segunda-feira, 28 de junho de 2010

BRASIL VENCE SEM FAZER FORÇA; NAS QUARTAS TERÁ DE MOSTRAR BEM MAIS

Como eu previ, o bêbado foi devidamente surrado e o Brasil está nas quartas de final.

Fez 3x0 e poderia ter dobrado para dar sorte, se quisesse.

Mas, preferiu manter seu futebol calculista (enquanto o jogo não está decidido) e preguiçoso (quando estabelece placar inalcançável).

Contra o Chile, o Brasil atuou como quem sabe que fazer os gols é só questão de tempo.

Sem forçar muito, chegou ao primeiro num escanteio, aos 34' do 1º tempo. Jean e Luís Fabiano sobem sozinhos, o primeiro cabeceia forte.

Os chilenos se mandam para o ataque e desguarnecem a defesa; o Brasil não perdoa.

Em rápido contragolpe, Robinho toca para Kaká e este põe Luís Fabiano diante do goleiro. Foi só driblá-lo e empurrar para as redes, liquidando a partida, aos 37'.

Daí em diante, foi só a longa espera pelo apito final.

Um pouco menos entediado do que os demais, Ramires deu uma bela arrancada aos 14' do 2º tempo e serviu Robinho. Este chutou colocado, da entrada da área.

Se pudessem, os chilenos iriam logo para o hotel fazer as malas. Tiveram de fingir que ainda buscavam alguma coisa no jogo por mais meia hora.

Enquanto isto, o Brasil fingia que estava a partida levando a sério.

Foi tão fácil e
automático que nem deu para avaliarmos bem o conjunto e suas peças.

De qualquer forma, a ligação entre defesa e ataque ficou melhor com Ramires e Daniel Alves. Pena que o primeiro tomou um tolo cartão amarelo e não jogará contra a Holanda.

Daniel Alves não pode ficar de fora. Tem técnica e personalidade de titular.

Kaká continua sendo uma incógnita. Teve um ou outro lampejo, participou bem do gol de Luís Fabiano, mas ainda está muito longe do que necessitaremos doravante.

Que mais dizer? Foi como tirar doce de uma criança, definiu o Juca Kfouri.

Mas, fico pensando que o Brasil bem poderia aproveitar tal facilidade para impor uma goleada histórica aos chilenos e intimidar os próximos adversários. Preferiu cozinhar o galo.

Agora, acabou o recreio.

A Holanda, adversário de 6ª feira, joga igualzinho ao Brasil: marca muito, é calculista e tem um craque capaz de decidir qualquer partida, Robben. Hoje, contra a Eslováquia, ele só não fez chover.

Vale lembrar que as quartas de final têm sido duríssimas e decisivas para a sorte brasileira nos últimos Mundiais.

Em 2006, perdemos da França.

Em 2002, foi quando superamos nosso adversário mais perigoso de todos, a Inglaterra.

Em 1998, suamos sangue para vencer a Dinamarca por 3x2.

Idem em 1994, quando derrotamos a Holanda também por 3x2, conquistando nossa única vitória memorável daquela campanha.

Vamos ver o que o destino nos reserva desta vez.

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