpresa que agora tenha reagido como reagiu à publicação de uma notícia sobre a impugnação de sua candidatura ao governo de Alagoas.
"Quando eu lhe encontrar, vai ser para enfiar a mão na sua cara, seu filho da p...", trovejou o senador da República ao jornalista Hugo Marques, da IstoÉ, por telefone.
A Associação Nacional de Jornais divulgou a nota de repúdio de praxe.
É claro que acabará dando em nada.
Também nada acrescenta ao perfil que já tínhamos de Collor. O sinhôzinho do engenho ainda não amadureceu, continua com rompantes de menino mimado.
Então, só me resta recomendar aos colegas mais jovens uma postura alternativa à que eles costumam adotar nesses casos.
Quando fazia revistas de música, no início da década de 1980, li num jornalão que determinado crítico fora entrevistar certo cantor/compositor no quarto de hotel em que estava hospedado.
O dito cujo ficou furibundo com uma pergunta, agarrou o jornalista pelo pescoço, arrastou-o até a porta e o expulsou com um chute no traseiro.
A única reação do fulano, que não aparentava ser mais fraco do que o agressor, foi relatar o episódio numa matéria que ficou ridícula para ambos.
"Olha como o músico é bruto!", esperava ele que os leitores concluíssem.
"Olha como o jornalista é bunda-mole", foi a conclusão seguinte de outros leitores, inclusive eu.
Nunca enfrentara uma situação dessas. Mas, ao ler aquele texto, decidi que o meu papel de jornalista terminaria sempre quando acabasse o respeito.
Tratado como jornalista, responderia como jornalista.
Destratado como homem, reagiria como homem, na mesmíssima altura do insulto ou da agressão.
Nunca me arrependi.
P.S. - A bem da verdade, vale ressalvar que o pontapé no traseiro não saiu no jornal. Quem me contou foi o assessor de imprensa da gravadora que acertara a entrevista...
2 comentários:
Leu o artigo do maierovitch na carta capital? Bela justificativa para os atos das farc, pela ótica esquerdista. Ai eu pergunto: qual a diferença entre a itália dos anos de chumbo e a atual Colômbia?
Será que se o battisti fosse acusado de tráfico de drogas e extorsão mediante sequestro não teria na dupla mino-walter dois ferrenhos defensores pela sua libertação?
Onde anda a coerência da esquerda?
Sou seletivo nas minhas leituras. Desisti de acompanhar o trabalho do Maierovitch desde que fugiu de uma polêmica que começamos a travar no site "Conversa Afiada".
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